— Você parece tão jovem e tem cara de que...
— Cara de ser a queridinha dos papais? Eu entendi, talvez eu seja mesmo, afinal sou filha única, mas sei que tudo nesta vida para conseguir você tem que querer de verdade.
— Nisso eu tenho que concordar, largar a faculdade de engenharia para me dedicar a música quase matou meus pais do coração, mas um peso enorme foi embora das minhas costas. Hoje eu sei tocar músicas que enquanto eu estava na faculdade não sabia, eu esquecia notas na hora dos shows. Era horrível, e não foi nada fácil fazer meus pais aceitarem minha decisão. Eles ainda acreditam que um dia eu voltarei a estudar, e eu vou, porém agora só se for música.
Eu tive que sorrir, achei fofo ele falando da música e sua vida, e vejam só, nem parece que alguns minutos atrás estávamos em silêncio sem saber como puxar um assunto.
— Já pensou no dia que o mundo inteiro vai conhecer sua banda? Saber as letras de todas as músicas, vestir camisetas com o rosto de vocês ou até ter um poster da sua banda na parede igual aos que você tem no seu?
— Esse é o meu sonho. Mas o mundo da música é muito concorrido.
— Me fala uma profissão onde não existam concorrentes? Devem existir milhares de guitarristas no mundo. Cada um deles assim como você tem seu diferencial. A mesma coisa acontece comigo como fotógrafa, hoje em dia todo mundo pode tirar fotos com um celular, o que faz a diferença são os efeitos e algumas ferramentas.
— Isso é verdade, nem tudo é igual. Mesmo que as pessoas tenham a mesma profissão, cada uma tem o seu diferencial.
Sem perceber, já estávamos de volta, na frente da casa do Connor.
Seus olhos brilharam enquanto falava da música, ele nem dizia nada porque seus olhos já mostram todo o amor que ele tem por fazer o que gosta.
Eu espero que meus olhos brilhem assim quando eu falo sobre minhas fotos.
Dentro da sua casa, indo até seu quarto ver se nossos celulares carregaram. Para minha alegria o carregador da mãe dele servia no meu celular e antes de termos ido no chaveiro conectamos o meu na tomada.
Um silêncio reconfortante nos invadiu enquanto esperávamos os celulares ligarem, mas dessa vez o silêncio não me irritou, Connor não é mais um estranho, mas ainda não sinto que somos melhores amigos, afinal não faz nem 24 horas que nos conhecemos.
No meu celular havia:
203 mensagens;
3 da minha mãe;
150 de grupos aleatórios;
e 10 ligações.
E todo o resto da Serena, minha melhor amiga, sim aquela que me obrigou a ir na festa, e sim também a garota que provavelmente sabe porque eu e Connor estamos juntos e deve estar super preocupada comigo, ela sempre me demorar a responder, essa quantidade de mensagens vindo dela não é nada normal.
Ok, tem alguns vídeos e vários textos.
Mas quando eu fui tentar começar a ler, apareceu uma nova chamada, ela estava me ligando, eu deveria atender, mas o Connor foi mais rápido, ele pegou o celular da minha mão, atendeu a ligação e colocou no viva voz.
— JASSMINE? JASS? AMIGA VOCÊ ESTÁ BEM?
— Oi, eu estou bem, porque você está gritando?
— Porque eu estava preocupada com você, ontem aconteceu... uma coisa... Você...está bem mesmo? – Ela estava gaguejando, conheço a Serena desde pequena, sei quando ela esconde algo, e quando é culpada por algo, na verdade eu geralmente sempre sei quando uma pessoa está mentindo.
— Ela está ótima. – Connor respondeu e eu dei um leve soco em seu braço, não era pra ele ter pegado meu celular, atendido a ligação e muito menos responder por mim.
— Connor? — Ela sabe o nome dele?
— Você me conhece? — Ele perguntou.
Me conta o que está achando e
não esqueça de votar no capítulo,
isso me ajuda muito :)
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Eu, Você e Mais Ninguém
Short StoryConnor e Jess acordaram na mesma cama. Não se conhecerem ou nunca terem se visto na vida era o menor dos problemas, porque os dois estavam algemados, literalmente, presos um ao outro. Não se lembravam de como e nem quem poderia ter feito isso com el...