Capítulo XVII

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Severo folheava o livro furiosamente, Hermione observava a cena, os cabelos negros meio que caindo sobre a face e as folhas passando rapidamente a sua frente – Severo o que você está procurando?

- Calma. Você já vai saber – Snape respondeu sem levantar o olhar e continuou o que fazia.

A bruxa não estava agüentando mais aquele mistério, e se aproximou para ver se enxergava alguma coisa nas folhas, já estava bem próxima quando, de dentro do livro, Severo retirou um pergaminho amarelado e o olhou com atenção, ela pode ver que nele estava estampado um desenho a carvão de uma gruta com uma cobra horrível na porta. O bicho tinha um olhar malvado e assustador.

Snape mandou-a se aproximar e mostrou o desenho falando – veja, você está diante da localização da ultima horcrux. – Hermione olhou-o nos olhos, eles brilhavam como diamantes negros.

Pegou o pergaminho que lhe era oferecido e o examinou. O desenho era bem feito e nele estavam escritas quatro frases, uma em cada borda a da direita "Hic iacet sepultus inclitus Merlim" , a esquerda "Cogito, ergo sum", a de baixo "anguis vox" e a cima "domus anima".

Hermione percebeu que era latim, e não sabia o que significavam as frases, virou-se para Severo, ele sorria, arqueou as sobrancelhas e declamou em voz alta o que estava escrito – a direita: aqui está enterrado Merlim, a esquerda: penso, logo existo. A de cima: casa da alma e a de baixo, voz de cobra.

Hermione continuava sem estender nada – tudo bem, mas o que isso indica?

Severo agora a olhava com um certo ar de pena – ah... sabe-tudo, assim você me decepciona... – Hermione ficou vermelha de raiva – isso, Snape, só prova que esse seu apelido é uma injustiça, eu não sei e não tenho a obrigação de saber tudo – Ela frisou bem o sobrenome dele, para que ele notasse que ela impôs uma distancia. Tentou continuar o discurso até notar que Severo a olhava com uma cara de riso insuportável. Teve vontade de socá-lo, mas apenas se calou e cruzou os braços sobre o corpo fechando a cara.

Severo levantou pôs o livro sobre a mesa e a abraçou, mas ela o cortou dizendo -Pode para de me adular Severo, eu não gostei do seu comentário e nem dessa sua cara de debochado – o bruxo segurou para não rir e falou: – meu amor! Debochado, eu? Não, que isso?... Acho que nunca fui assim em toda minha vida...

Hermione o encarou descrente do que tinha ouvido e virou os olhos sacudindo a cabeça – Merlim me de forças! E por falar em Merlim, agora que você já fez hora com a minha cara, poderia fazer o obsequio de me explicar, isso é, se meu intelecto decepcionante puder acompanhar o seu tão ferino raciocínio.

Snape caiu na gargalhada, vê-la fazer pagar na mesma moeda o debocho que ele havia feito, era muito divertido e estimulante, ele gostava quando ela fazia isso. E respondeu cortês – de modo algum seu intelecto me decepciona, eu estava apenas a provocando, bom, no fundo achei que você entenderia as pistas, mas não fique triste, esse pergaminho está comigo há 17 anos e só nessa semana, pensado na horcrux, se seria ou não a Nagine, me lembrei dele, e finalmente, ele fez algum sentido para mim. Esse pergaminho pertenceu ao Lorde das Trevas, eu o encontrei na mansão Malfoy logo após a primeira derrota de você-sabe-quem. Lucius estava destruindo as provas que podiam ligá-lo ao lorde eu salvei esse desenho de ser queimado, nem me lembro por que – Hermione olhou para ele mais condescendente – então o que você descobriu? Fala logo – Severo a soltou e voltou a pegar o pergaminho mostrou o desenho a ela e falou – você conhece a lenda do Rei Artur?

- Claro Severo, quem em toda a Grã - Bretanha não a conhece. – Severo sorriu e respondeu – você se surpreenderia com o numero de pessoas que não conhecem. Bom, isso não vem ao caso. – Ele acenou com a mão com displicência e continuou – Lembra-se do destino do mago Merlim?

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