A bitter sweet of novel

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Antes de tudo eu quero dizer que sim, o capítulo dessa vez tá bem ruim e sim, tá curto também, mas por favor entendam o meu lado. Estou muito sobrecarregada com os estudos, principalmente agora que entrei no ensino médio... Pensei que minha vida fosse virar um grande high School musical e que eu era a Gabriella, mas é, a vida e minha imaginando se uniram pra me enganar rsrs, enfim, estou aqui às 03:10 em ponto fazendo a atualização da fic que só pode ser escrita nos sábados e nos domingos, já que estou sem tempo nos dias da semana..
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Seus lábios avermelhados estavam tão convidativos naquele momento e eu sentia que se me aproximasse apenas mais um pouco, não teria problema e foi isso que fiz, dei mais um passo à frente, cessando todo o espaço entre nossos corpos. Sana olhava em meus olhos depois olhava para os meus lábios de modo tão fofo e inocente que não me contive e quando menos esperei, nossos lábios já se uniam em um beijo lento, calmo e desejado.

Seus lábios, como imaginei, tinham um leve sabor de morango, talvez por estar usando gloss labial.

Enquanto nossas bocas abriam e fechavam em sincronia, minhas mãos sem obedecer comandos, foram de encontro à cintura da minha unnie, fazendo com que a mesma deixasse suas mãos em meu pescoço. Seus toques eram quentes e de certa forma reconfortantes, fazendo com que o meu primeiro beijo não fosse tão ruim assim. Mesmo que eu não soubesse o momento certo e abrir a boca ou de “acrescentar” a língua, Sana parecia saber muito bem o que fazer então guiava tudo.

O som dos dos nossos lábios era o único som que podia ser ouvido no local que, naquele momento, não estava tão movimentado, e mesmo que estivesse, eu não me importaria.

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Eu já não conseguia esconder meu sorriso bobo, era inevitável. Depois que encerramos o beijo, estávamos ofegantes e tudo que eu queria era voltar a saborear seus lábios, porém já estava tarde, então resolvemos voltar para casa.

O caminho foi silencioso mas não desconfortável, pois, nossas mãos estavam juntas e nossos dedos estavam entrelaçados. Eu conseguia sentir seu contato quente com minha palmas gélidas.

-- Dongsaeng… —chamou com sua voz serena como sempre e, enquanto balançava nossas mãos no ar, a olhei com o rosto “iluminado”. -- Eu… o beijo, eu…

-- Tudo bem. —disse quase como um suspiro inaudível.

Ela, com seu mais belo sorriso,soltou minha mão. Por um rápido momento, entristeci por não sentir sua palma quentinha contra a minha e pelo ato tão repentino. Eu estava perdida nas prováveis possibilidades do porquê Sana tinha soltado minha mão.

Sem falar nada, a mais velha parou em minha frente, apontando para uma enorme casa no final da rua, indicando que morava lá.

-- Já está bom ter vindo até aqui, Tzu. —disse e passou sua palma pela minha tez, deixando todo o meu corpo arrepiado.

-- Tem certeza?
-- Sim, eu tenho, anjo. — disse simplista e, antes de correr em direção à sua casa, deixou um leve selar em meus lábios, fazendo com que eu soltasse um pequeno suspiro.

Eu estava boba, boba de amor. Minha vida estava parecendo um enorme Dorama, cheio de romance, suspense e ação, só faltava a parte triste de toda história contada na televisão, mas nada poderia estragar aquele dia pra mim, então, com toda a alegria acumulada em mim, voltei saltitante para casa, afinal, não morava tão longe dali.

Enquanto caminhava de volta para casa, não podia evitar de olhar de vez em quando para trás, na esperança de que Sana fizesse o mesmo, mas provavelmente já havia entrado na casa.

Voltei minha atenção para frente e tentei recapitular tudo o que havia acontecido naquele dia. Foram de fato muitas coisas mas, naquele momento, a única coisa que eu pensava era nos lábios dóceis de Sana, em seu jeito fofo de pôr suas mãos em meu pescoço e… não, não, não! Eu já estava viajando muito longe com os meus pensamentos e minhas bochechas haviam começado a corar.

⋆⋆⋆

O caminho havia sido bem calmo, eu finalmente estava em casa, mas algo estava muito estranho. Halmeoni não estava na cozinha como sempre, e eu não sentia o cheirinho do seu bolo de baunilha.

Fechei a porta atrás de mim, tirei meus sapatos e adentrei a casa com receio, estava tudo muito quieto, quieto até demais.

Com passos incertos e coração quase pulando pela boca, andei até a sala de estar e lá estava ela, sorrindo de modo calmo enquanto tricotada algo azul. No primeiro momento fiquei assustada pois Halmeoni jamais tricotava, principalmente coisas azuis, ela tinha um certo ranço com a cor.

Ao me ver, ampliou seu sorriso e largou tudo que estava fazendo em uma pequena caixa.

-- Não sabia que gostava de tricô. —falei com meu timbre calmo, mesmo que à minutos atrás eu quase tivesse infartado de um susto, afinal, vovó sempre fazia bolos naquele horário.

-- Não sabia? Óh querida, claro que gosto. —disse com um sorriso sereno, tendo seu rosto iluminado pela luz que entrava da janela.

-- Pensei que só bolos eram suficientes.

-- Só bolos nunca são suficientes, Huang Yen-Ling.

Era minha impressão ou minha avó tinha acabado de me chamar de Huang Yen-Ling? O nome da minha mãe.

-- Como? —perguntei, soando um pouquinho desesperada. Não gostava muito de como aquela cena do Dorama estava saindo.

-- Aiigooo LingLing, deixe isso pra lá. Como foi a escola? Ainda sente algo por aquele garoto, o… qual é mesmo nome, Deus? Am… Chou Yi-Cheng?

Minha Halmeoni estava sobre algum efeito de remédios muito pesados ou ela de fato estava confundindo tudo? Enquanto meu olhar pairava sobre seu rosto, a mulher suspirou, negou algo com a cabeça e levantou.

-- Será que já comi hoje? —perguntou retoricamente enquanto coçava a cabeça.

Arregalei meus olhos sem reação para tudo aquilo. É, o dia estava sendo ótimo até aquele momento. Talvez tudo aquilo fosse um sonho. Eu não duvidava dessa hipótese, mas confirmei que não era ao tentar me beliscar e não conseguir acordar.

Minha avó estava me confundindo com a minha mãe. Engoli o seco, fazendo minha garganta dar um nó. Na aula passada estudávamos sobre Alzheimer e em como afetava boa parte da população idosa e aquela situação…

-- Halmeoni, pode me seguir por um instantinho? —perguntei com a minha garganta coçando e meus olhos já marejados.

-- Claro, filha.

Warm Me 》Satzu. Onde histórias criam vida. Descubra agora