Miraculous Fashion war

Epílogo I - Marinette

Todos temos um objetivo, pra você, pode ser ficar rico, ter o mais novo modelo de iPhone, ou talvez até passar em matemática, mas o meu...é chegar no topo do mundo da moda, e lá de cima julgar o que é "in" e o que é "out" sem que ninguém possa me contrariar, quero ser a maior, mais famosa, mais importante e mais poderosa.

A moda sempre foi minha paixão, desde muito jovem desejo me mudar para a capital da França, a famosa Paris, existem varios apelidos pra esse lugar, a cidade luz, a cidade do amor e até a cidade da moda, mas eu chamo de, minha cidade, eu vivi no interior por tempo demais, tendo que sobreviver de restos dessa sociedade rica que está sempre "in" enquanto que eu estava sempre "out". Tudo o que eu queria era desenhar, costurar e fazer moda, é o que me faz feliz.

A simples sensação de rolar o lápis pela folha de papel de acordo com sua vontade, é quase divina, passar a agulha de um lado a outro do tecido e depois, em um leve puxão, você tem algo totalmente novo, a moda me impressiona todas as vezes. Nunca me canso dela.

Meu primeiro contato com o verdadeiro mundo fashion profissional, foi aos 10 anos. Uma menina pobre vestindo trapos e correndo com uma bola no pé pelas ruas, sorrindo feliz com seus amigos. Quando se depara com uma limousine gigante e bem lustrada, lembro bem de como meus olhos brilharam em curiosidade, eu me aproximei, ingenuamente, e percebi uma figura feminina que ao meu ver, era perfeita, sair de lá. Uma mulher alta e loira, pele branca e suave como a própria neve, olhos...verdes e profundos, nunca me esqueci da sensação de cruzar olhares com ela, era como me perder em uma mina de esmeraldas polidas em seu máximo vigor.

Essa mesma mulher, que pouco tempo depois eu iria descobrir que seria uma das pessoas mais influentes da minha vida, caminhava em cima de um salto preto com traços que pareciam assas de anjos douradas na Correia, haviam pequenas pedra negras que a decoravam, ela vestia um lindo e muito justo vestido escuro, indo até seus joelhos, e dos ombros surgia uma espécie de véu de assas douradas como a correia do sapato. Era simplesmente maravilhosa, mas acho que ela não esperava encontrar com uma meninas esfarrapada na porta de seu veículo.

Assim que me viu, esboçou uma expressão difícil de descrever, era uma mistura de pena, mas também havia um brilho em seus olhos, um brilho de esperança, pois ela havia visto em mim, mesmo que só um pouco, o potencial. Então essa mulher se aproximou abaixou a minha altura e sorriu, enquanto que fiquei imóvel e totalmente deslumbrada por tamanha beleza, a moça apoiou uma de suas mãos em meu ombro e disse que seu nome era Emily, Emily Agreste, falou que eu era linda, e que conhecia aquelas marcas de furos de agulha em meus dedos, também disse, que eu não devia parar, que eu devia seguir esse caminho, falou para que eu desse cada gota de suor pela moda, pois valeria a pena. Hoje eu posso afirmar que valeu. A mulher perguntou meu nome, que respondi envergonhada e com a voz meio falha.
"Marinette Dupan-Cheng"

E a última coisa que Emily me disse, foi um sussurro em meu ouvido, lembro como se ela estivesse sussurrando nesse exato momento.

"Eu voltarei pra te buscar Marinette, eu farei de você grande, me aguarde, ainda não está na hora."

Com isso ela se levantou, e voltou para a limousine em toda sua classe, gritando ao motorista.

"Podemos retornar warmwood! Já encontrei o que vim buscar, um diamante bruto, pedindo pra ser lapidado..."
a moça me lançou um último olhar com um sorriso e se foi...tão rápido quanto chegou, mas eu guardei aquela visita como o momento em que minha vida começou de verdade.

A partir dali, passei a me esforçar ainda mais pela moda, entender, pesquisar, criar, desenvolver e me tornar a melhor. Antes de perceber tinham se passado 3 anos, e lá estava eu, ganhando diversas competições locais de moda, fazendo o que me deixava feliz de verdade. Com isso se passaram mais 3 anos de puro esforço, já muito conhecida como "O diamante dos subúrbios", aos meus 16, em uma tarde de quarta-feira qualquer, a mesma limousine de anos atrás retorna, e dessa vez eu sabia que era pra mim.