010

2.2K 186 12
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

MELISSA

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

MELISSA

Não aceitarei ser escorraçada de sua vida novamente, não é justo. Eu o levei ao limite noite passada e assumo total responsabilidade quanto a isso, mas ele não fez nada menos do que pedir por mais e mais quando continuou agindo feito um idiota arcaico.

Estou trancada no meu quarto desde que ele me mandou para cá, para bem longe dele. Para minha própria segurança. Eu entendi o que ele quis dizer, deduzi seu olhar muito antes de suas palavras chegarem aos meus ouvidos e nada me deixou mais vulnerável.

A sensação só cresceu em meu peito nas últimas horas, algo que ele não considerou ao me afastar. Aperto o meu mais novo vício contra minha barriga, passei as primeiras horas da madrugada relendo as páginas com as melhores cenas, absorvendo o conteúdo para utilizar na prática. O enredo é fraco,mas os detalhes da interação íntima entre o casal principal fez a leitura valer a pena.
Desejo.
Tesão.
Carência.
Todos esses são, segundo Ollie, a personagem principal do livro, caminhos para uma sequência de erros.

Eram explicações que tinham um começo diferente, mas sempre o mesmo conteúdo no final. Eu não sou ingênua e sei o que tenho que fazer para amenizar a sensação de ansiedade no qual meu corpo está lidando. Preciso dele.

Talvez, as sensações que me cercam não sejam, realmente, nada saudáveis e eu devesse procurar por ajuda e encontrar algum psicólogo. Deve haver uma explicação para tudo isso. Quem sabe tio Enzo e eu possamos voltar a ser como antes, embora acredite que já seja tarde demais para voltar a normalidade de antes. Eu nem retroceder atrás para ser sincera, talvez o fizesse se ele pedisse, mas só se fosse o que ele quisesse de verdade.

A culpa o corrói. Enxergo isso, mas ela nunca me incomodou.

O medo de perdê-lo é maior. O nosso tudo.

Ele e eu.

Por isso, paro de frente a porta do meu quarto e espero que algo me atinja e impeça minhas próximas ações, que sorrateiramente a alusão do desejo seja levado embora e evapore como fumaça. Fecho meus olhos e conto de um até cinquenta, depois vinte e até o dez. Nada, apenas mais anseio em meu peito.
Destravo a porta e sigo pelo corredor indo direto para seu quarto, ouço o barulho do chuveiro e deduzo que ele está em um banho nesse momento. Foco minha atenção em sua cama e respiro fundo, tomando coragem para o que pretendo fazer.

Retiro o short e me encaminho para o meio da grande cama, mantenho a blusa bege composta por algodão que cobre gentilmente o sutiã rosa claro. Encontro seu travesseiro favorito e o monto, minha calcinha fina não impede que minha parte íntima molhe o travesseiro e saber que ele terá meu cheiro em algo seu me deixa mais excitada. Rebolo sem pudor buscando alívio, não me importo se meus gemidos chegarem até ele, torço por isso.

Eu gemo, gemo, gemo seu nome.
Lorenzo.
Lorenzo.
Tio Enzo.

Sinto como se fosse explodir de ansiedade. Anseio por seus olhos em mim.

–– Que merda você acha que está fazendo? –– Paro de rebolar, encaro sua expressão dura e coberta de indignação, meu coração dispara em uma corrida desenfreada, cravo minhas unhas na pele nua das minhas coxas e busco coragem para encará-lo. Ele está furioso e me sinto pequena, totalmente acuada com seu olhar intenso. Minha parte íntima lateja sobre seu olhar acusador, a culpa está caindo sobre mim, mas eu não sinto nada além da adrenalina e desejo.

Volto a rebolar, dessa vez, bem mais lento. Saboreando toda atenção que ele está me dando.

Seu olhar incrédulo e me diz o quanto estou o deixando louco e sem ação, sua boca abre e fecha e nada sai de lá. Eu me sinto poderosa, no controle.

Mordo meu lábio inferior e aperto minhas pernas contra o travesseiro, trazendo para mais perto do meu pequeno ponto de prazer e ele parece não acreditar no que ver.

Suas mãos se movem entre a cintura, os fios do cabelo e finalmente se cruzam em seu peito. Mantendo a postura rígida ele parece saber finalmente o que fazer.

–– Pare. –– Grunhe, exaltado, quase beirando ao descontrole. Continuo esfregando contra seu travesseiro.
Mais rápido e mais preciso.
Ele se move em minha direção, finalmente, forte e imponente. Sua expressão está travada em uma carranca que assustaria qualquer outra pessoa, no entanto, só me deixa mais perto do ápice.

Ele tem uma toalhana cintura cintura, amarrada e cobrindo toda sua virilidade. Ele nem percebe que seu corpo contém bem menos tecido que o meu.

–– Pare. –– Murmura, bem perto de onde estou. Seus olhos seguem o movimento de meu quadril e arqueio propositalmente minhas costas para que ele possa ver o quão molhada estou.
Seus punhos estão fechados e ele engole com dificuldade.
–– Por favor, tio Enzo.–– digo, quase como uma súplica. Ele franze a testa e guio meu olhar para protuberância que se revela por trás da toalha.
–– Não. –– Responde ríspido.
–– Estou... quase lá. –– Digo com dificuldade.
Ele balança a cabeça, quase posso ler seus pensamentos em contradição. Não tenho tempo para isso, eu preciso gozar.
–– Me mostre seu pau, quero gozar olhando para ele, tio Enzo. Por favor.
Minha respiração acelera ou talvez seja a dele, tudo que posso ouvir são respirações.
–– Tio Enzo, por mim. –– O olho como fazia quando pequena, na época em que eu não me conformava com apenas um sorvete. Ele murmura algo e deixa a toalha cair. Engulo em choque, não é nada parecido com que imaginei e apesar de nunca ter visto um pau antes, acredito que não exista nada mais bonito ou maior que o dele.
–– Você é tão grande.–– Falo.
–– Porra, não fale essas merdas agora.— Murmura, parecendo extremamente irritado.
— Você é... tem como ficar maior? — Pergunto, não conseguindo parar de admirar sua grossura e tamanho. Ele rosna como um animal faminto e ergo meus olhos para checar seu rosto. Sua testa está enrugada e suas pupilas dilatadas.
— Você está muito molhada.–– Diz ofegante, distraído demais com seus próprios pensamentos.
–– Estou tão perto. –– Digo fitando seus olhos para depois mirar um pouco mais embaixo.

Sinto algo se formar em meu peito, leva alguns segundos para que tudo que eu faça seja gritar o seu nome e gozar. Estou suando e sorrindo quando volto a encarar ele, suas mãos agarram seu pau e tudo nele se resume em muito controle e raiva.

Sorrio, desejando silenciosamente que ele possa dividir esse momento comigo. Por favor, sinta muito amor.

–– Saia. –– Ele fala voltando para o banheiro.

Recupero meu fôlego e recolho meu short do chão, não tem como voltar atrás.
A culpa ainda não me acertou, mas meus olhos estão cheios de lágrimas.

Ele me odeia.

Passo o dorso da minha mão no meu rosto e afasto as gotas salgadas. Encaro a porta do seu banheiro e espero.

— Tio Enzo? — chamo, tentando ocultar a incerteza no meu tom.

 O barulho de algo arremessado contra a parede me faz pular no lugar e sair correndo.

O Viúvo Da Minha Tia. [ DISPONÍVEL NA HINOVEL]Onde histórias criam vida. Descubra agora