Forbiden Forest

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"Lembre-se, escuridão nem sempre se equivale ao mal, assim como luz nem sempre se equivale ao bem" -- Nyx (House of Night)

O trio encarou Ella como se esta fosse maluca, e considerando sua ascendência, era bem possível que achassem que era.

O grupo se encarou por mais alguns momentos, com Druella recusando-se a desviar o olhar de Rony, que começava a sentir-se extremamente desconfortável sob o olhar inquisidor da puro-sangue, até que a atenção da garota foi desviada para Harry

- O que é uma "Maldição Cruciatus"? – Potter perguntou, extremamente confuso, fazendo Ella suspirar com o quão pouco ele conhecia sobre o mundo mágico

- A Maldição Cruciatus é parte do que chamamos de "Maldições Imperdoáveis", já que o uso de qualquer uma delas em um ser humano gera uma passagem só de ida para Azkaban, que antes que pergunte, é a prisão do Mundo Bruxo. A Cruciatus, em específico, é a maldição da tortura, e foi a principal razão pela qual minha mãe ficou conhecida, já que ela é excepcionalmente boa com este feitiço. As outras duas são a Maldição Imperius, que força o atingido a obedecer a qualquer ordem daquele que lançou o feitiço sem questionar, e é claro, Avada Kedavra, a Maldição da Morte. – Druella explicou, puxando de sua memória o que já há muito havia lido nos livros secretos de magia negra da Mansão Malfoy – Até pouco tempo atrás, acreditava-se que era impossível uma pessoa sobreviver a Maldição da Morte, até, é claro, Você-Sabe-Quem tentar invadir uma certa casa no Halloween de 1981 – Ella concluiu, e imediatamente, todo o grupo se voltou a Harry, já que era nítido que Druella havia se referido a ele

Por fim, Hagrid retornou de sabe Merlin onde, acompanhado de seu cão de caça, para enfim iniciar a detenção

- Vamos, crianças! – Hagrid então os guiou para dentro da floresta, com Draco e Ella andando praticamente colados, já que sabiam que caso algo acontecesse, só poderiam contar um com o outro

- Hagrid, o que estamos procurando? – Indagou Hermione, o que era uma ótima pergunta, já que até aquele momento, o grupo não havia sido informado do porquê de estarem lá

- Um unicórnio ferido. Encontrei um morto na semana passada, e espero que possamos encontrar este vivo – Hagrid então notou uma gosma prateada no chão, que Ella imediatamente reconheceu como sendo sangue de unicórnio – Isso não é nada bom. Vamos nos dividir, Harry, você fica com Lestrange e Canino, enquanto Rony, Hermione e Malfoy vem comigo – O meio-gigante decidiu, não gostando da ideia de manter os Black juntos

Após se separarem do resto do grupo, a dupla passou a caminhar pela floresta, conversando enquanto procuravam algum rastro de um unicórnio ferido

- Sabe... Sinto muito por aquele dia no Olivander – Harry se desculpou, e Ella, que ia mis a frente, sequer virar-se para encará-lo

- Hagrid não foi o primeiro, e com certeza não será o último a me tratar daquela forma por causa dos meus pais, e eu estou bem com isso. Guarde sua pena para alguém que se importe, Potter – A Lestrange respondeu, querendo abandonar o assunto, mas Harry não permitiu

- Mas não é justo! Você não fez nada de errado! – Potter argumentou, fazendo Druella suspirar, e se virar para ele

- E no que isso importa, Potter? Eu sempre serei a filha de Bellatrix e Rodolphus. Sempre serei uma "Filhote de Comensal", como seu amiguinho falou, e quer saber a verdade? Eu não me envergonho disso. Meus pais lutaram e sofreram pelo que acreditaram, seja a causa certa ou errada. Me orgulho de ser filha deles, e isso não vai mudar por que um meio-gigante me disse que estou fadada a ser como minha mãe – Ella exclamou, e suas palavras não continham sequer um pingo de dúvida ou hesitação

- Sim, mas... – O que quer que Harry fosse dizer, foi interrompido pelo som de folhas sendo remexidas, o que fez Ella imediatamente levantar a mão, e Potter interrompeu sua fala. Druella então fez um sinal para que Harry ficasse em silêncio, e a dupla se aproximou do ruído, encontrando assim o unicórnio já morto, e com uma criatura embrulhada em uma capa preta com sangue prateado escorrendo de seus lábios.

Ao ver Potter, a criatura, seja lá o que ou quem fosse, imediatamente avançou para cima de Harry, fazendo Ella, que sempre fora essencialmente uma protetora, imediatamente se jogar em cima dele, tirando-o do caminho.

Quando a criatura parecia pronta para tentar um novo ataque, um centauro surgiu, afugentando-a. Ao ver que o perigo havia passado, a dupla se levantou, e o centauro se aproximou deles

- Muito cuidado, Harry Potter. A floresta não é um lugar seguro para uma pessoa como você – O centauro, Firenze, avisou

- Como eu? – Indagou o sempre confuso Harry

- Você é famoso, mesmo entre as criaturas da floresta – Firenze explicou, abaixando-se um pouco para poder olhar as duas crianças nos olhos

- O que era aquilo? – Questionou Ella, abraçando-se um pouco mais, ainda perturbada com o que havia visto

- A famosa Herdeira dos Lestrange. Você tentou proteger Harry Potter, mesmo sabendo que era uma criatura das trevas, e aliada de seu antigo Lorde – Firenze apontou, mais curioso com o comportamento de Druella do que qualquer coisa

- Eu simplesmente... Não podia deixá-lo morrer – Ella explicou, fazendo o centauro olhá-la com ainda mais curiosidade

- Interessante. Saiam da floresta, crianças, e não retornem – Ele aconselhou, e sumiu na noite, deixando os dois sozinhos. Druella então virou-se para Harry com um olhar flamejante escurecendo seus olhos verde-esmeralda

- Potter, se contar para alguém que eu te protegi, te estripo como um peixe, de ponta a ponta, entendido? – Druella prometeu, fazendo Harry encará-la

- Entendido 

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