Surreal

Capítulo 27

|Narração Gisele|
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— Isso não me interessa, Luan, conversa com ela! — apontou para o mesmo e abriu a porta do quarto para que saíssemos.
— Era só isso? — perguntei me levantando.
— Sim, aproveitem pra curtir porque amanhã vocês mal vão conseguir se olhar. — disse com desdém e eu revirei os olhos.
Sai do quarto dela bufando, Luan não disse nem uma 'ai', até porque ele não iria contrariar ela, já que ela faz ele de gato e sapato. Eu não tinha nada contra a Arleyde, até conhecer ela de verdade e ver que ela ainda baba o ovo da Camila, ex do Luan.
— Bru... — ouvi a voz de Luan soar e continuei andando até o seu quarto. Entrei com tudo e me joguei na cama, eu não queria papo com ele.
— Eu quero ficar sozinha Luan! — falei firme quando senti seu corpo deitar sobre o meu.
— Você tem que entender que as coisas serão mais fáceis se você mudar pra São Paulo. — tentou me convencer e eu neguei com a cabeça.
— Não Luan, eu já disse que não vou me mudar pra São Paulo, eu não tenho condições pra isso. — me levantei da cama o encarando.
— Eu posso te ajudar, isso é só questão de você aceitar. — disse óbvio.
— Eu não quero nada de você, nada mesmo. — fui rude e grossa, não quero que ele pense que estou com ele pelo seu dinheiro.
— Está vendo? Você dificulta as coisas. — suspirou passando a mão na barba.
— E você nem pra me defender dela não é? Está tão na cara que ela queria você com a Camila que nem disfarça mais. — revirei os olhos me jogando na cama novamente.
— O que que uma coisa te a ver com a outra Bruna? Não viaja por favor. — riu com deboche.
— Tem que ela me odeia porque você não voltou pra Camila ainda. — minha voz saiu um pouco embargada, não chora Bruna.
— Você as vezes tem umas atitudes bem infantis sabe? Nem parece que fez dezoito anos a algumas semanas atrás. — pigarreou, senti que a cama balançou e que provavelmente ele saiu do quarto.
Quando a porta bateu tive a total certeza que ele tinha saído, então aproveitei pra cair no choro, eu não gostava de ser tratada dessa forma por ele, mas ele não "prestou" nem pra defender daquela cobra que com certeza vai infernizar a minha vida até dizer chega.