Minha Cura (Itasaku) - {Em Revisão}

Sharingan vs. Sharingan

Sakura se colocou na frente de batalha, ao lado de Itachi, com os punhos fechados e azulados. O moreno a observou de soslaio e logo se concentrou nos inimigos à frente. Sasuke, sem aviso prévio, atacou a rosada com sua katana e ambos entraram em uma luta corporal pesada. Itachi até queria sentar e admirar a rosada, pois amava o jeito dela de lutar, mas o inimigo a sua frente o encarava com certa fúria.

– Como se sente, Itachi? – Danzo disse, sorrindo sarcástico. – Espero que tenha aproveitado bem sua liberdade, pois hoje terá o destino que sempre mereceu... – O mais velho começou a tirar as bandagens do braço direito, sem desviar os olhos do Uchiha por um segundo.

Era estranho como Sasuke e Sakura nem olhavam para o lado, ele percebeu que ela não encarava o mais novo diretamente, e sabia bem o porquê.

Sasuke estava com seu sharingan ativado.

E como ela estudava a anatomia do olho vermelho, sabia muito bem como lutar contra seu usuário sem nem mesmo suar. Após observá-los por um curto período de tempo, Itachi virou o rosto devagar em direção ao velho Danzo e não soube descrever bem o que sentiu naquele momento.

Danzo estava com o braço descoberto e, diferente do que todos na vila imaginavam, havia um motivo macabro por trás de toda aquela discrição. Um a um, olhos espalhados pela extensão do membro superior do mais velho se abriram, mostrando as orbes vermelhas que Itachi tanto conhecia.

Sharingans.

O Uchiha mais velho sentiu seu sangue borbulhar de raiva naquele momento, por mais que não demonstrasse. Agora, tudo fazia sentido. A reunião do conselho, a ideia de massacre, o massacre em si... tudo estava mais claro em sua mente. Danzo tinha pensado em tudo o que podia para conseguir o que sempre quis: O poder dos Uchiha e, pelo que Itachi via naquele momento...

Ele tinha mesmo conseguido.

Itachi soube, naquele momento, que não teria como jogar limpo. Olhou novamente para o canto do grande salão, onde Sasuke e Sakura trocavam ataques freneticamente e encarou seu adversário novamente. Respirou fundo e fechou os olhos por um momento, os abrindo já avermelhados e sedentos por vingança. Ele sempre desconfiou das intenções de Danzo, mas naquele momento, naquela batalha, teve a confirmação de que tudo o que fizera naquela noite não foi "pelo bem maior da vila" e sim para alimentar o ego de um ninja velho e fodido.

– O que foi, Itachi? – Disse o mais velho, com certo desdém. – Algo te incomoda?

O moreno não respondeu, pelo menos não com palavras. Sorriu com o mesmo desdém e foi para cima do adversário, rápido como sempre, o atingindo com um golpe firme e o fazendo cambalear. Naquele momento, ele não via mais Sakura, Sasuke ou qualquer pessoa que estivesse por ali. Ele queria Danzo. Queria que ele pagasse pelo que fez.

Ele o queria... morto.

Sasuke se aproximou com uma velocidade impressionante, atacando Sakura de frente, como se a subestimasse. Ela sabia que, se lutasse conta o moreno ali, não teria muitas chances, afinal, como conseguiria lutar tendo Itachi e a preocupação com ele em sua mente? Pensando nisso, a rosada corre em direção à única saída das ruínas, lutando com Sasuke sem descanso, acompanhando os movimentos do "cunhado" apenas pelos pés e tomando todos os cuidados para não olhá-lo nos olhos.

– Você não tinha tanto medo dos meus olhos, princesa... – Ele sibila, com desdém. – E não deveria ter depois de conviver tão intimamente com aquele que destruiu minha vida. – Ela apenas o ouvia, enquanto desviava de seus golpes e o acertava algumas vezes, sem tanta força.

A verdade é que ela não queria machucá-lo. Mesmo sabendo que, por ele, já estaria morta.

Se concentrou, fechando os olhos lentamente enquanto sacou sua kunai de forma ágil e parou o ataque da katana que, certamente, teria feito um estrago muito maior. Nesse momento, levantou a cabeça e encarou Sasuke, com suas orbes avermelhadas e cheias de ódio. Ela estava tão fora de si que sequer notou o chakra roxo se esvair de suas mãos e envolver o moreno lentamente, enquanto forçava a kunai para a frente, travando uma batalha de força bruta.