Capítulo XV

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Já fazia um longo tempo que o lorde não o marcava uma reunião com tantos comensais, até os novos foram chamados, era um evento grande e o ar estava pesado.

Snape chegara mansão Malfoy minutos depois de sentir sua marca negra arder, ele agora andava pelos corredores indo em direção ao salão, onde o lorde reunira seus seguidores, ele se perguntava o por que de uma reunião tão grande, mas tinha certeza de que boa coisa não era, Draco o havia avisado no dia anterior da convocação o quão grande ela seria, ele se preparara para a situação, e estava temeroso do que estava por vir.

Draco o aguardava na entrada da sala, ao vê-lo foi a seu encontro muito empolgado.

O jovem bruxo estava sedento por participar de um ataque e provar ao seu mestre seu valor. Snape o olhou de uma forma indecifrável e distante o que foi percebido, mas ignorado pelo rapaz que estava tão excitado com a reunião que mal cabia em si.

Dentro da sala o burburinho de vozes era intenso, todos aguardando a entrada de Voldemort, que ainda não tinha se apresentado. A curiosidade era geral e Snape sentiu um arrepio ao ver o olhar mortal que todos apresentavam e pensou – sim, boa coisa isso não vai dar – ele olhou em volta e deu por falta de Bellatrix, a bruxa sempre era uma das primeiras a chegar, seu marido o Lestrange já estava na sala, sentado em um sofá largo e confortável, mas sua expressão parecia perdida e macilenta.

Draco chamou Severo para sentar-se em um sofá a frente ao que Lestrange estavam e tomou acento a seu lado.

Menos de um quarto de hora depois as portas do salão se abriram e o Lorde das trevas entrou, ele trazia pela mão de forma cavalheiresca a esposa de Lestrange.

Bellatrix, sorria altiva e Severo pode notar que ela usava um estranho colar no pescoço, e logo supôs ser a horcrux. A mulher caminhava desafiadora, como se quisesse dizer a todos que ela estava numa posição superior e que todos deveriam se curvar perante ela.

Os comensais se curvaram, não para a dama negra, mas para Voldemort, que com um gesto teatral os autorizou a se erguerem.

O lorde falou-os – Meus servos, que bom que todos estão presentes, hoje eu venho até você para atender uma solicitação de minha fiel e querida serve Bellatrix, - Snape sentiu um tremor percorrer seu corpo, se a solicitação fora de Bellatrix com certeza, muito sangue iria rolar, independente do que fosse que ela houvesse pedido, e o lorde continuou - Minha cara Bellatrix vem a muito pedindo que de ordem para que façam um ataque realmente grande, que mostre a esses bruxos que ainda não se juntaram a nós, aos aurores e aos seguidores do falecido Dumbledore que a vitória é nossa, quer eles queiram ou não, que ele não são páreo para nós e que resistir é inútil. Mostraremos a todos nossa superioridade, nosso poder e nossa força e faremos com isso, que eles enfim se submetam a mim. Faremos que eles se ajoelhem e implorem por nossa benevolência, o que, solenemente, vamos recusar e não deixaremos, um só mestiço, um trouxa ou seja lá o que estiver no nosso caminho vivo tempo suficiente para beijar nossos pés pedindo piedade.

Snape respirou fundo ao fim do discurso, virou-se para Draco e o garoto exibia um sorriso de satisfação que deu náuseas em Severo, os olhos do rapaz estavam quase tão doentios quanto os de sua tia, ele tinha por fim se rendido totalmente à maldade. Severo sabia que esse era um caminho sem volta. Se o ódio e a ambição penetram tão fundo no seu coração a ponto de o brilho dos seus olhos ficarem vidrados por poder, não existe mais salvação.

Voldemort continuou a falar – meus servos, nós iremos atacar o beco diagonal, será a luz do dia e quando o lugar estiver cheio de gente – os comensais ovacionaram a idéia, era claro para Severo que, não só Bellatrix e Draco estavam loucos por sangue, mas todos os outros comensais também.

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