*ALERTA GATILHO: A cena a seguir contém contém agressão verbal e tortura psicológica,, que podem gerar desconforto ao ler. (Se você não se sente bem ao ler esse tipo de assunto, tem o livre passe para pular esse capítulo, respeite seus limites!)
O meu coração batia rápido no peito, meu pai tava baleado, minha mãe tinha saído atrás dele e eu estava sozinha em casa enquanto o morro estava sendo invadido.
A cada minuto que passava eu me sentia mais angustiada, nenhum sinal dos meus pais e o barulho lá fora me incomodava, eu não consigo falar com ninguém e a luz a todo momento caia, não é noite ainda, mas já vai iria escurecer e os tiros só aumentavam mais.
O barulho na porta da cozinha me fez levantar assustada, vozes se aproximaram e parece que estavam tentando abrir a porta.
— Ela tá aí sim — A voz grossa disse — Derruba a porta logo, Guilherme! — completou me fazendo correr para o meu quarto.
Nunca havia subido aquele escada tão rápido na minha vida, um barulho alto ecoou pela casa silenciosa e eu me espremi contra a parede do meu quarto.
Luan, o único que poderia me ajudar.
Eram muitas vozes e a cada minuto que passava ficavam mais altas, eles estavam se aproximando e o Luan não atendia a merda do celular.
- Me ajuda, tem homens aqui em casa - falei quando a chamada foi atendida
- Ele não pode te ajudar, Mileninha - uma voz estranha respondeu e desligou.
Haviam pego o celular do Luan e murros eram dados na minha porta fazendo ela balançar, eles riam alto e falavam que sabiam que eu estava ali, me afastei atordoada sentindo minha garganta apertar, eu vou morrer!
O baque forte da porta no chão me fez gritar, tinha muitos homens, mas tinha mulheres também.
Deslizei contra o guarda roupa e duas mulheres armadas se aproximaram, tampando meus ouvidos com as mãos para não escutar o que eles falavam.
— Levanta, sem draminha — uma me puxou pelo braço — Se você responder aonde teu pai tá, ninguém aqui vai te machucar — me jogou na cama com força
— Bora, vai falando, princesa — Um homem alto de cabelo preto entrou no quarto, os olhos dele eram claros e me olhavam com ódio, sério, alto
— Vidinha boa à de vocês em? — abriram meu guarda roupas — Roupas caras — o homem disse jogando minhas roupas no chão — Aí, Tamy, tu gosta de Adidas? — jogou uma blusa para mulher ao meu lado
— Ih, info fresquinha, pegaram tua a mamãe — A mulher falou olhando o celular, meu coração acelerou — A agora o próximo passo é o verme do teu pai — eles riram
— A vida a boa acabou, tu vai ver o que é ter vida boa na cadeia — o homem alto se aproximou de mim, segurando meu rosto
— Meu Deus, não.. — murmurei sentindo o desespero me atingir e meu corpo tremer
Eu não sei se estava tendo uma convulsão, mas meu corpo tremia e meus olhos reviravam, eu escutava chamarem meu nome mas não tinha controle sobre meu corpo.
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Olhares - Livro 1.
Подростковая литератураrespirar olhares, eu vi em você o amor e a felicidade em mim. A história de Luan e Milena. Por Cris 💎 Fev/2019. Revisada Maio/2020.