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🔞Capítulo Vinte e seis🔞

🌻Isabella🌻

Eu estava entre a cruz e a espada o que eu ia fazer meu Deus?!... la aceitar a possível mudança dele, e virar as costas pra minha tia que veio me propor ajuda, me tirar daqui, ou dar a última chance pra ele que era o pai dessa criança, e eu sei bem como é ruim ser criada sem pai, e pior ainda sei o que é não ter uma mãe, não queria meu bebê sofresse...

- Isabella Duarte?!

- Sim sou eu...

- Doutor Delarvegar pediu que a levasse para a sala de ultrassonografia.

- Vou ver meu bebê?

- Sim mamãe já está com 7 semanas, já dá pra ver algumas coisas se formando.

Pulei da cama numa alegria, até que enfim eu ia ver meu bebê.

Me sentei na cadeira de rodas, enquanto sentia Ravi tomar o lugar da enfermeira, me levando, chegamos até uma sala onde tinha um senhor bigodudo e muinto sorridente.

- Senhorita Duarte?!

- Sim, mas pode me chamar de Isabella.

- Bom Isabella preciso que se deite ali e levante o vestido.

Fiz o quê o doutor pediu com a ajuda da enfermeira, ele então pediu que ela colcasse uns papéis no pé da barriga, e o médico se aproximou até a cama sentando em uma cadeira e começou o procedimento para o exame.

- O gel é gelado, não se assuste.

- Tudo bem!

O gel realmente era gelado, ele passou o aparelho em minha barriga e a sala ficou escura, um barulho de batimentos ecoaram pela sala inteira me deixando emocionada.

- Esse é o coraçãozinho do seu bebê...

Lágrimas caíram dos meus olhos, então olhei pro Ravi e vi que ele estava paralisado, olhando a tela do monitor.

- Ele tá começando a se formar, mas aqui dá pra vermos os pezinhos e as mãozinhas, essa é a cabecinha, e pelos meus cálculos e tamanho do feto, você está com aproximadamente 8 semanas e 4 dias, não dá pra saber o sexo ainda, mas daqui uns 2 meses poderemos saber.

Ele encerrou e a luz se acendeu, e a enfermeira me ajudou a me limpar, Ravi continuava calado e paralisado, parecia que tava em choque, e eu me sentia tão feliz, pois tinha uma vidinha crescendo aqui dentro de mim, ele me levou de volta para sala, onde minha tia estava acompanhada por um homem, e dona Safira estava com o seu Bahuan.

- Como está meu sobrinho?

- Pode ser menina...

Dona Safira disse sorrindo.

-Está bem muinto bem, não sabemos ainda o que é, mas logo saberemos...

Minha tia se aproximou e me ajudou a sentar na cama, me senti desconfortável com aquelas pessoas todas ali na sala, por incrível que pareça o único rosto que me parecia comum demais era o daquele homem, e minha tia percebeu o meu desconforto.

- Minha pequena esse é meu marido e seu tio Mikhail Abramov.

- Como vai Isabella?!

O homem me comprimentou com seu sotaque arrastado, dava pra ver que eles não eram daqui, aliás nem tive tempo de perguntar da onde eles se eram, bem eu e Bahuan temos negócios à resolver vou deixá-las a sós, eles saíram, logo depois de se despedir de suas esposas, enquanto Ravi continuava em pé me olhando do canto da parede.

- Clarissa vamos tomar um café, e pedir que tragam comida pra Bella, que precisa comer.

Dona safira falou na tentativa de me deixar a sós com seu filho.

- Não vou deixar ela sozinha, jamais!!!

Vi que minha tia aparentava cansaço, então para tranquilizá-la, pedi que fosse.

- Tia vai ficar tudo bem, pode ir...

- Mas Bella...

- Eu vou ficar bem!

Ela saiu à contragosto, mas antes deu uma boa olhada para Ravi e o ameaçou.

- Se ousar machucá-la, arranco suas bolas e dou para meus animais de estimação, e acredite eles nadam muinto bem...

Ela saiu e tentei pensar, por que diabos ela ameaçou Ravi com peixes??? Ela fechou a porta, e ele se aproximou me olhando, pegou em minhas mãos e beijou calmante, dizendo:

- Olha eu sei que já errei de mais, mas me dê uma chance, por nosso filho?

- Você pediu a última há  duas semanas atrás, e o que fez?!

- Mas essa será a última, eu juro, eu vou mudar por vocês...

- Então me explica Ravi, porque é assim? Porque faz tanta maldade? Porque está em um morro onde vejo claramente, que não é por quê precisa de dinheiro?!

Ele abaixou a cabeça e virou de costa pra mim.

- Vai além do seu entendimento...

- Não, chega de me enrolar com suas meias palavras ou frases, quero a verdade, nada mais me assusta, vindo de você...

- Tudo bem eu vou contar...

- A Máfia...

Franzi a testa sem endenter nada. Pra mim máfia só existia em filmes e livros, não era real, no restaurante lembro dele fala nisso, mas nunca me aprofundei no tal assunto.

- Eu não devia te contar, mas agora você faz parte da máfia Abramov, e logo se casará comigo, que sou da máfia Barmahan. Por trás de grandes impérios, e nos ocultos de cada rosto, reinam as máfias Isabella, com suas tradições e segredos, a máfia tem que ter um Capô, que é escolhido de acordo com cada clã e suas regras, em algumas máfias essa cadeira pertence ao primogênito, e em outros o Conselho escolhe, já em outros quando o capô tem mais de 1 filho homem, é escolhido o mais adaptado, que no caso da nossa, era pra ser eu, mas na época eu tava com a cabeça em outro mundo, eu não tive infância Bella, não fui uma criança feliz, fui treinado pra isso desdi pequeno. Na época eu me rebelei, fiz coisas que não devia, e então colocaram o Joaquim no meu lugar. 

- Isso é muita informação pra mim...

Falei sem conseguir raciocinar.

- Olha Bella eu nunca quiz a máfia de verdade, eu tentei te esconder da máfia, seu tio é Capô e não tem filhos, o que ele tem de mais próximo a uma filha é você, e eu nem devia te dizer isso, mas o único fato dele estar em reunião com meu pai é querer te casar com um capô, atrás de novas alianças...

- Não, eu não quero e eles não podem decidirem por mim.

- É assim que acontece na máfia, não é questão de querer, é obrigação, por isso eu digo volta pra mim? Não posso permitir que se case com o Joaquim, não adianta dizer que não quer, pois é isso que vai acontecer, você tem 17 anos e eles querem um sucessor, o melhor jeito de sair dessa, é ficando comigo, eu não sou um Capô, mas eu faria isso por nós, por nosso filho, mas se você quer se casar com um estranho, vai em frente... dizer não, não vai te ajudar, você tem 17 anos ainda é menor de idade, eu vou te deixar sozinha pra pensar um pouco...

- eu... preciso mesmo. 

Eu já estava em lágrimas, quando ele abriu a porta pra sair.

- Isabella eu não sou o monstro que aparento, e jamais quero que nosso filho seja criado por outro homem, que vai fazer o mesmo, ou obrigá-la a se casar com quem não quer, como aconteceu com minha irmã, ela se casou sem amor, e eu quero o melhor pro nosso bebê.

Continua...

NÃO ERA NOSSO TEMPO livro 2 trilogia irmãos BarmanhOnde histórias criam vida. Descubra agora