Capítulo 37

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Maria Júlia

Uma semana depois...

No mesmo dia que o menino morreu, PH fez uma homenagem para ele lá quadra onde quase todas as pessoas do morro foram e choraram.

Não tinha como segurar as lágrimas com a homenagem.

Já no outro dia foi o enterro, PH que cuidou de tudo. Lá no cemitério ele e os meninos deram tiros para cima e depois disso fomos para minha casa antes de deixar a Amanda na casa dela.

Depois do que aconteceu, uma semana se passou. Eu e as meninas vamos quase todos os dias na casa da Amanda, e quando nós não podemos ir ela que vem aqui em casa.

Durante essa semana nós quatro fomos nós conhecendo e acabamos virando amigas. Sabe quando você conhece uma pessoa e começa a conversar ela como se vocês se conhecessem a anos? Então, foi isso o que aconteceu comigo e com as meninas.

Amanda, além de ser nossa amiga, ela era meio que uma mãe para nós. Ela contava de tudo para nós e a gente também.

Quando eu falei para as meninas que eu sentia que podia confiar na Amanda, elas concordaram comigo e disseram que também sentiam a mesma coisa.

E cá estamos nós, na casa dela conversando enquanto ela colocava a garrafa de café na mesa.

Amanda: Como você e PH estão? — serviu todas nós e em seguida se sentou na poltrona à nossa frente.

Majú: Estamos bem, algumas brigas aqui outras ali, mas nada que a gente não resolva — sorri.

Amanda: Todo relacionamento tem essa fase — sorriu. — Não tem um relacionamento que não tem briga. Mas passa, é uma fase.

Majú: É sim!

Amanda: E vocês duas? — apontou para Bruna e Analu. — Eu vi as duas de agarração com O PR e MT. Sei que tem algo aí — elas fizeram cara de desentendida.

Bruna/Analu: Eu? Imagina — elas levantaram as mãos e abaixaram. Parece até combinado.

Amanda: Não finjam. Eu sei que Bruna tá gostando do PR, e Analu também está gostando do MT.

Bruna: Fazê o que né, ninguém manda no coração — deu de ombros.

Amanda: Por que vocês não namoram? — perguntou para Bruna. Eu e Analu só caladas vendo elas conversarem.

Bruna: Ele não pediu. Mas se pedir eu aceito, claro — sorriu.

Amanda: E você e MT? — perguntou para Analu que olhou para ela no mesmo momento.

Analu: É difícil. Tem meu irmão, e o MT tem medo dele fazer alguma coisa e eu também — respirou fundo. — A gente nunca falou sobre namoro por causa do meu irmão.

Amanda: Converse com seu irmão sobre você e MT, fala o que está acontecendo entre vocês. A conversa resolve tudo — disse, abrindo um sorriso. — Sabe que aqui tem um monte de gente fofoqueira, se ouve um "a", as pessoas já saem falando. Então, conversa com seu irmão, é melhor saber por você do que por outros.

O Traficante e a MarrentaOnde histórias criam vida. Descubra agora