Pra não me perder...

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Segura nas coisas ditas ao coração, prossegui minha caminhada tentando não perder a singeleza da vida. Ouvindo o pulsar incessante, em evidência de amor que de mim vazava, quase como vazam as lágrimas dos olhos, suspirei admirada, porque muito havia deixado passar das belezas do mundo. Perguntei-me: por que deixei eu de ver as flores pequeninas, as árvores tão gigantes, que no meu caminho se encontravam e só faltavam gritar por um olhar? Por que gastei meu tempo, minhas preciosas pérolas de sabedoria, que nunca foram muitas, observando somente o lado negativo, esquecendo-me das poesias que as canções dos pássaros declamam? Pensei e ditei a mim mesma: isso, essas coisas malucas e embaçadas, que por minha mente passam, não são para mim. Não fui inteira com elas, não fui eu mesma, a autentica identidade de uma pessoa que queria apenas estar livre nas prisões da realidade e dos sistemas.
Espalhados pelos cantos do mundo, a andar de bicicleta como crianças, a amarrar fitinhas em portões, estão, assim espero, meus pensamentos, minhas esperanças, memórias e meus amores, que aos mil, deixei que simplesmente o tempo se encarregasse de trazê-los de volta a mim, no momento que fosse mais oportuno.

Poesias alheias e palavras...Onde histórias criam vida. Descubra agora