Surreal

Capítulo 16

|Narração Gisele|
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— Ela é minha irmã gêmea? Pode ser uma possibilidade. Mas ficam muitas questões no ar. Meus pais podem ter dado ela, ou os meus pais não são meus pais, tem muitas possibilidades dessa história toda, e eu não sei se quero descobrir. — me sentei na cama desanimada.
— Quer saber? Então esquece disso... E foca no seu encontro com o Luan, aproveita enquanto ele não sabe que você não é a Bruna. — deu um sorrisinho de canto.
— E se ele descobrir? Eu estarei enganando ele, e eu não quero isso... Eu o amo! — torci os lábios.
— Quando a verdade vim à tona vocês já estarão super amigos e ele vai entender o teu lado... Aproveita a chance que a vida está te dando Gi, isso não foi à toa! — franziu as sobrancelhas agitada.
— Se fosse você no meu lugar... Faria isso? — mordi os lábios a olhando.
— Claro! É o Luan Santana, o nosso ídolo. — bateu no meu ombro com o seu.
— Ok... Mas você sabe que ele não quer ser só meu amigo não é? Ele está solteiro e... — nem consegui terminar de falar e ela começou a gritar igual doida.
— Ele está solteiro? Largou daquela Camila sonsa? Seria meu sonho vocês dois se pegando??? — subiu na minha cama e começou a pular igual doida.
A porta do meu quarto se abriu e meu pai entrou com as sobrancelhas franzidas sem entender nada. Esqueci de mencionar que todos os domingos ele faz churrasco aqui em casa e chama um colega do trabalho diferente para impressiona-lo com os seus dotes culinários para preparar churrascos.
— O que aconteceu? — perguntou sem entender e minha amiga ficou vermelha igual pimenta sentando na cama.
— Nada tio, estávamos comemorando o primeiro A da Gisele em seu curso de fotografia. — olhei pra ela fazendo uma careta, isso nem existia.
— Meus parabéns filha... Pelo menos no curso você está indo bem. — sorriu. — Se arruma que temos visita em casa. — me mandou um beijo e saiu, revirei os olhos logo em seguida.
Eu estou um ano atrasada porque reprovei no primeiro ano do ensino médio. E adivinhem de quem foi a culpa? Isso mesmo. Luan Santana, tudo que acontecia de ruim ou de errado na minha vida era a culpa do meu ídolo, meu pai simplesmente odiava que eu fosse fã dele.