Capítulo 1 - Poema Primeiro

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Não espere muito dos meus olhos; eles nada podem lhe dizer...

Não anseie tanto do meu coração; ele pode ter medo de lhe ver...

Há um amor que em mim habita que não pretendo entender.

Há uma palavra que dentro de mim grita, que não quero definir.

Há um ruir de paredes, um encontro de tempestades,

Sei que podem bem, muito bem, me destruir...

Não espere que eu me decifre pra você.

Não se adiante nos lúgubres espaços frios do meu ser.

Não tente ser como eu ou que ainda mais me invejes...

Eu me confundi também. Eu pensei que amava, mas não amava.

Eu já confundi amor com harmonia e prazer com necessidade.

Não determines, muito embora ache certo, que eu me finde em você.

Dá-me uma chance de provar que posso ser...

Me deixe existir, me deixe escrever.

Palavras, não esperem tanto dos meus olhos... São janelas fechadas;

É uma realidade oculta, eu não posso reverter... 

Poesias alheias e palavras...Onde histórias criam vida. Descubra agora