— O que você quer, Hoseok? — o moreno perguntou impaciente, com o olhar firme.
O mais forte entendeu o que aquele olhar queria dizer, dizia algo como um "É melhor tomar cuidado com o que vai falar", já viu aquele olhar antes, mas diferente das outras vezes, ele não se importou. Andou com passos rápidos e firmes até a mesa do outro e jogou os papéis que segurava.
— Um empréstimo no nome da empresa, Shownu? Isso é sério? Não acha que já estamos afundados o suficiente?
— Você não tem nada a ver com isso.
— Eu tenho uma parte da empresa, então se um dos outros donos estão terminando de foder ela, eu tenho sim o direito de me meter.
— Vinte por cento. Você tem vinte por cento das ações e vinte por cento de autoridade aqui. Os outros oitenta representam o quão acima de você eu estou aqui dentro, então é melhor que melhore o tom.
— Não é assim que as coisas funcionam, Shownu.
— Mas vai ser. E se você não estiver satisfeito, sabe que posso comprar sua parte da empresa no segundo que quiser vender, então faça isso e pare de encher o meu saco.
— A empresa é tudo o que eu tenho, Shownu, é tudo o que nós temos.
— Ela não é mais a única coisa que eu tenho. — o moreno respondeu e Hoseok olhou para Kihyun, que desviou o olhar.
— Você precisa rever suas prioridades. A empresa precisa do máximo de atenção possível agora, ela vai falir Shownu. Nós abrimos mão de muita coisa pra manter isso aqui de pé e você está assistindo desmoronar sem mover um dedo pra segurar.
— Eu comecei essa empresa do zero, fui uma das pessoas mais jovens a ter a própria empresa e a fiz ser uma das melhores editoras da década. A Grator é uma das minha prioridades e eu sei muito bem o que estou fazendo. Eu criei isso aqui, e se cair, eu vou erguer de novo. Agora, se você não confia em mim, eu não te quero aqui.
— Shownu...
— Eu ainda sou o dono daqui e me ofende você me dizer que não estou movendo um dedo pela empresa. Faça sua parte e não se meta mais nas minhas decisões. — Hoseok assentiu e suspirou.
— Se você diz que pedir outro empréstimo no nome da empresa enquanto não sabemos se vamos poder pagar o último e estamos demitindo mais de trinta por cento da nossa equipe pra conseguir arcar com as dívidas, então tudo bem. — respondeu em um tom irônico e caminhou até a porta, a abriu e parou assim que escutou o moreno o dizer algo.
— Ótimo. — o mais forte não disse nada, apenas se retirou do escritório e bateu a porta.
Shownu se sentou em sua cadeira, fechou olhos e respirou fundo. Kihyun não sabia como reagir, preferia não ter presenciado aquela discussão e sabia que provavelmente estaria encrencado por não ter saído da sala quando o maior mandou, mas sabia também que o maior não estava com cabeça para pensar no que fazer mais tarde.
Kihyun se aproximou de Shownu devagar e acariciou o cabelo dele, se posicionou atrás do maior, desceu suas mãos e retirou o paletó dele devagar, afroxou a gravata de Shownu e deslizou as mãos até os ombros dele, começando a apertar, massageando do jeito que sabia que o moreno gostava.
— O senhor está bem? — perguntou de forma cautelosa e o maior assentiu.
— Sim, discussões têm se tornado algo frequente entre eu e Hoseok, as coisas estão complicadas, é normal que fiquemos agitados.
— Eu não me refiro à discussão. — respondeu, Shownu abriu os olhos devagar e olhou para cima, na intenção de olhar o menor, que deu um beijo em sua testa.
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Mine. [Showki; BDSM]
FanfictionKihyun, um escritor que nunca pensou na possibilidade de se apaixonar, conhece Shownu, o homem que se determina a mudar completamente os pensamentos do menor e o tomar apenas para sí.