Thirty-four

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Shownu retirou as algemas de Kihyun, o pegou no colo e levou para o quarto em que dormiam, deitou ele na cama e o escutou grunhir.

— Está doendo um pouco... — o menor disse e o moreno o ajudou a se virar de bruços, abriu uma das gavetas da mesa de cabeceira e pegou um creme dalí de dentro, se sentou ao lado de Kihyun, despejou um pouco de creme nas próprias mãos, espalhou e então começou a passar de forma delicada nas nádegas e coxas de Kihyun, o menor recuou um pouco e virou um pouco a cabeça para olhar o maior — É gelado. — disse com uma risadinha e Shownu sorriu.

— É assim mesmo, vai fazer passar logo. — o menor assentiu — Sempre que sentir necessidade disso, fale. Não quero te ferir de um jeito que te deixe mal depois.

— Sim, senhor. — Shownu sorriu novamente, guardou o creme e se deitou ao lado de Kihyun, que se virou e lado e o abraçou, se aconchegando nos braços do maior.

O moreno olhou para o lado e viu algumas malas no canto do quarto.

— Já trouxe suas coisas?

— Sim. A maioria das coisas eram da casa, então eu só trouxe minhas roupas e alguns quadros. Também já devolvi as chaves pro proprietário.

— Fico feliz que isso já esteja resolvido então.

— É bom não me preocupar mais com aluguel e... eu gosto muito de morar aqui com o senhor.

— Eu não me imagino mais chegando em casa e não te encontrando. — aquilo fez o menor sorrir e o olhar.

— Agora que eu to morando aqui... — Kihyun torceu os labios e sorriu — Nós podemos ter um cachorro? — o maior arqueou uma sobrancelha e o olhou.

— Um cachorro?

— Sim...

— Pra que você quer um cachorro, Kihyun?

— Pra cuidar... Eu sempre quis ter um, mas minha casa era pequena demais. Aqui é bem grande e o senhor fica no trabalho o dia inteiro, eu sei que fico aqui escrevendo e eu gosto disso porque o silêncio me ajuda muito, mas não queria ficar sozinho... — Shownu suspirou e o telefone tocou novamente, se arrependeu de não ter o deixado no outro quarto, o pegou e assim que viu que era Hoseok, bufou — Não é melhor atender? — o moreno não respondeu, apenas atendeu o telefone.

— O que houve?

— Nossa, você finalmente atendeu, eu estou te ligando a muito tempo, Shownu.

— O que você quer, Hoseok? Eu disse que viria pra casa falar com o Kihyun, você disse que resolveria as coisas enquanto eu estivesse aqui, então por que está me ligando?

— É, mas quando eu concordei com isso, achei que você atenderia o telefone caso houvesse alguma urgência.

— O que aconteceu?

— Tive que adiar uma reunião com um investidor que teve interesse no livro do Kihyun, mas não pude marcar nada porque não sabia se você estaria aqui, já que você não atendeu a merda do telefone.

— Ainda pode marcar a reunião?

— Eu não sei. Posso tentar ligar pra ele de novo, mas não garanto que ele ainda queira.

— Ligue pra ele, estarei aí em trinta minutos.

O moreno desligou o telefone e olhou para Kihyun, que o observava atento.

— Você quer mesmo um cachorro? — perguntou e o menor assentiu — Tudo bem. Eu realmente preciso ir agora, um investidor teve interesse no seu livro.

— É sério? — perguntou sorrindo e o moreno assentiu.

— Mas demorei pra responder e agora preciso convencer ele a continuar se não tiver mais interesse. Quando eu chegar, nós saímos e compramos um cachorro, tudo bem? — disse enquanto se levantava e o menor se sentou na cama, mesmo estando dolorido.

— Eu não quero comprar um cachorro, Shownu.

— Como assim? Achei que quisesse um.

— É errado comprar animais, Shownu. E... tem um cachorro na calçada da padaria que...

— Você quer trazer um cachorro de rua pra casa?

— E qual é o problema?

— Você não sabe o que ele tem, Kihyun.

— Por isso mesmo. Nós podemos pegar ele e levar ao veterinário, ele precisa da gente. — falou de um jeito manhoso que fez o moreno sorrir, ele gostava de como Kihyun pensava.

— Por que eu tenho a sensação de que quando eu chegar em casa ele já vai estar aqui? — o menor deu um sorriso fraco, Shownu o selou e suspirou — Toma cuidado. Vou tentar chegar cedo. — Kihyun assentiu e o maior se vestiu.

Mine. [Showki; BDSM]Onde histórias criam vida. Descubra agora