06 - Luan.

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ele passa e me esfrega 🎶🔫

Levantei o fuzil balançando no ritmo do trenzinho passando no meio do baile, hoje o baile tá uma uva, tranquilidade total, só lazer.

Avistei a Luana sarrando em um moleque, do lado dela tava a Sofia e mais umas três meninas, parei na frente dela e fiquei de braço cruzado, esperando parar a safadeza, ela sabe como eu sou ciumento, bato logo neurose.

— Qual foi, Luana? — disse alto assustando ela e o menor, ela riu sem graça se levantando e o menor foi saindo — Tô de olho hein, olha os modos! — avisei saindo com a tropinha

Sabia que a Sofia ia vir atrás, já fui logo subindo pro camarote, sei que pelo menos aqui ela não vai me perturbar, não tem acesso, só Luana que tem.

Os menor estavam vidrados nas patricinhas dançando, ri pegando um copo de whisky e parei do lado do patrão.

— Empurro fácil na loirinha — Martins disse apagando o cigarro, olhei a tal loirinha que ele tava falando, amiga da filha dele, cara do problema

— Gatinha, investe po — falei dando um gole na minha bebida, ele riu

— Qual é, as patricinhas tão liberadas pra nós ou tão proibidas também — Maycon parou do nosso lado

— Liberadas geral, mas a loirinha já tá no meu porte — Martins respondeu sério, olhando diretamente pra garota, Maycon concordou saindo

Fiquei ali batendo um papo com ele até a filha dele chegar, aquela garota tem um bagulho que atraí qualquer um ta ligado? O sorriso sem graça diante a brincadeira do pai dela, a cara de debochada quando apertou minha mão.

Neguei com a cabeça vendo o nome da Sofia piscar na tela do meu celular, guardei no bolso e olhei pra frente.

Parece até loucura, a mina ta dando um show literalmente na minha frente, descendo e subindo, quando os olhos dela encontraram os meus, fiquei de pau duro na hora, menor, parece que eu to hipnotizado naquela bunda.

— Olha muito não em — FB parou do meu lado me assustando

— Tá maluco? — disse desviando o olhar e olhando pra ele

— Eu não, tu que deve tá — me zoou — Gata né? — perguntou o óbvio

— Preciso nem te responder — falei indo em direção ao bar, senti meu celular vibrar de novo, caralho, Sofia não desiste.

Sai do camarote e desci as escadas encontrando a  Sofia parada de braços cruzados e o rosto vermelho, lá vem bo, como de costume.

— Dá o papo logo, tô querendo curtir o baile — parei na frente dela

— Tá cheio de piranha nessa porra desse camarote, por isso você tá assim né — disse dando um tapa no meu peito

Eu odeio bater em mulher, mas odeio mulher abusada e a Sofia tem dessas, adora fazer show no meio dos outros, e eu odeio mulher amostrada, por essas e outras que eu to saindo fora dela.

Agarrei ela pelos ombros e pressionei contra a parede, me olhou assustada já sabendo que tinha feito merda.

— Bota um bagulho na tua cabeça — bati com a mão na parede do lado da cabeça dela — Eu não tenho porra nenhuma com você — apontei o dedo na cara dela — Mete o pé antes que tu me tire da graça, tu já tá no limite comigo — Ela só concordou com a cabeça e saiu puta da vida

Olhares - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora