So it begins

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"Você não pode correr das sombras. Mas você pode convidá-las para dançar" — Tanya Geisler

Ao notar os olhares que todos direcionavam a ela, Druella suspirou audivelmente

- O que foi? – Questionou Daphne

- Todos sabem. Agora, todo o mundo sabe quem eu sou, e mais ainda, quem meus pais são – Ella explicou aos amigos, se encolhendo levemente com o peso dos olhares de julgamento dos outros alunos

- Deixe que saibam – Começou Draco – E deixe que olhem. Eles não podem fazer muito mais do que isso

- Não enquanto ficarmos juntos – Completou Theo, apertando o ombro de Ella em um gesto solidário

- E se tentarem alguma coisa, vão aprender muito rápido o que se acontecesse quando cruzam caminhos conosco, e mais importante, com as nossas famílias – Pansy acrescentou, sabendo tão bem quanto o resto do grupo que qualquer uma de suas famílias seriam péssimos para se ter como inimigos

- Vocês estão certos. Hora de mostrar a eles por que nós somos a elite – Druella concordou, sorrindo para seus amigos

- Alunos da Sonserina! – Cassius Warrington chamou a atenção do grupo – Por favor, me sigam para o dormitório! – O sexteto imediatamente se levantou, e junto com os outros primeiranistas, seguiram Cassius pelos corredores do castelo até as masmorras, onde este os informou da senha para adentrar o Salão Comunal.

Logo, o grupo se dividiu, e Druella subiu com Pansy e Daphne para o dormitório feminino. No quarto, além das três, estavam também Rosalie Yaxley e Elianne Burke, amigas de longa data do trio, embora nem de longe tão próximas.

Logo, Ella deitou-se em sua cama, e passou horas tentando adormecer, sem ter sucesso. Sabendo que não conseguiria dormir, a garota se levantou e dirigiu-se até a janela, imediatamente encontrando a constelação de Orion, aquela cuja a estrela Bellatrix era a mais brilhante. Por nunca ter falado com sua mãe – Infernos, Ella sequer havia conhecido a mulher antes de sua prisão – Druella criou este hábito, onde falava com a estrela que dividia o nome com sua mãe como se estivesse falando com ela. Era bobo, na visão de Ella, mas fazia com que esta não se sentisse tão só

- Eu finalmente estou aqui, mamãe – Ella disse em um fio de voz – No castelo onde você estudou, na Casa que abrigou tantas gerações de nossa família. Espero que eu consiga te orgulhar – A Black completou, ainda encarando fixamente a estrela brilhante.

Druella passou horas ali, conversando com a estrela e contando a ela tudo aquilo que queria, mas não tinha como contar a sua mãe. Foi só quando seus olhos lutavam para se manter abertos que Ella enfim voltou a sua cama, e se entregou a Morfeu.

***

No dia seguinte, Ella vestiu pela primeira vez as vestes verde e prata que a marcavam como uma sonserina, e ao se olhar no espelho, sorriu largamente com a visão. A cor combinava perfeitamente com seu tom de pele pálido, e ressaltava os olhos verdes que herdara de seu lado Lestrange. Os cabelos, é claro, continuavam tão selvagens como de costume, mas Daphne, utilizando seus dons para isso, conseguiu arrumá-los de forma que continuavam uma bagunça de cachos negros, mas tão belos quanto possível

- Obrigada, Daph. Você e tia Cissy são as únicas que conseguem ajeitar meu cabelo – Ella agradeceu a sua melhor amiga, que sorriu para ela

- É como eu sempre digo, Black, eu sou realmente muito boa no que eu faço – A Greengrass brincou, abraçando os ombros de Druella

- Vamos logo, ou perderemos o café-da-manhã! – Pansy chamou, e logo, o trio de amigas desceu para o Salão Comunal, onde encontraram Draco, Theo e Blás esperando por elas

A Herdeira Lestrange Onde histórias criam vida. Descubra agora