Eu te amo

40 3 0
                                    

Já narrei muito para vocês todos os sexos que tiverem nessa história, e dessa vez vai ser diferente. Foi bom, mas nada diferente das outras vezes. Eu senti saudade disso, e de estarmos juntos, e posso realmente estar iludida com a ideia de que podemos ser uma família feliz.

O tempo parece passar rápido, e eu estou até progredindo com o Andy. Sinto que, por um momento eu estava precisando dele. Enquanto os dias passam, nós damos entrada no casório, nos preparativos e na adoção da Sophie, que agora que irei casar, está bem mais próxima. As coisas têm sido harmoniosas. Meu trabalho vai bem, e o do andy melhor ainda, agora ele até tem treino de improviso duas vezes na semana. Ele tem se sentido ótimo, e eu também. Já me acostumei com a ideia que, depois do casamento, irei ter ele em casa apenas de segunda, terça e quarta. E olhe lá nas terças, porque o teatro têm deixado ele exausto.

A sophie passou um longo tempo com a outra família, para ver se ela se adaptava com a ideia de ter outros pais, e segundo a Andressa, ela gostou bastante de ficar com eles. Tenho medo que ela tenha se esquecido de mim, ou algo do tipo.

O meu telefone toca, olho para a tela e o nome "Andressa" está estampado na tela:

-Oi. Fala. -Eu conectei com o carro

-Pode falar agora? -Ela disse meio preocupada

-Posso, já conectei com o carro, pode falar. - Voltei a olhar o trânsito

-Melhor estacionar. -Ela realmente estava com um tom de tristeza.

-O que houve, Andressa? -Eu parei o carro na frente de farmácia.

-A Sophie, passou um longo tempo com a outra família, e aparentemente eles são muito legais.

-Ela não vai vir comigo hoje, né? -Agora quem estava com a voz triste era eu.

-Não. Ela veio buscar mais algumas roupas. Na realidade você pode levar ela pra casa no dia de hoje, mas ela vai ficar mais um tempinho na casa deles, pelo menos até o julgamento. -Ela transparecia tristeza em sua voz

-Andressa, o julgamento é daqui dois dias, e eu caso no dia seguinte ao casamento. Eles vão ficar com ela. Ela nunca mais veio pra minha casa, e vocês sempre dizendo que não poderiam deixar por ordem do juíz. O que está acontecendo? -Eu comecei a ficar irritada.

-É, de certa forma, uma ordem do juíz. Ele decidiu que ela escolheria a casa na qual queria ir. Mesmo com todas as vezes que você veio, toda vez que perguntamos para ela, nas semanas de visita, para onde queria ir, era para a casa do Flávio e da Giovanna. Eu tentei falar com ela, para ir te visitar mas ela sempre diz que não.

-Andressa, ela chamou essa moça de mãe? -Nesse momento meu coração estava imensamente apertado

-Sim. -Ficamos em silêncio por alguns instantes.

Desliguei o meu celular e voltei a dirigir. Eram incontáveis a quantidade de lágrimas que percorriam o meu rosto. Encostei o carro no estacionamento do orfanato, sai do carro e a vi ali na porta sorrindo pra mim com o ursinho dela.

Me aproximei, agachei e a abracei. Ela me entregou um desenho que tinha feito, abri, e estavam lá os três: ela, Flávio e Giovanna. Ela me contou que fizeram em uma oficina de desenho que tinham ido. Meu corpo estava fraco por dentro, e eu me segurei para não chorar. Ela relutou e disse que não queria ir comigo, eu insisti e falei para ela que iríamos a muitos lugares legais. Ela continuou falando não. Eles chegaram logo depois de mim, e eu pude ver a felicidade dela correndo para os braços deles dois.

-O que fazem aqui? -A Andressa perguntou para eles dois

-Viemos ver a Sophie - O Flávio sorriu abraçado nela.

Se meu amor é um merda, eu também sou.Onde histórias criam vida. Descubra agora