"A beleza pode ser perigosa, mas a inteligência é letal" — Desconhecido
Poucas semanas depois de Druella e Draco terem tido sucesso em pegar Potter e Weasley em sua piada de um plano, Ella estava, como já era de costume seu, andando pelos corredores, desta vez com o objetivo de visitar sua amiga, a Murta-que-geme, no banheiro feminino do segundo andar. No entanto, a cena que encontrou era muito mais intrigante do que ela imaginava que poderia ser quando teve a ideia.
O banheiro estava completamente alagado, e Murta chorava diante de uma janela. Curiosa, Ella chamou a atenção da fantasma
- Murta? O que aconteceu? – Ella perguntou com uma voz calma, como quem fala com um animal assustado
- Druella? É você? – Murta questionou em meio aos soluços
- Sim, Murta. Por que está chorando? – A Lestrange insistiu, curiosa demais com a causa daquela cena para deixar passar
- V-você veio jogar alguma coisa em mim? – Murta respondeu à pergunta de Druella com uma outra pergunta, deixando a garota ainda mais confusa
- É claro que não, Murta. Eu sou sua amiga, não sou? Por que eu faria isso? – Ella indagou, aproximando-se da fantasma
- Eu não sei! Eu estava chorando na janela, quando entrou uma garota e achou que seria engraçado jogar um livro em mim! – Murta explicou, fazendo Ella franzir as sobrancelhas
- Que horror! – Ella exclamou, indignada. Murta não fazia mal algum a ninguém, diferente de outros fantasmas que perambulavam pelo castelo, então, por que diabos alguém acharia legal ir perturbá-la de forma tão gratuita? – O livro por acaso continua aqui? – A Black perguntou, curiosa sobre por que alguém escolheria descartar tal objeto em um banheiro, dentre todos os lugares
- Está ali – Murta indicou o livro com o queixo, e imediatamente, Ella foi até ele, não demorando para reconhecê-lo como sendo o mesmo diário de aspecto surrado que ela vira seu tio colocar no caldeirão de Ginny Weasley na Floreios e Borrões.
Ao pegar o objeto, Druella não demorou a notar o nome que denunciava seu dono, ou pelo menos, o dono original
"Tom Marvolo Riddle"
Ao ler a inscrição, Ella mais uma vez franziu as sobrancelhas, só que desta vez em confusão. Riddle não lhe era um nome estranho, embora a garota não pudesse dizer com certeza onde o havia visto.
Outro ponto interessante é que mesmo que as experiências anteriores de Ella com as Artes das Trevas tenham sido relativamente limitadas, dada a sua pouca idade, querendo ou não, suas duas famílias tinham um longo histórico com o uso deste tipo específico de magia, então, era possível dizer que a afinidade para com ela estava em seu sangue, e por isso, Druella logo pode afirmar com absoluta certeza que aquele era um objeto impregnado com ela, embora não soubesse dizer como sabia deste fato. Era como um puxão que sentia nas vísceras, uma sensação obscura, mas não por isso desconfortável.
Decidida a fazer uma análise mais profunda no objeto, Ella o levou consigo, e após o jantar, quando estava enfim sozinha em seu dormitório, a garota pode enfim confirmar o que já sabia.
Quando o abriu, todas e cada uma das páginas amareladas do diário estavam vazias, mas a intuição de Ella a disse que aquilo não era nada além de uma fachada, e sabendo que a intuição não deve ser ignorada, a Lestrange pingou uma gota de tinta negra em uma página qualquer, que em menos de um segundo, desapareceu, como se nunca sequer estivesse estado ali.
- Interessante – Ella murmurou para si mesma, sorrindo com a visão, e mais uma vez seguindo nada mais do que seus pressentimentos, arriscou-se a escrever no papel
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A Herdeira Lestrange
FantasyHá uma década, Bellatrix e Rodolphus Lestrange foram sentenciados a prisão perpétua em Azkaban. Seu crime, é claro, foi o de torturar os aurores Frank e Alice Longbottom até a insanidade. O que poucos sabiam, no entanto, é que antes de ser preso, o...