Epilogue.

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A luz que emanava daquele dia passava pelas menores brechas deixadas pela cortina presente na janela, viro-me para o lado oposto da mesma - que, no caso, era o lado direito, já que esta se localizava na esquerda - e assim evito receber luzes em meu rosto.

Todo o calor que eu recebia naquele instante me deixava reconfortado, até mesmo a mãozinha daquele que dormia comigo fazia, não só o meu corpo ficar quente, mas, sim, o meu coração. Seus dedos foram até minha cintura por debaixo da blusa que eu usava, em seguida trazendo-me para mais perto de si, sinto o seu cabelo fazer cócegas em meu pescoço parcialmente desnudo e sei que Minho havia colocado sua cabeça em minha curvatura.

- Vamos levantar. - sussurrei naquele tom baixinho de sempre, no intuito de despertar Minho. Seu corpo se remexia aos poucos, parecia estar consciente mas não por inteiro. Eu conhecia esse seu lado, era assim toda manhã quando despertavamos. - Já está na hora.

- Só mais cinco minutinhos. - ele responde ainda sonolento, deixo uma risada sair por entre meus lábios e continuo a despertá-lo. - Sung-ah, deixe eu dormir mais um pouco.

- Temos compromissos, se esqueceu?

Seus olhos - que antes estavam fechados - se abrem. Havia uma certa confusão em seu doce olhar, queria entender as coisas e só cabia a mim o ensinar. Passei o meu polegar por sua face serena, deslizando o mesmo por sua bochecha esquerda, passando por sua têmpora e chegando até sua testa.

- Que compromisso? - foi tudo que ele disse, no final de contas.

- Hoje é o dia que Seungmin se casará com Hyunjin. - lhe respondi. - E eu prometi ajudar Seung com as coisas que faltam, então, vamos agilizar as coisas aqui em casa.

- E vamos levar a Sana? - Minho indaga se afastando de mim. Começo, então, a organizar as coisas necessárias para levar, e no final respondo:

- Claro, a babá tem o dia de folga, se esqueceu também? Pelo visto, sim.

Quem olhasse a cena pensaria que eu estava chateado com Minho, mas, a verdade, era que não. Não tinha como sermos sempre perfeitos, existiria sempre alguma falha e isso mostrava o quanto éramos humanos. Vejo sua cabeça ser abaixada em sinal de evidente tristeza, deixo as coisas de lado por alguns instantes e vou até ele.

- Tá tudo bem, amor, não é porque você esqueceu uma data que deixarei de te amar. Afinal, eu te amo a cada dia que se passa. - beijo sua testa e retomo o que fazia antes.

Com meus recém 23 anos feitos, muitas coisas já haviam acontecido. Como, por exemplo, o fato de que agora eu trabalhava em uma clínica como psicólogo juntamente a Felix - como a gente sempre sonhou - e fazia alguns meses desde que eu e Minho conseguimos adotar uma menininha, ao qual chamamos de Sana. O nosso namoro teve seus altos e baixos como qualquer relação existente, mas após uma briga feia - só de lembrar daquele dia sinto vontade de chorar, então vamos apenas resumir, sim? - discutimos tanto que, em meio aquelas palavras, Minho sugeriu que fôssemos morar juntos. E desde os meus quase 21 anos que eu divido um local com Minho.

Após organizar os pertences de Sana em uma mala de cor roxa, vou até o quarto dela. A pequena dormia numa cama - que tinha chegado semana passada e ela vivia a pular nela, mesmo eu dizendo que não podia - e vi os seus olhinhos abertos quando empurrei a porta delicadamente.

- Bom dia, meu amor. - falei me aproximando dela, a mesma estica seus braços indicando que queria ser pega no colo e assim o faço. - Você dormiu bem?

- Sim. - responde com a voz bem baixa, o seu cabelo loiro estava todo bagunçado e eu ri. Sana conseguia ser uma graça de todas as formas possíveis. - Papai Minho?

- Ele está se arrumando, vamos visitar seus tios hoje. - a deixo sentada na cama enquanto busco sua roupa. - Que tal um vestido hoje?

- Tá bom.

Your Kisses Addicted Me.Onde histórias criam vida. Descubra agora