Poesias alheias e palavras...

Ela...

Ela tinha uma escuridão dentro de si que deveria ser luz. Ela tinha instrumentos musicais nos olhos, no sorriso, na alma; que cantavam e entoavam canções tristes, canções de coisas e palavras nunca expressadas para ninguém...
Ela tinha sonhos e desejos. Era menina que nem as outras e ao mesmo não era. Não sentia-se como as outras, achava-se, por vezes, até inferior... Ela tinha feridas não curadas, dores não tratadas, de uma vida mal vivida, mal forjada, bem mal ensinada...
Ela era um sonho em si e acreditava na magica das coisas. Mas essa mágica, não a iluminava, não a ajudava, ela não sabia porquê.
Ela... Eita coisa complicada era ela. Quão confusos, por vezes, eram os seus sentimentos. As vezes escrevia palavras que para os outros não faziam sentido nenhum, mas eram as palavras diretas do seu coração.
Ela estava dentro de si mesma, mas achava-se perdida. Queria uma luz para enxergar, alguém para guiar, mas não estava apta para ver se havia alguém por perto... Não parecia que houvesse. Por isso ela estava ali, só esperando que Deus a entendesse; que por um momento apenas, Ele a transformasse. Assim ela seria especial também, ela seria feliz também; ela teria luzes e não escuridão.