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A mãe de Taehyung fez o garoto denunciar seu ex namorado por agressão, o ômega sabia que era o certo então não contrariou a mais velha, afinal ele não poderia deixar o alfa sair impune. Hoseok tinha que pagar pelo que causou.

Sua mãe e padrasto tinham saído e voltariam só mais tarde, Taehyung não iria para escola aquele dia porque não queria ver ninguém daquele lugar. Algumas pessoas haviam gravado a agressão de Hoseok contra Taehyung e apenas assistiram e isso o enfureceu. Sua irmã Hari havia mostrado o vídeo e isso só o fez ficar com mais raiva, porque ao invés de o ajudar as pessoas preferiram gravar.

Hari e suas irmãs moravam com seu pai em Busan há algum tempo. Por sua mãe trabalhar muito, elas preferiram morar com ele, mas sempre iam os visitar. 

A campainha tocou duas vezes e Taehyung se levantou da mesa para ver quem era naquele momento. Era Jungkook.

— Oi princesa, não vai para a escola? — O alfa disse, com o sorriso de sempre.

— Não, vou ficar em casa hoje. O que você tá fazendo aqui?

— Vim te buscar para você não ir sozinho, porque você não vai?

— Minha mãe disse que era melhor. E eu não quero ver ele...

— Bom, então eu não posso deixar você sozinho, princesa.

— O que...? Jungkook eu não permit-... Seu folgado! — Taehyung reclama quando o alfa passa por ele e vai até a cozinha —A sua sorte é que eu tô sozinho em casa, se não eu...

— Tae, eu não tomei café ainda.. me serve? — Jungkook deu o sorriso mais cafajeste que conseguia, com direito a covinhas e tudo. — Tá irritado, princesa?

— Não, Jeon, não estou, vou preparar mais panquecas.. — Taehyung foi preparar mais panquecas para o alfa. Taehyung não perderia essa aposta por nada. Por outro lado, apesar de Jungkook ser folgado, não seria má ideia ter ele ali, ele não gostava de ficar sozinho. E talvez Jungkook só queria o distrair um pouco de tudo o que estava acontecendo. Jeon era um bom amigo.

— Foi a primeira vez que ele te machucou assim? — A voz de Jungkook surgiu de repente, fazendo Tae se assustar e o encarar.

— Me agredir, sim. Rosnar e usar a voz alfa, não. — Taehyung desviou os olhos para a panela outra vez. Ele não queria falar sobre isso, mas aí veio a pergunta que o assombrou a noite toda — Eu nunca te vi ficar daquele jeito, rosnar e usar a voz alfa. Você é sempre calmo, até mais que os outros alfas mais velhos, como você consegue?

— Sou um alfa lúpus, costumamos ter mais controle, e somos mais fortes que todos os alfas, apesar de eu não gostar que as pessoas sintam medo de mim, ainda mais um ômega, eu nunca rosnei para nenhum, minha mãe e irmã são ômegas e sei como é ruim para um de vocês.

— Posso fazer uma pergunta? — Taehyung o questiona curioso vendo o alfa se encostar na mesa atrás de si, com os braços cruzados, rindo de como Taehyung era curioso — É verdade que você só vai poder se apaixonar uma única vez em sua vida?... Você já gosta de alguém?

— Sim, e talvez. Não sou virgem, se isso passou pela sua cabeça, as pessoas pensam muito isso por eu poder me apaixonar uma única vez na vida. Mas talvez eu esteja me apaixonado por alguém, e tenho medo que essa pessoa não goste de mim de volta... eu não sei se ele sente algo por mim, mas espero que sim porque ele é perfeito e único.

— Mas ele não sabe? Porque você não diz?

— Ele tem alguém que toma conta de seu coração — O olhar do alfa foi para outra direção que não fosse o de Taehyung.

— Bobão, você é alto, forte e musculoso, tem olhos lindos, covinhas. Covinhas, Jungkook! Você é legal com todo mundo, não tem um ômega que não te queira naquela escola. — Jungkook sorri com o jeitinho meigo que Taehyung corou quando o mesmo o olhou.

— Não é tão fácil assim, princesa, se eu estiver apaixonado por esse ômega mesmo, e ele não, posso acabar com a vida de nós dois..

— Como assim?

— Meu pai é um alfa lúpus e se apaixonou por minha mãe, mas ela amava outro cara e... meu pai e ela foram obrigados a se casar para que meu pai não morresse. Mas ele nunca conseguiu a marcar como sua ômega porque ela não o amava. Eu não sei a história toda mas sei que eles não são felizes...

Taehyung abria e fechava a boca sem saber o que dizer, ele achava que isso só acontecia em filmes bregas de menininhas, nunca imaginou que isso pode-se acontecer na realidade. Jungkook tinha que ter certeza de que Taehyung também sentia a mesma coisa que ele, para que a história trágica de seus pais não se repetisse.

— Eu não sei o que dizer... eu...

— Vamos tomar café, princesa, é melhor que ficar pensando em minhas tolices.

— Jungkook, isso não é tolice, é sua vida que está em perigo, eu nunca parei para prestar muita atenção nas aulas de biologia mas sei que isso pode te causar a morte se seu ômega não aceitar pelo menos conviver com você... — Dizia, com um tom preocupado.

— Sei o que é viver com quem não ama, meu pai se odiou por ter se apaixonado por minha mãe e ela o odeia por ter estragado sua vida perfeita com o verdadeiro amor da vida dela. Prefiro a morte em ter que fazer alguém infeliz por minha culpa.

— Quem é o ômega Jungkook? Posso sei lá, tentar te ajudar, sei que ele não negaria nada com você, você é incrível, Jungkook. — Taehyung perguntou.

O alfa apenas tratou de comer e ignorar descaradamente a pergunta do ômega, que fez um biquinho em desaprovação. Apesar de o provocar sempre, e o deixar irritado com as provocações do maior desde que eram crianças, ele gostava. Ele sempre gostou em segredo de Jungkook.

Só Jimin sabia. Desde que eram crianças, mesmo Taehyung arrumando alguns namorados. Ele sempre gostou de Jungkook.

— Vamos tomar café, aí podemos assistir um filme, sei lá.. — Taehyung mudou de assunto.

— Tá bom, princesa. 

Jungkook ficou junto de Taehyung e assistiu vários filmes com o ômega, e tinha ido embora uma hora antes de sua mãe chegar.

[...]

alfa possessivo - taekook.Onde histórias criam vida. Descubra agora