Olhares - Livro 1.

42 - Luan.

*ALERTA GATILHO: A cena a seguir contém contém agressão verbal e agressão física, que podem gerar desconforto ao ler. (Se você não se sente bem ao ler esse tipo de assunto, tem o livre passe para pular esse capítulo, respeite seus limites!)

— Estava te esperando — o homem mascarado disse — Bota o armamento no chão — mandou

— Cadê minha irmã? — perguntei abaixando e botando o fuzil junto com os outros armamentos no chão enquanto ele fechava a porta

— A Luana? — ele riu nojento

— Qual é a graça porra? Pode me levar, mas me fala cadê a minha irmã — falei mais alto preocupado, meu peito apertou

— Calma LN, bem que a Lu me disse que você era estressado — debochou fazendo minha raiva crescer

— Luana? — gritei fazendo ele arregalar os olhos quando passos se aproximaram do corredor, para o meu alívio

— Luan, eu achei que você estivesse...— Luana apareceu na sala parando bruscamente no corredor — Quem é esse homem Luan? Nós vamos morrer, meu Deus — falou desesperada botando a mão na barriga e se encostando na parede

— Ninguém vai morrer aqui — falei calmo, o fuzil ainda apontado para o meu rosto — Mas acho que o cara aí te conhece! — debochei

— Eu não conheço esse cara Luan, como esse homem entrou aqui? — ela disse chorando, o homem a minha frente estava parado, parecia congelado

— Lu, você me disse que não estaria em casa hoje, amor.. — o homem virou a cabeça para ela levantando a máscara

— Alisson?  O QUE? — Luana se aproximou puta — Que brincadeira é essa porra? — puxou a máscara da mão do homem — Mas que porra?? — gritou chorando

— Luana, vai pro quarto, amor, depois nós conversamos — o cara falou tranquilo sem desviar o fuzil do meu rosto

— Tira essa merda da cara do meu irmão! — Luana entrou na frente me fazendo empurrar ela pro lado

Meu celular tocou no chão e o nome da Milena apareceu fazendo meu coração contrair, o tal Alisson atendeu e respondeu por mim me deixando mais puto do que eu já tava.

— Tá maluca? Que porra tá acontecendo aqui? Tu tá se envolvendo com isso tudo desde quando Luana? — perguntei olhando pra cara dela

— Ele não é nada disso, nem eu sei — gritou com o rosto vermelho — Que brincadeira é essa Alisson? Por que tu tá aqui? — perguntou chorando

— Eu sou agente, Lu — o cara falou abaixando o fuzil e virando pra ela — Quando eu me envolvi contigo, tinha todo um plano, mas porra, você fudeu meus planos, eu criei sentimentos e quando tentei fazer não acontecer essa operação já era tarde demais — falou olhando pra ela

— Não — Luana gritou desesperada — Eu to grávida de você, porra Alisson! — falou nervosa

Aproveitei seu momento de distração pra pegar meu fuzil no chão e me afastei, apontei o fuzil em sua nuca e senti seu corpo tenso.

— Chegou a tua hora, Alisson — falei debochado

— Luan, não, por favor — a Luana caiu de joelhos implorando

— Não? — debochei escutando a fala Luana, mas aí uma voz me interrompeu

— Alisson, como está aí? Já pegou o desgraçado? Estamos com a tal Milena, a menina tá tendo uma crise, a mãe já tá com a gente também — A voz feminina no rádio do verme falou

A Milena estava com eles também, o pensamento de um deles estarem fazendo algum mal a ela me preencheu.

— É o seguinte — pressionei o bico na nuca dele — Passa um rádio pra essa filha da puta e fala que tu tá nas minhas mãos, se eles arrancarem um fio de cabelo da Milena, eu te mato! — ele concordou

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