Zero, prologue.

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Sabe, hyung, eu penso seriamente no momento em que apenas eu poderei beijar seus lábios. Aqueles doces lábios que mais parecem o pote da felicidade, que sempre ao estarem em contato com os meus, tudo muda.

Só que, quando os beijos e toques mais íntimos acabam, eu me sinto na necessidade de ter você outra vez. Assim como alguém viciado em drogas ou até mesmo álcool. É algo lascivo e que corrompe toda a sua alma, lhe deixa dependente do que não é seu, e, principalmente, te machuca o pobre coração.

Quando soube que uma nova família tinha chegado próximo a meu bairro, meu coração bateu tão rápido! Um rapaz de seus oito, nove anos, não tem noção do mundo. Mas hoje eu tenho.

Da casa de tons vivos saiu um menino aparentemente mais velho, ao me ver, sorriu, e até acenou. Você viu? É claro que não, seus olhos ainda não haviam captado o verdadeiro sentido de amar. Até mesmo eu não entendo cem por cento, porém tento ao máximo compreender.

Ao dar o prazo de dois meses morando perto de minha casa, você disse que desejava testar uma coisa que viu em um programa. Aquele foi o meu primeiro beijo, com um rapaz que sempre vinha até minha casa e fazia o meu coração bater mais rápido. Depois daquele dia, os beijos continuaram.

Você não sabia mas eu sempre sentia um peso invisível em minhas costas. Aos poucos a criança ia crescendo, acreditando que um menino gostava de si e qual foi minha surpresa? Era algo passageiro.

Você me mostrou um novo mundo, novas opções e diversas coisas que podiam ou não fazer.

Sabe, Minho hyung, eu percebi duas coisas:

A primeira: é que eu nunca serei mais que seu amigo.

A segunda: é que eu sou um idiota por te amar.

[...]

Com meus dezenove anos, nunca pensei que pudesse ter um crush por alguém que não dava a mínima para mim. Minha vida havia virado um tedioso clichê, algo que eu não conseguia fugir, por mais que tentasse.

- Jisung, anotou as páginas do livro? - a indagação foi feita por Felix, ao meu lado.

Felix era um australiano com descendência asiática, sempre que sua voz se fazia presente eu acabava por me distrair momentaneamente. Afinal, o rapaz possuía uma das vozes mais graves que eu conhecia.

Lhe indiquei as páginas que ele havia pedido e foquei minha atenção até o quadro. Aquilo me parecia um assunto que minha mente não iria conseguir fixar, contudo, era necessário para que eu tenha um futuro.

A faculdade consumia muito do meu tempo fazendo com que eu não visse tanto meus pais como antigamente, se os visse antes de dormir, era lucro. E ter escolhido psicologia era um desafio que eu enfrentava todos os dias, em todos os momentos e em todos os segundos, sem ter nenhuma pausa.

Pessoas precisam de mim. Mas e eu, preciso de mim mesmo?

Maldita crise existencial que habita no silêncio do mundo e invade sem permissão alguma. E maldito momento que meu prédio era próximo do prédio de artes, onde habitava Lee Minho, o meu vizinho. Quase não nos víamos - pelo menos na faculdade não, e se isso ocorria, era raro - e, mesmo assim, ele ainda vivia em meus pensares.

Ao dar o horário de almoço, Felix e eu descemos as diversas escadas até chegar no refeitório. Eram enormes mesas estilo americana, onde existia os grupos já formados e toda aquela ladainha estilo colegial.

Tanto eu quanto Felix pegamos alguns alimentos e fomos até uma mesa mais afastada das demais, ou pelo menos a atenção não era direcionada a nós que estávamos ali.

- Ainda estamos nos primeiros períodos da psicologia e já quero desistir. - falei para o Lee enquanto ele levava comida até sua boca. Mastigou por alguns minutos e depois me respondeu:

- Se você desistir, quem será o meu companheiro de noites pensando "uau, eu sou mesmo um psicólogo? Você vê, Han, somos mesmo psicólogos." - sua frase, por menor que fosse, fez eu sorrir.

- Está correto. Eu não perderia a oportunidade de passar algumas noites em seu apartamento super chique. - comentei instantes depois. Como algumas coisas que estavam na bandeja e continuo: - Afinal, como somos melhores amigos, vamos compartilhar algumas coisas. Seu apartamento será um deles.

Mantivemos aquele papo sobre o futuro, sobre coisas que teríamos ou não e logo mais falávamos de coisas aleatórias.

Foi quando uma turma do setor de artes apareceu. Naquele grupo estavam Seo Changbin - um rolo do Felix -, Christopher Bang e Lee Minho.

O olhar de Minho chegou até mim e eu não ousei desviar. Se ele achava mesmo que, com simples olhares faria meu coração errar algumas batidas e sentir um peso maior, ele estava correto. Porquê tudo isso listado ocorreu.

- Se olhar demais, ele fica seco. - Lee me alertou e eu voltei a realidade. Christopher e Changbin também viam as trocas de olhares, contudo, não diziam nada.

As últimas aulas se passaram sem nenhum incidente, apenas um Han Jisung a pensar no quanto era um bobo por amar Lee Minho.

[...]

eu já estava a algum tempo desejando algo no universo de skz, e por que não iniciar uma minsung? além de que eu amo os dois demais.

a ideia base deste projeto veio da @/analaurasoares4, muito obrigada, anjo. ♡

ps: devido a altos e baixos dessa obra, e para não incomodar a pessoa com tantas marcações, ficará assim. espero que não se irritem quanto isso, e agora, após uma crise referente a um certo alguém, a obra foi devidamente revisada. obrigada por tudo.

Your Kisses Addicted Me.Onde histórias criam vida. Descubra agora