Tudo o que existe em mim.

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Se tudo o que existe em mim é poesia, então eis aí está o meu interior. Mesmo quando a inspiração falta, as palavras insistem em chegar... Se estão dentro de mim, como vou negá-las? E ainda que não haja tempo para escrever, meu coração se inquieta, por saber o que lhe completa.
São as palavras, mesmo assim quando vêm desordenadas, todas elas fazem-se, por si só, poesia.... E no meu íntimo, ao decorrer da vida, penso comigo: os escritores são geralmente pessoas bem comuns, que se acham em toda parte, por aí neste vasto mundo. São sonhadores, bajuladores das coisas que se não podem comprar... A verdade é que nada há de especial nos escritores e nos poetas que não a arte que enche seus corações. São assim pessoas normais, que se acham nos bancos das feiras ou fazendo compras no supermercado. Talvez levando os filhos na escola ou o pai que de velho não pode andar, ao hospital.
Mas as palavras os acompanham, as palavras os seguem, são seus anjos, seus amigos... Os escritores, concluo eu, são artistas interiores, quietos, só as vezes extravagantes, que de vez em quando aparecem e podemo-los vê-los e de vez em quando, simplesmente não...
Na falta da inspiração, as palavras reclamam trabalho e não lhes falta arte que as possa empregar dentro de mim.

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