Capítulo XXI

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Era um dia comum em Hogwarts, a diretora Minerva Margonagoll estava sentada em sua cadeira verificando as notas dos alunos do quinto ano, dois anos tinha-se passado desde a derrota de Voldemort, e tudo parecia ter votado a mais tranqüila normalidade.

Depois dos mortos e feridos tanto amigos como inimigos a vida continuou, Harry agora era um auror e trabalhava no ministério, Ronald Wesley estava em um cargo burocrático no ministério e a Gina Wesley estava na liga mundial de quadribol. Tudo estava bem.

No jardim do Castelo o tumulo branco de Dumbledore estava ladeado de flores e ninguém mais procurava por Snape e Hermione, havia três anos que eles haviam desaparecido.

A velha bruxa arrumava os papeis sobre a mesa minuciosamente quando ouviu uma batida na porta, com sua voz formal habitual mandou entrar.

Passou pela porta um garoto do terceiro ano muito magro e alto, tinha os cabelos muito cacheados e negros, com o uniforme da Corvinal, ela sabia que o nome dele era John Fry. Olhando sobre os óculos Minerva pensou o que o garoto queria.

Ele se aproximou lentamente como se tivesse com vergonha e falou.

- Professora... Desculpe incomodar, mas ...eu tenho algo para lhe entregar...eu sei que vai parecer estranho mas... bem ate para mim parece estranho... mas... – já nervosa com a fala sem sentido do garoto, disse ríspida – fale logo o que é, pode ter certeza que depois de tudo que eu passei na minha vida, nada, e nada mesmo me parece estranho.

Respirando fundo o garoto se aproximou mais da mesa e tirou das veste uma carta enrolada em pergaminho, parecia muito velha e gasta, ela não pode deixar de notar que estava meio manchado por poeira e umidade.

A velha bruxa estendeu a mão para pegar o pergaminho. O garoto começou a explicar:

- Professora, essa carta está endereçada a senhora desde 1902, ela foi escrita por minha bisavó e vem passando de pai para filho desde então, ela, como você pode ver tem instruções na frente de como deve ser feita a entrega.

Minerva olhou para a carta com cuidado e observou que me letra miúda estava escrito:

Entregar a professora Minerva Margonagoll dois anos após a morte de lord Voldemort, em caso de nesse dia a professora não estiver mais entre os vivos ou Voldemort tiver triunfado essa carta deve ser queimada fechada e nunca mais mencionada."

Minerva passou o dedo sobre a carta reconhecendo a letra de quem a escreverá, ela já tinha visto aquela letra miúda diversas vezes em trabalhos escolares com o dobro de pergaminhos pedidos. Abriu cautelosa a carta e ao olhar o papel sentiu uma vontade terrível de chorar, não de tristeza, mas de simples alivio por seu plano tão temerário ter dado certo.

Já tinha se esquecido do garoto quando ele falou meio sem jeito e assustado com a reação emocional da mestra – Professora! Será que seria muita impertinência saber o que tem nessa carta? Há anos nós da família fazemos conjecturas sobre o assunto, primeiro nos perguntando quem era lord Voldemorte e depois quando ele apareceu, em como nossa bisavó sabia, a senhora poderia me explicar?

A bruxa olhou o rapaz a sua frente, ele tinha uma mistura peculiar de traços, os cabelos pretos e o olhar profundo, mas esse não tinha o amargor de Severo, eram olhos de um garoto inocente e feliz. A velha bruxa sorriu antes de responder.

- infelizmente senhor Fry eu não posso responder a sua pergunta, essa carta e confidencial, e acredite em mim quando digo, tem coisa que é melhor não saber, boas ou ruins. A ignorância as vezes é uma virtude.

O garoto não parecia satisfeito com a noticia, esperou um pouco antes de pedir licença para sair, virou as costas e já estava chegando à porta quando a professora perguntou?

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