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enfim, boa leitura. <3

{...}

No outro dia, Jeongguk saiu cedo outra vez como fez nos dias anteriores para visitar seu pai. Taehyung ficava triste por saber que o pai do outro estar nessa condição. Era triste. Jeon disse que seu pai não era muito presente. Mas era seu pai, ele não podia deixá-lo assim.

Taehyung suspirou ainda deitado em sua cama, ele precisava de alguns minutos para pensar. Em pouco tempo tinha acontecido tanta coisa. Hoseok e ele tinham terminado. Jeongguk e ele estavam se dando bem, quase como namorados. E agora o pai de Jeongguk estava entre a vida e a morte. Era tudo assustador, parecia tudo um sonho. Alguém bateu na porta e girou a maçaneta.

— Oi amor, bom dia! — A mulher sorriu amorosa como sempre para o filho.

— Bom dia, mãe! — Retribuiu o sorriso.

— Faz tanto tempo que eu não paro em casa para conversar com você, estou meio ausente de uns tempos para cá, não é? — Ela fala, meio culpada. — Tenho o dia todo de folga, quer faltar a aula e ficar aqui com a mamãe?

— Claro. Eu estava com saudade da senhora.

— Eu também sinto sua falta. — sua voz sai embriagada pela vontade de chorar. — Que tipo de mãe eu sou que prefiro o trabalho aos meus filhos? — Uma lágrima escorre pelo rosto da mulher o que faz o coração de Taehyung se partir por vê-la assim.

— Mãe, por favor, não chora, você quer que eu ligue para o papai trazer suas sobrinhas aqui? Elas vão amar passar um tempo conosco aqui, não chore, por favor. — Taehyung abraça sua mãe que ainda soluçava.

— Tenho medo de vocês me odiarem por eu não estar presente na vida de vocês, de estar os separando.

— Mãe, eu e as meninas amamos você mais do que tudo nesse mundo, você é a melhor mãe que existe e não tem como te odiar. — se afasta limpando as lágrimas e voltando a sorrir.

— Certo, chega de lágrimas, vamos para a cozinha tomar café e falar sobre você. — Taehyung concordou enxugando algumas lágrimas e indo até o banheiro. Quando voltou, sua mãe estava com uma foto que Taehyung estava com suas irmãs e ela sorrindo, era o aniversário de Taehyung e também véspera da véspera de ano novo e todos estavam contentes.

— Mãe, tudo bem?

— Hm? Tudo! Vamos tomar café. — Os dois desceram para a cozinha e preparam o cafés juntos rindo de momentos engraçados que aconteceram na infância de Taehyung. O Kim mandou uma mensagem para Jimin e Jeongguk dizendo que não iria naquele dia para escola. E Jeon disse o mesmo.

Jimin fez drama dizendo que Taehyung não o amava mais, e que ele e o SeokJin iriam arrumar outro amigo.

Taehyung escolheu o filme enquanto a pipoca estalava dentro do microondas. Sua mãe entrou na cozinha assustando-o, já que estava distraído.

— Taehyung, você e aquele alfa estão namorando? — o questiona curiosa com o celular de Taehyung na mão.

— Ainda não, mas espero que sim, Jeon é incrível e me faz me sentir especial. — diz com um sorriso bobo no rosto.

— Awwwn, está apaixonado!! — Taehyung cora abaixando o rosto tentando inutilmente parar de sorrir. — Eu gosto dele, hoje cedo eu vi ele sair cedo daqui. — o sorriso dela murcha, percebendo o que o filho talvez estivesse fazendo no quarto com o outro. — Vocês estão usando camisinha? Não quero ser avó tão cedo.

— Mãe! Por Deus! Não transamos desde o último cio dele.

— Não? Porquê?

Assim que o microondas apita Taehyung pega a pipoca e puxa sua mãe para as escadas eles iriam assistir TV no quarto dela.

— Jeon disse que quer fazer por amor, não para se aliviar. — Taehyung parou de falar quando ouviu a gargalhada alta que sua mãe deu, ela riu tanto que chegou até ficar sem fôlego. — Cabou a graça mãe, achei fofo quando ele disse isso.

— Desculpa, achei engraçado.

— Não é engraçado, é fofo! Tenho mesmo é que dar graças a deus por alguém que pensa assim estar afim de mim.

— Pensando bem, acho legal ele pensar em algo especial para vocês dois, isso significa que ele gosta de você, e se importa. — Taehyung assentiu. Jeongguk era especial, e cada dia que passa ele ficava mais apaixonado.

[...]

No hospital, os médicos chamaram Jeongguk e sua irmã para falar sobre o pai deles. O doutor disse que o pai deles estava reagindo bem e logo eles poderiam o acordar.

Aquilo foi um alívio enorme para os dois. Seu pai não estava mais em risco de vida. E a porta do quarto se abriu. Era a mãe deles, o motivo do pai dos meninos estar acamado no hospital.

— O que você quer aqui? — Jeongguk se levantou e olhou com desprezo para a mulher.

— Quero me explicar — ela disse em um fio de voz. — Por favor, só me escuta. — seus olhos estavam marejados.

Ela estava diferente, não parecia a mulher elegante que usava jóias caras, e que sempre tinha um sorriso no rosto. Jeongguk concordou uma vez com a cabeça, e deu espaço para ela falar. Deu um suspiro fechando os olhos e logo começou a falar;

— Sabe como é difícil viver com quem você não ama? É horrível! Você tenta sentir algo mas quanto mais você se esforça mais dá errado.— Ela faz uma pausa, mas logo volta a falar. — Eu amava outro homem. Eu não sabia que seu pai era apaixonado por mim, eu vivia com ele mas o via como amigo ou até irmão, eu o amava mas não como ele queria. Meus pais por dinheiro me fizeram me casar com ele, e meu antigo amor se casou com minha melhor amiga que era apaixonada por seu pai, os dois ficaram juntos por vingança, mas a relação deles dura até hoje. — Ela parou de falar para olhar diretamente — Descobri que existia uma cura para os alfas lúpus, e que eu e seu pai poderíamos nos separar sem dor nenhuma, como eu não tenho sua marca seria mais fácil. Foi o que me disseram.

— Como assim, cura? — Jeon ficou espantado.

— É uma pílula que eu dava para seu pai toda manhã em seu café, eu precisava lhe dar uma todas as manhãs por dois meses e, nessa altura estaríamos livres. Eu tinha conhecido um cara e acabei me apaixonando por ele e então a gente.. — ela parou de falar, constrangida.

— Você quase o matou, mãe!

— Sinto muito, não queria que isso acontecesse, eu juro, filho! Eu achei que ele já estava curado, ele não tinha mais a necessidade de ficar comigo como antes, ele estava diferente, eu.. — Um silêncio se estendeu no quarto Jeongguk precisava pensar se acreditava ou não em sua mãe, era difícil demais.

Um movimento na cama chamou a atenção dos dois que olharam para a mesma que tinha os olhos abertos olhando para a esposa e os olhos estavam marejados.

Ele ouviu o que a mulher tinha dito.

— Eu ouvi tudo.. — sua voz saiu seca quase em um sussurro.

— Pai! Você acordou! Vou chamar um médico.. — Jeongguk saiu as presas do quarto deixando seus pais sozinhos.

— Me perdoa? Eu não queria te machucar, eu só não podia mais, eu não aguentava mais as discussões sem motivo..

— Eu sabia.. — ele sussurrou outra vez. — Eu sabia, eu só queria que você fosse feliz.

— Sr. Jeon, que bom que acordou.— o Doutor entra no quarto interrompendo a conversa dos dois.

Ela saiu do quarto às presas com o coração na mão. Talvez arrependida.

O pai de Jeongguk sabia que ela estava o drogando. Mesmo assim continuou tomando suas pílulas.

Ele a amava tanto que arriscou sua vida para dar a liberdade a esposa.

alfa possessivo - taekook.Onde histórias criam vida. Descubra agora