— Toca no meu celular mais uma vez que eu corto a sua mão fora.
Eu falei que sobraria para mim. Agora tenha paciência com ela.
— Ei ei, eu não tenho culpa, pode ficar brava com a sua amiga, mas não desconta em mim.
— Foi tudo ideia dela, tudo culpa dela. Quer dizer, deles, seu amigo também tem um dedo nisso. Eles tentaram juntar a gente. Essa brincadeira de verdade ou desafio deve ter sido ideia dela, era a brincadeira favorita dela quando a gente era criança. E a menina que ela nem lembra o nome, eles devem ter inventado. Duvido que uma garota iria pegar a algema do pai policial, só se ela quisesse levar uma bela bronca.
— Você tem razão. A culpa é deles. O pai do Leonardo que é Policial, não o pai de uma garota. O idiota pegou a algema do pai dele. – Agora quem estava puto era eu. Como meu amigo tinha a coragem de fazer isso. Depois do pai dele, vou matá-lo quando o encontrar.
— Deveríamos pensar em algo para nos vingar deles. — sugeri.
— Nos vingar? Eu viajo amanhã Connor, eu acho que vou ficar um ano sem falar com a Serena, aí quando eu voltar ela não vai inventar outra merda desse tipo.
— Bom se você voltar. – Ela não parecia feliz em estar no Brasil.
— Como assim?
— Não sei o que fez você voltar para o Brasil, mas não vai fazer você ficar.
Eu conheço ela um dia, UM DIA, não dá pra conhecer sobre sua vida inteira, defeitos e qualidades de uma pessoa em um dia, mas algumas coisas são perceptíveis. Pensem comigo, se ela quisesse ficar, não ficaria tão preocupada em viajar. Ela ficou em silêncio, apenas observando e analisando a frase que eu acabei de falar. E olhou a hora no celular.
— Ainda temos duas horas para esperar a droga da chave. Alguma sugestão do que fazer?
— Assistir um filme?
— Apenas se eu puder escolher. – Ela juntou as mãos para implorar e piscou os olhos, como o gato de botas faz quando quer alguma coisa, e assim como no filme eu não consegui recusar.
— Tudo bem.
Ela escolheu Simplesmente Acontece, quando começou me arrependi de ter deixado ela escolher. Eu assisto todo o tipo de coisa, mas hoje queria ver algum filme com sangue, não um romance.
Ela começou a rir quando Rosie estava com um cara na cama e a filha dela entrou no quarto, ele era policial e algemou ela na cama. Para ajudar, estava com a chave errada. Adivinha o que aconteceu? Ela levou a filha para a escola enquanto estava algemada na cabeceira da cama.
— Na vida eu sou a Rosie e você é a cama, estamos na mesma situação que ela. – gargalhou alto e eu tentei segurar a risada, mas não consegui.
Quando o filme acabou, lágrimas não paravam de sair dos olhos da Jessmine, ela chorou quase o filme inteiro.
— É a primeira vez que você assistiu esse filme?
— Não, talvez seja a 50° vez, mas todas foram como se fossem a primeira, sempre choro. — Ela disse secando os olhos, e puxando meu braço junto para prender o cabelo.
— Então, romances é o seu estilo e Simplesmente Acontece é o seu filme favorito?
— Sim, mas eu também gosto de outros, como por exemplo, ação.
— Ah é, me fala o nome de um?
— Maze Runner, foi um dos últimos que assisti.
Adoro esse filme, acho que não superei a morte do personagem do terceiro filme. Me lembrei que existem livros também.
— Já leu os livros?
— Comecei, porém prefiro os filmes.
— Como assim?? Os livros são melhores, você não gosta de ler?
— Gosto, todo ano tento ler pelo menos 5 livros. Porém continuo preferindo filmes.
— Sabia que você tinha algum defeito. Você era perfeita demais para ser verdade.
Algum defeito ela tinha que ter, não acredito que ela prefira filmes à livros.
— Você me achava perfeita? — perguntou.
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não esqueça de votar no capítulo,
isso me ajuda muito :)
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Eu, Você e Mais Ninguém
Short StoryConnor e Jess acordaram na mesma cama. Não se conhecerem ou nunca terem se visto na vida era o menor dos problemas, porque os dois estavam algemados, literalmente, presos um ao outro. Não se lembravam de como e nem quem poderia ter feito isso com el...