Desejos

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Konan andava de um lado para o outro na grande sala, enquanto Nagato analisava alguns pergaminhos, sentado na mesa ao centro.

- Nagato, eles não sabem de nada... – Disse doce. Não sabia o porque mas gostava de Sakura. Sentia confiança nela e em seus propósitos. – Não acho isso certo!

- Você e essa sua mania de querer ser um anjo... – Ele disse, sem tirar os olhos da papelada. – Você sabe, amor, que ainda não contamos por ordens da própria Hokage. – Ele a encarou com seus olhos roxos, a analisando. Adorava esse senso de justiça que só Konan tinha e a entendia, mas ordens são ordens. Deixou o pergaminho sobre a mesa e caminhou até ela.

- Eu me preocupo com ela, Nagato. Na última vez que estivemos por lá, fiz questão de analisar o histórico dela, e, adivinhe... Por conta de uma grande perda amorosa, a garota entrou em colapso nervoso. Teve surtos psicóticos e ficou internada por meses. Imagine se algo dá errado? Não seria justo... Não seria... – Konan estava muito aflita com a situação e, de certa forma, havia se afeiçoado à menina.

- Konan, seguimos apenas ordens... – Disse o ruivo, já próximo dela, a abraçando por trás. – Logo tudo estará resolvido... deveríamos estar mais preocupados em recrutar uma outra pessoa, afinal, logo perderemos um membro.

Ela sorriu e o beijou. Como amava aquele homem. O beijo se seguiu e tiveram que se soltar, pois o ar faltava.

- Me promete uma coisa, Nagato? – Disse, manhosa.

- O que você quiser, meu anjo... – Ele sussurrou, subindo a mão pela nuca dela, a fazendo arrepiar.

- Promete que sempre será minha razão para recomeçar? – Praticamente suplicou, com voz dengosa.

Um sorriso se abriu no rosto do ruivo, que a pegou no colo, sumindo quarto a dentro.

- Sempre...

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Será que ela me ouviu?

Esse era o maior questionamento de Itachi. Sentiu o chakra dela em seu quarto assim que apagou a luz do banheiro, mas preferiu deixar com que ela o visse sair. De soslaio, viu ela se ocultando nas sombras e pôde jurar que os olhos verdes brilhavam, reluzentes, enquanto o observavam.

Pela forma que olhava, o desejo era mútuo.

Aproveitou que ela se virou de costas para se deitar e relaxar ainda mais o corpo. Fechou os olhos e sentiu a aproximação de chakra em seus olhos. A outra mão, porém, teve um destino diferente dessa vez. Enquanto a mão com chakra arroxeado pairava sob seus olhos fechados, sentiu a outra em seu peito, mais precisamente, sob seu coração. Algo era puxado para fora a medida em que a menina ministrava seu chakra para dentro dele, sentia liberdade, algo meio difícil de explicar.

Dessa vez, nem se importou em limpar a mente, pois acreditava que todo mal que Sakura tinha que ver, já viu. As horas passaram rápido e, num intervalo de 15 em 15 minutos, a mão passeava por seu tronco, sugando algo que para ele era invisível. Notou que tudo estava acabado quando sentiu a mão que estava sob seus olhos se afastar, mas continuou a sentir os toques da Haruno em seu tronco nu.

Arrepiou-se ao sentir as unhas levemente afiadas arranharem seu abdômen e arfou levemente, sem abrir os olhos. Ela deslisou os dedos até seu pescoço e o acariciou, sem pressa, mas logo se distanciou. Ele não poderia negar nunca que não gostou da distância, mas não precisou abrir os olhos para ouvir quando a porta foi trancada, com duas voltas de chave. Um sorriso faceiro brotou em seu rosto.

Ainda de olhos fechados, se sentou na cama, jogando o cabelo para trás e abrindo os olhos lentamente. Pôde assistir a rosada tirar as sandálias devagar, uma a uma, sem cortar o contato visual com ele. Mesmo com uma visão tão simples, já se animou. Assistiu também ela se aproximar devagar e sentar na beira da cama, a uma certa distância. Os olhos estavam diferentes, parecia até que o hipnotizavam de tão brilhantes. Correu o olhar pelo rosto da menor, analisando cada detalhe, como se guardasse aquilo, como uma recordação.

Minha Cura (Itasaku) - {Em Revisão}Onde histórias criam vida. Descubra agora