Mine. [Showki; BDSM]

Twenty-three

— Está melhor? — Kihyun perguntou ao se afastar após alguns minutos abraçado com o moreno, que assentiu — Viu? É bom ter com quem conversar. O senhor nunca tinha falado muito da sua vida pessoal, foi bom pra mim também te conhecer melhor e descobrir que o senhor é ainda mais incrível do que eu pensava.

— Eu nunca tinha falado disso com alguém antes, com nenhum namorado ou amigo.

— Eu estou aqui pra te servir, não é? Isso também inclui te escutar e dar apoio. — falou sorrindo e selou o maior, que riu — Vai dar tudo certo. E se não der, tudo bem também, sei que não é o que você quer, mas nós podemos nos virar, nos mudamos pro meu apartamento, dividimos o aluguel e damos um jeito de viver bem, eu vou estar aqui. — Shownu não respondeu, apenas o encarou por um tempo, até que o outro ficasse sem graça — O que foi?

— Você é lindo. — Kihyun sorriu e desviou o olhar, envergonhado.

— Acho melhor eu ir, não quero que se atrase pra reunião e pretendo terminar de revisar meu livro ainda hoje.

— Ah, isso me lembrou algo... — o maior falou e abriu uma das gavetas que haviam em sua mesa, retirou alguns papéis dali e entregou a Kihyun, que o olhou confuso.

— O que é isso?

— Um contrato.

— O que? Outro?

— Não, não tem nada a ver com aquele. Esse é um contrato com a Grator, se assinar, vai se tornar um dos nossos escritores oficiais, nesse contrato diz que você deve nos entregar ao menos cinco livros durante no máximo três anos, e que a Grator tem que lançar ao menos cinco livros seus até o fim do contrato.

— Mas vocês não estão em condições de lançar livros agora, Shownu.

— Apenas confie em mim. — o moreno respondeu e Kihyun suspirou, encarou o papel por alguns segundos, pegou uma caneta que estava jogada na mesa e começou a assinar onde devia — O que? Você não vai ler? — o menor parou de escrever e o olhou.

— Meu sonho sempre foi ter um contrato com uma empresa grande e se o senhor acha que seria bom eu assinar nesse momento, então eu vou assinar.

— Kihyun...

— Eu confio. É também uma prova de que eu acredito que as coisas vão dar certo.

— Obrigado.

— Pelo que?

— Por ter aparecido na minha vida. — o menor sorriu e o selou.

— Sou eu quem agradeço. O senhor me faz muito bem.

— Você disse que mora de aluguel? — o menor assentiu.

— Sim, faz alguns anos, pretendo comprar a casa assim que der.

— Mora comigo. — Kihyun o olhou surpreso.

— Morar com você? Agora?

— Sim. Eu compro a casa pra você e você aluga ela, é um dinheiro maior que você pode conseguir além dos livros que revisa, eu sei que isso não te dá boas condições.

— Isso é sério?

— Sim, e se der tudo errado, nós moramos lá e vendemos a minha. — o menor não respondeu, apenas sorriu e o beijou.

Morar com Shownu era algo que havia passado pela cabeça de Kihyun várias vezes, o menor ficou feliz em saber que compartilhavam do mesmo desejo.