Se meu amor é um merda, eu também sou.

Dança comigo?

   Pov's Anderson

   Eu realmente não tenho palavras para expressar o que aconteceu. Tudo parecia tão verdadeiro com a Isa, eu a pedi em casamento. Por um momento tudo se foi embora quando aquela moça apareceu pra me salvar. Eu havia caído, e ela estava procurando a pequenina menina que estava com ela, a Sophie. Eu estava lá sangrando e vendo que não conseguiria chamar a Isa, nem que ela fosse me procurar. E foi assim que a Maíra apareceu, e cuidou de cada detalhe em mim. Passamos dias naquela ilha, e sem querer, a Isa havia sumido da minha mente. Parece que todo aquele sentimento que estava aflorando em meu coração por ela, havia sumido. O seu rosto angelical me encantava, seu toque me acalmava, e seu sorriso me paralisava. É, eu sei que é errado se apaixonar por outra pessoa, enquanto se está noivo de outra, mas eu não sei cuidar do meu coração. 

   Depois que fomos resgatados, ficamos aquele um ano juntos e eu senti que ela era mulher da minha vida, independente do que aconteça. Vivenciamos coisas que eu nunca vivi com outra pessoa, que eu nunca viveria. Mas ai me veio a notícia de que a Isa estava viva, e me partia o coração ter que dizer a ela que eu não era mais dela. Olhar para aquele rosto cheio de esperanças, e pensar que ela simplesmente não podia mais fazer aquilo me machucava. De todas as maneiras, eu queria dizer que ela não estava sozinha, eu queria mantê-la em meus braços por muito tempo.  Eu senti seu sofrimento, eu senti seu choro dentro de mim, mas não conseguia dizer mais que eu a amava. Talvez o melhor fosse me despedir e apenas me afastar. Desculpa, Isa.

Pov's Isa.

   Bahia, Carnaval

Estamos em uma época que eu particularmente amo. A Bahia, fica mais animada do que já é o ano inteiro. Meus pais sempre estão de prontidão para se afastar da folia, e é ai em que eu fico sozinha. Chamo Hércules para ficar na casa comigo, assim como também chamo a Arih e o Alex. Como eu sempre digo, nunca sabemos quais as surpresas que o carnaval trará com ele.
   Trios elétricos, multidões, felicidade e momentos intensos. Os corpos se batem em aglomerações em que já não existe mais espaço para mais ninguém. Não consigo me afastar, de fato da bebida. Meus amigos me seguram para que eu não cometa nenhuma loucura nos primeiros dia de folia. Eu os agradeço por cuidarem de mim. 

   No último dia de festa, batem na porta da minha casa:

   -Arih! Atende pra mim! -Eu disse terminando de vestir uma fantasia.

   -Desce ai porque é pra você! -Ela disse gritando da sala.

   -Quem é essa....Marcelo.-Eu disse no último degrau da escada.

   -Me desculpa dizer, mas você está linda. -Ele sorriu sutilmente.

   -Eh, obrigada. -Eu sorri com vergonha. 

   -Bem eu vim te convidar, pra ir em um bloco aqui perto comigo. -Ele sorriu e enquanto isso a Arih, o Alex e o Hercules ficavam gesticulando atrás dele falando "SIM"

   -Tudo... bem. -Eu peguei meu celular e meu dinheiro. 

   -Vamos então. -Ele esticou a mão para que eu pegasse e u apenas passei por ele, e fui em direção a porta. 

   Saímos e eu assumo que batemos um bom papo. Eu, por alguns momentos estava feliz ao lado dele. Sorri, tendo algumas lembranças de nós dois, mas também me pegava pensando no Anderson. Chegamos ao bloquinho, todos estavam já animados e dançando por horas. Marcelo não tirava seus olhos de mim. Seu sorriso me fazia tremer por dentro. Olhava em seus olhos e viajava na imensidão que aquele homem trazia pra mim. Quando eu vi, uma de suas mãos envolvia minha cintura, já a outra estava em meu rosto deixando ali um carinho. Quando eu vi, meus lábios estavam tocando os seus. Suas mãos me aproximavam de seu corpo e eu podia sentir a energia boa que emanava do Marcelo. Parecia que eu voltei um ano atrás, e falei o sim. Ele era meu por um instante, e eu sabia que não seguiria com aquilo.