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— N A R R A D O R A

Malia ficou olhando para Klaus, esperando o mesmo dizer para que foi vê-la e ir embora. Estava desconfortável com seus olhares, segurando fortemente sua toalha para não cair.

Revirou os olhos ao perceber que ele iria continuar a olhando, sentou na poltrona que havia no quarto e ficou brincando com uma das decorações.

Ela decidiu o ignorar e voltou sua atenção para a mala, tentando pegar qualquer roupa para poder vestir e deixar esse clima constrangedor para trás.

Lia pegou tudo o que precisava, indo ao banheiro. Porém, esqueceu-se apenas de uma coisa. Uma coisa importante.

A calcinha.

Foi trocar-se e quando viu que havia esquecido, olhou-se no espelho desesperada. Vacilou em ter reclamado baixinho sobre esse deslize pois quando abriu a porta, Niklaus estava em pé, de frente à sua mala e segurando sua calcinha vermelha rendada.

— Sua calcinha? Pequena, Amor... — A esticou levemente, observando a peça.

— Dá para largar minha calcinha?

E sexy.

— Não vou pedir novamente.

— Vai fazer o que, Sweetheart? Correr atrás de mim segurando uma toalha?

— Audacioso!

— Sim, eu sei. — Andou lentamente, com a peça íntima em mãos, e sussurrou contra seus lábios. — Gostoso também. — A garota tomou a calcinha de suas mãos e virou-se para vestir-se, sendo impedida pela mão do maior em seu braço. — Precisamos conversar, Sweetheart.

— Precisa ser agora? Assim, estou nua e...

— Qual é o problema?

— Nem que a vaca tussa, amigo.

— Estraga prazeres.

— Serei rápida. — Em menos de um minuto, a híbrida apareceu devidamente vestida. — Sobre o que quer falar? Já sei. Quer que eu vá para aquela mansão lá, como minha irmã.

— "Aquela mansão lá"? Você teria exclusividade de me ver todos os dias, almoçar e jantar em minha companhia e faz parecer ser nada. Minha presença é valiosa. Acesso à um dos melhores quartos, sangue com facilidade, grandes eventos... Só não vale me espiar no banho. A não ser que queira participar. — A garota se aproximou dele, devolvendo o sorriso malicioso.

Vai sonhando. — Disse, com os rostos numa curta distância, com a mão em seu abdômen definido.

— Sabe provocar também.

— Você não tem conhecimento de um terço do que sei fazer.

— Essa frase teve um duplo sentido e fiquei louco para descobrir mas terei de esperar. Fica para uma próxima ocasião.

— Não haverá próxima ocasião.

Love... Com certeza haverá uma próxima ocasião.

— Supondo que sim, como seria?

— Não sei, Love. Teria de ir para minha casa descobrir.

— Boa jogada.

— Eu sou um ótimo jogador.

A mulher jogou-se na cama, deitando-se para ler seu livro. Querendo provocar, ficou de bruços, cruzando as pernas. Klaus nem tentou disfarçar, a devorando com os olhos e passando a língua na boca.

Sentou-se na poltrona novamente, a observando. Por um momento, a garota de fato esqueceu de sua presença ali, balançando as pernas. Terminou seu livro e escutou um suspiro. Reprimiu um sorriso e o viu.

A troca de olhares ficou intensa e o Mikaelson caminhou até a cama, com um olhar predatório. Ela se levantou para ficar de joelhos e avançou devagar. As respirações estavam quase se tornando uma com a aproximação. A tensão sexual estava forte.

Lia não tomou a iniciativa, esperando o original todavia, ouviu sua risada sarcástica. Ela ficou confusa no início, percebendo depois que era mais uma provocação dele.

— Você não presta.

— Estava querendo me beijar, Love?

— Quando você sair, fecha a porta.

— Oh, ficou irritada. Se quiser o beijo, terá de vir para minha humilde casa.

— Você só sabe jogar sujo?

— Terei que te levar arrastada? Vamos.

— Tenta.


Os irmãos, Marine e Hayley olharam a situação bem confusos e surpresos. A mulher batia nas costas do original, mandando descer e ele fingia não a ouvir. Impaciente, ela deu um forte tapa na bunda de Klaus, o fazendo soltá-la.

A jovem caiu no chão, se levantando furiosa e limpando a roupa. Um dos lacaios do híbrido trouxe os pertences da mulher, deixando no sofá e retirou-se.

— Se queria tocar em minha bunda, esperava chegar em meu quarto.

Piadista. — Revirou os olhos, bufando. — Não faça isso novamente.

— Apenas se for teimosa.

— Vejo que não aceitou nossa proposta. — Elijah disse, com um meio sorriso.

— Ela aceitou sim, irmão. É só charme.

— Não aceitei, não! — Klaus a ignorou, indo até ao bar na sala.

De qualquer forma, bem vinda à sua nova casa, Love.

𝐖𝐎𝐋𝐕𝐄𝐒 • klaus mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora