A threat, or a promise

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"Se eles quiserem me partir em dois, então serei eu quem irá comê-los vivos" -- Druella Lestrange

Os dias passavam calmamente, com os Herdeiros de Prata fazendo pouco mais do que seus afazeres diários. Em pouco tempo, a Sonserina já era a casa com mais pontos da escola, e Druella, já era conhecida como a aluna mais inteligente do primeiro ano, e uma das melhores entre a sua geração, para o orgulho de sua família, e honrando o nome de ambos os seus pais, que também foram extraordinários durante sua passagem pelo castelo.

Entretanto, é claro que a vida da filha de pessoas tão infames quanto os Lestrange jamais poderia ser simples, e é por isso que Ella sequer se surpreendeu ao ser abordada por quatro sextanistas da Grifinória.

- Então, você é a famosa Druella Lestrange – Um deles perguntou, fazendo Druella erguer uma sobrancelha

- Isso depende de quem pergunta. Quem são vocês? – Ella respondeu a pergunta com outra pergunta, fazendo o quarteto se entreolhar

- A puta da sua mãe matou a minha família – O mesmo garoto respondeu, se aproximando de Ella, que imediatamente serrou os punhos, sabendo que nada de bom sairia daquela conversa

- Eu diria para você resolver seu problema com ela, mas eu suponho que isso não seja possível, até porque, conhecendo minha mãe, você sequer sairia vivo – Druella lembrou, fazendo o garoto ranger os dentes, a raiva visível em seu olhar

- Vamos lá – Ele sinalizou para os companheiros, que sorriram maliciosamente, também aproximando-se de Druella. Sabendo que estava na desvantagem, Ella tentou correr, mas teve um punhado de seus cabelos puxados para trás, a prendendo no lugar.

Ella gemeu de dor ao sentir os fios sendo arrancados de sua cabeça, e mais uma vez tentou se soltar, sem sucesso, e em seguida, viu um punho se aproximando de seu rosto e atingindo diretamente seu nariz. Com a visão turva pela dor, Druella sequer conseguiu se defender quando foi jogada no chão, e gemendo de dor, sentiu um pé atingindo suas costelas, sendo seguido por mais um chute em seu estômago, e então, ela desmaiou.

***

Na enfermaria, Ella acordou grogue, e imediatamente viu Daphne sentada em uma cadeira ao lado de sua cama, com uma expressão de extrema preocupação em seu rosto.

- Daphne? – Ella perguntou, a voz rouca pela falta de uso

- Ella! Por Merlin, que bom que acordou – Daphne exclamou, suspirando de alívio

- Por quanto tempo fiquei fora? – Druella indagou, preocupada com seu desenpenho escolar

- Não muito, te encontraram ontem depois do jantar, e acabamos de almoçar – Daphne explicou, fazendo Ella suspirar de alívio. Ao menos ela não havia perdido muita coisa

- E onde está Draco? – A Black perguntou, achando estranho não ver seu primo ao lado de Daphne

- Falando com Dumbledore. Eles logo devem aparecer – Como se invocados pelas palavras de Daphne, o Diretor e Draco surgiram na enfermaria, e Dumbledore logo se aproximou da cama de Ella

- Senhorita Lestrange, poderia me dizer os nomes de seus atacantes? – O velho diretor indagou, observando os ferimentos de Ella por debaixo de seu óculos meia-lua

- Não sei seus nomes, professor, mas sei que eram da Grifinória, sexto ano – Ella informou, fazendo Dumbledore balançar a cabeça, decepcionado

- Senhorita, se não sabe os nomes, receio que não há nada que possa ser feito – Dumbledore contou, fazendo o trio o encarar com um misto de indignação e raiva

- Espere, o senhor está dizendo que Ella foi espancada e nada vai ser feito?! – Daphne perguntou, incrédula

- Sinto muito, Srta. Greengrass, mas é o protocolo – Dumbledore respondeu, e sem mais uma palavra, deixou a enfermaria

- Isso é um absurdo! – Exclamou Daphne, enquanto Draco e Ella continuavam sem reação

- O que podemos fazer? – Draco questionou, não aceitando deixar aquela situação de tal forma

- Nós, nada, você por outro lado, já pode – Disse Daphne, confundindo a dupla de primos

- Como assim? – Indagou um muito confuso Draco

- Fale com tia Cissy e tio Lucius. Eles são os únicos que podem fazer algo – Daphne explicou, fazendo Draco sorrir

- Daphne tem razão! Não se preocupe, Ella. Mamãe e papai vão cuidar disso – Draco exclamou, deixando a enfermaria para enviar uma carta a seus pais.

***

Nos dias que se passaram, graças a intervenção e a influência de Lucius, os culpados foram pegos e punidos, e tal notícia imediatamente levou um sorriso diabólico ao rosto de Ella. Não só a justiça fora feita, como os alunos enfim pareceram perceber o que significa cruzar caminhos com os Herdeiros.

Naquela noite, enquanto Ella estudava na Sala Comunal, Draco entrou sem fôlego, mas com um olhar que denunciava que tinha planos

- Ella! Você não sabe o que descobri! – Draco anunciou, jogando-se no sofá que Ella estava sentada

- Então me conte – Pediu Druella, que havia ficado curiosa com o que poderia deixar seu primo tão animado

- O empregado, Hagrid, tem criado um dragão ilegal escondido – Draco informou, fazendo mais um dos sorrisos diabólicos de Ella surgir

- Ah, isso definitivamente é um belo segredo – A Lestrange comentou, mesmo sabendo que Draco não havia terminado

- E não é só isso. Potter, Weasley e Granger tem saído depois do toque de recolher para visita-lo – O Malfoy completou, fazendo o já existente sorriso de Druella se alargar ainda mais

- Priminho, diga-me, o que acha de ensinar uma lição ao trio de ouro? – Ella sugeriu, e o sorriso de Draco imediatamente espelhou o dela.

***

Porém, é claro que eles jamais teriam tanta sorte, e embora o trio de fato tenha perdido 150 pontos da Grifinória e recebido detenções, os Black também as receberam, e é por isso que estavam na Floresta Negra acompanhados de Hagrid naquela noite

- Meu pai vai saber disso! – Draco exclamou pelo que deveria ser a centésima vez

- Cale a boca, Malfoy – Potter pediu, sem aguentar mais ouvir a mesma frase

- É verdade! Não faz nem uma semana desde que Ella foi espancada, e já a estão colocando dentro da Floresta Negra! – Malfoy argumentou, fazendo o trio o olhar interrogativamente

- Como assim "espancada"? – Questionou Granger, analisando Ella, que de fato mancava ao andar

- Então a notícia não correu tanto quanto eu esperava. Quatro dos seus me encurralaram na semana passada. Acharam que seria uma boa ideia tentar me punir pelos crimes dos meus pais – Druella explicou, inconscientemente se aproximando de Draco

- Ela mereceu – Weasley murmurou, mas foi ouvido por todos. Ella então estalou a língua, e aproximou-se de Rony

- Por que não repete, Weasley, para que eu possa fazer você se arrepender – Druella pediu, e Rony engoliu em seco, sem querer se deixar amedrontar

- Ah é? E o que você vai fazer, filhote de Comensal? – Weasley devolveu, fingindo não ter medo do que Ella era capaz

- Acho que você sabe bem o por que minha mãe foi presa. A Maldição Cruciatus dela era realmente poderosa, sabe? Por que não descobrimos se herdei os talentos dela? – Druella sugeriu, o sorriso diabólico que lhe era característico já surgindo

- Isso é uma ameaça? – Weasley indagou, fazendo o sorriso de Ella se alargar

- Uma ameaça? Ah não, Weasley, eu não faço ameaças. Isso é uma promessa – Druella explicou, a mão se aproximando de sua capa – Então por favor, repita, se tiver coragem, é claro. 

A Herdeira Lestrange Onde histórias criam vida. Descubra agora