Your Kisses Addicted Me.

Side a side, the end.

Quando minha mãe soube da minha volta inesperada - e coloque inesperada nisso - ela só faltou me matar. Afinal, eu saí de onde estava e voltei para a Ásia, o que, segundo ela própria, não foi um erro, mas uma decisão pelo acaso. E quando a mesma começou a ladainha referente a várias coisas, disse a si que eu estava cansado e que depois ela poderia falar até não poder mais, não me entendam mal, eu apenas não estava prestando atenção e se ela continuasse, seria uma perda de tempo.

Mas vamos falar do que ocorreu horas antes da minha pessoa encontrar a mais velha. Vamos falar sobre o encontro que tive ao lado de Minho, sim, encontro com todas as letras e sílabas. Isso com direito a selares carinhosos, abraços laterais e, principalmente, mãos dadas. Segundo o histórico de Lee Minho, o mesmo nunca participou de coisas assim - no quesito amoroso, devemos ressaltar - e ver que eu estava sendo uma das primeiras pessoas - e única, achei isso lindo de pensar - a desvendar o seu coração, sua mente e sua alma, me deixou deveras feliz.

- Ei. - cutuco Minho para chamar sua atenção. Ainda estávamos dentro do parque e ele observava o jardim que existia ali. - Acredita em almas gêmeas?

- Hum. - Vejo ele morder o lábio inferior antes de dar o seu veredito, mexo minhas pernas no ritmo de algum refrão do loona e ele responde: - Talvez. São contos lindos. Não sei se chegaria a acreditar 100% mas também não desacredito. Entende?

- É confuso. - lhe respondo. Saio de onde estava e sigo o seu olhar, que no caso ia até uma florzinha amarela. A retiro com delicadeza, sei que não devia, mas seria por uma boa causa. - Aqui, uma flor para outra flor.

Minho ri amplamente diante da minha frase e aceita a flor de bom grado, a coloca em cima da orelha e então segura em minha mão. Deposita sobre ela um selar delicado, causando assim algumas batidas erradas em meu coração.

- Flores são lindas, só que sabia que você é mais?

Sinto minhas bochechas um tanto quanto mais quentes, não consigo dizer nada diante disso e apenas fico calado.

- Não me deixe sem graça, eu não sei reagir. - falei mantendo a cabeça abaixada, os dedos de Minho foram até meu queixo e nesse espaço de tempo seu olhar se encontrou com o meu.

- Isso demonstra que você sente. - disse por fim. - Mesmo que o seu coração diga tudo, ações mostram também. Como, por exemplo, o beijo que lhe dei.

- Então eu deveria retribuir o presente dado por você? - Minho ri baixo e assente.

- Deve.

Passamos a tarde conversando assuntos diversos - de declarações de amor conseguimos chegar até de que ídol gostávamos, como, não faço a menor ideia -, ainda tivemos beijos trocados e eu ri bastante estando ali. E pensar que até um tempo atrás eu evitaria tudo isso, como a vida é engraçada.

- Estou lhe dizendo, one a million é um dos verdadeiros hinos que já foram escritos. - eu falava animado enquanto Minho ia ao meu lado. Havia dito que me levaria até em casa como um verdadeiro cavalheiro que é. Bom, quem sou eu para reclamar, não é mesmo?

- Gosto de candy boy, a batida é boa. - contra argumentou segundos depois do que eu falei.

- E tá certíssimo, hino que é hino devemos enaltecer. - digo. - Agora, a pergunta decisiva: SHINee ou não?

- Prefiro SNSD, é melhor.

Parei no meio do caminho para absorver o que ele tinha dito, cruzo meus braços e Minho vem até mim.

- Por que você parou? - ele pergunta com evidente confusão no olhar.

- Nada contra o girls generation mas como você prefere elas ao SHINee?