Capítulo 25

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Maria Júlia

Dois meses depois

Olho para PH que estava sentado em uma mureta com Sabrina a maior puta do morro no meio de suas pernas.

A gente ainda fica e eu gosto disso, mas eu sei que ele não fica só comigo, fica com várias também. Eu pego outros também, mas só beijo. Eu não me iludo pensando que ele vai ficar só comigo porque isso não vai acontecer.

Ele me olha e empurra ela, sorrio acenando com a mão pra ele e subo o morro indo pra casa.

Chego em casa e entro fechando a porta.

Majú: BRUNAAA... — grito. — Ô VAGABUNDA... — gritei mais uma vez mas ela não apareceu, deve ter saído, dou de ombros e vou pra cozinha onde tomo um pouco de água e volto pra sala.

Pego meu celular mandando mensagem pra ela e a porta é aberta, em seguida ela entra com sacola na mão.

Majú: Onde você tava? — me sento no sofá.

Bruna: Fui no shopping comprar uma roupa para irmos no baile hoje, já faz tempo que não compramos roupas — me dá a sacola. — Analu vai vir aqui para se arrumar e irmos todas juntas.

Majú: E você sabe se eu vou? — ela assentiu.

Bruna: Sei — se senta do meu lado pegando um vestido de dentro da sacola. — Você foi em todos que teve nesses meses e não vai ser hoje que você vai ficar com frescura de não ir.

Majú: Que horas ela vem aqui?

Bruna: 21:00, o baile vai começar às 23:00.

Majú: Ok. Agora é 16:16 ainda tem muito tempo — falo após ver o celular.

Bruna: Vamos lá em cima escolher as coisas.

Balanço a cabeça e subimos com a sacola na mão.

(...)

Bruna: Vamo lá comprar açaí? Tô com mó vontade, faz mó cota que não como um — olho pra ela que amarrava o cabelo em um coque e pegou o celular.

Majú: Vamo, também tô com vontade, só deixa eu pegar o dinheiro — pego o dinheiro e coloco no celular dentro da capinha.

Saímos de casa e descemos o morro. A rua tava cheia de pessoas sentadas enfrente de suas casas conversando ou olhando seus filhos brincarem na rua, se notava o sorriso verdadeiro no rosto dessas crianças. Com certeza favela é um lugar de paz para as crianças.

Majú: Oi Dona Maria! Como a senhora está? — sorrio olhando para a mesma que varria a calçada e me olhou sorrindo.

Bruna: Oi Dona Maria! — sorriu.

Maria: Oi meninas! Estou bem e vocês? — disse parando de varrer.

Majú: Estamos bem — fui até ela e abraçei a mesma, depois Bruna fez o mesmo. — Depois conversamos mais, tchau!

O Traficante e a MarrentaOnde histórias criam vida. Descubra agora