"Você acha que Deus fica no paraíso por que Ele, também, vive com medo da sua criação?" – Pequenos Espiões
Umbridge olhava para o infame casal Lestrange com terror latente, até que Rodolphus tomou a frente, agarrando a mulher pelos cabelos e arrancando sua varinha de suas mãos, a arrastando até o porão, enquanto Bellatrix ria histericamente.
Quando a família chegou até o dito porão, Rodolphus enfim olhou a varinha que segurava
- Brega – O homem disse, a quebrando – Assim como sua dona. Agora, por onde devemos começar?
O casal sorriu um para o outro, se aproximando lentamente, enquanto Druella observava fascinada. Assistir seus pais trabalhando juntos era como observar enquanto uma matilha de leões perseguia sua presa. Era incrível ver como os dois se completavam, com Rodolphus movendo-se com calma e elegância, enquanto Bellatrix era caótica e imprevisível.
- Eu tenho muitas ideias, mas, acima de tudo, sou um cavalheiro – Afirmou o patriarca Lestrange – Bella, meu amor, faça as honras
Com as palavras do marido, Bellatrix exibiu seu melhor sorriso sádico, abaixando-se ao nível de Umbridge
- Dolores, Dolores – A mulher zombou em sua voz tipicamente esganiçada – Eu me lembro de você, sabia? A pequena e insossa Dolores Umbridge, a piada da Sonserina. Uma ralé mestiça, tentando se infiltrar em uma elite da qual nunca pertenceu. E você teria conseguido. Ah, você teria se saído tão bem. Mas então, você decidiu torturar a minha filha. Minha filha. E esse é uma dívida que pretendo fazê-la pagar em sangue.
A cada palavra que saia da boca de Bellatrix, o horror que Umbridge já sentia aumentava. O que teria uma gênia da tortura como a Lestrange preparado para ela?
- Você deveria saber em algum nível que isto aconteceria – Bellatrix continuou, mas Umbridge negou com a cabeça – Não? Sabe, essa é uma das coisas que sempre me incomodou nas famílias de sangue não-puro. Eles tentam mentir para você, dizendo que o Diabo não existe, até que chega o inevitável dia no qual você cruza caminhos com um demônio, e você está simplesmente tão... Despreparado. Bom, antes que comecemos, eu tenho uma última pergunta. Qual o seu órgão favorito? Veja, se você me perguntar, eu sempre digo o coração, mas se eu começasse por lá, a diversão acabaria muito rápido, não? Então, eu sempre gosto de sugerir, e é claro que estou aberta a nova sugestões, mas sugiro que comecemos por baixo, e lentamente façamos o nosso caminho até em cima. É claro que vou começar com a sua mão, já que foi exatamente assim que entramos nessa situação, em primeiro lugar. Mas depois, talvez os olhos, um rim aqui e ali. – Com a descrição do que Bellatrix faria com ela, Umbridge se encolheu, arregalando os olhos – Oh, não se preocupe, eu já fiz isso antes. Você vai estar acordada durante todo o processo. O nosso querido Régulus foi um amor em já deixar todo o sangue e adrenalina necessários para que você fique acordada
***
- Está ouvindo isso? – Régulus perguntou a Barty Crouch, que o olhou com confusão
- Ouvindo o que? Está tudo em silêncio – Respondeu Crouch, sem entender do que seu amigo falava
- Exatamente. Os gritos pararam – O Black mais jovem explicou – Será que a vaca já está morta?
- Vamos checar – Sugeriu Barty, levantando-se do sofá e dirigindo-se ao porão, com Régulus fazendo o mesmo.
Ao descerem as escadas, imediatamente eles sentiram o cheiro. Era rançoso, e metálico. Sangue.
Os dois amigos então se entreolharam, e continuaram a descer. Logo, eles encontraram a origem do cheiro.
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A Herdeira Lestrange
FantasyHá uma década, Bellatrix e Rodolphus Lestrange foram sentenciados a prisão perpétua em Azkaban. Seu crime, é claro, foi o de torturar os aurores Frank e Alice Longbottom até a insanidade. O que poucos sabiam, no entanto, é que antes de ser preso, o...