07. Tálamos de um amor incondicional

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Heeey não esqueça de deixar a sua estrelinha ⭐ é muito importante!

E aí pessoal? Vim dar uma palavrinha com vocês antes da segunda fase de Enlaces de Uma Paixão, é rapidinho!
Como vocês já tem notado eu sou uma escritora iniciante, apaixonada por BDSM e ainda estou no processo criativo desse livro, um dia vou passá-lo a limpo e torná-lo melhor! (Juro) mas enfim, gostaria que mandassem suas dúvidas, dicas, opiniões sobre o livro aqui, vou postar as melhores perguntas e melhorar o meu livro de acordo com as informações que me derem, ah e por favor se puderem divulgar e compartilhar o meu livro eu agradeceria imensamente 🤗 como já disse antes o objetivo do meu livro não é apenas falar sobre o BDSM e contar sobre partes da minha história mas sim mostrar ao público que o preconceito e a LGBTfobia tem que acabar!

Obrigada desde já e beijos de luz.

P.s. existem muitos os que se confundem aqui então: Sim, eu sou switcher, mas geralmente sou submissa. Questão que explico na continuação deste livro é só procurar aqui no meu perfil.

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† Segunda Fase †

I

Fernanda

Desastres acontecem a todo tempo. Lidar com eles não é nem um pouco fácil mas esse é meio que o meu trabalho.

Tinha de estar preparada, manter a minha mente calma e sã, muita gente precisava de mim.

Só que naquele dia eu não estava nem um pouco calma. E, quando médicas plantonistas não estão calmas, coisas ruins podem acontecer, erros podem ser cometidos e eu não aceitava erros.

- Doutora, sério mesmo que esse é seu almoço? - uma das enfermeiras me olhou contemplativa, como se fosse um milagre - ou uma tragédia horrível - uma médica conseguir arrumar um esconderijo dentro do próprio consultório dentro de um UPA para comer um punhado de salada de agrião, alface e tomates cereja com molho rosé.

Realmente, às vezes eu fazia milagres. Lanço - lhe um sorriso amarelo, afetada por mesmo após todos aqueles anos eu ainda não conseguir dialogar com uma mulher. Tinha de admitir que Heloísa era uma enfermeira bonita, com sua ascendência mexicana, a pele morena, bronzeada de sol - só Deus sabe como -, longos cabelos negros encaracolados e olhos castanhos claros intensos.

Eu sabia que minha presença lhe afetava, sua respiração ofegava quando se aproximava de mim, e as vezes lhe arrancava um leve rubor de suas bochechas, eu quase podia sentir sua excitação.

Sim, eu a fazia molhar as calcinhas.

Sorrindo para mim mesma sigo em direção ao bebedouro e engulo alguns comprimidos de Rivotril. Quando foi que eu comecei a perder tanto o controle de tudo na minha vida?

O alarme da emergência começou a apitar.

Chego a sala de cirurgia junto do Dr. Pascoal, que parecia exausto, mesmo acabando de acordar de uma soneca após 32 horas contínuas em plantão.

- qual o relatório? - pergunto a ele que tentava desesperadamente pentear os longos cabelos loiros com os dedos.

- um acidente de avião perto do aeroporto de Guarulhos, o piloto morreu no local e as vítimas que sobreviveram foram subdivididas em hospitais locais, dois dos casos mais graves vieram para cá, uma garotinha de sete anos com um traumatismo craniano grave e múltiplas e um homem de trinta e dois que teve parte do braço esquerdo amputado - ele me entrega a ficha de ambos e entramos na sala de cirurgia.

- terão de ser submetidos ao coma induzido? - pergunto e ele assente.

Pascoal parecia esgotado, e de fato, todos nós estávamos. Resolvi tentar conversar com ele para impedir que ele dormisse.

- E como está o Sebastian? - pergunto sobre o meu velho amigo que, coincidentemente era namorado de Pascoal. Ele me olha fixamente e quase tenho medo de ter ido longe demais com aquela conversa e ter ofendido ele mas seus olhos se fixam para além de mim como se ele pensasse no que dizer e logo seu rosto se ilumina e ele esboça um sorriso.

- pensei que tivesse esquecido dele, as vezes eu também queria esquecer - Pascoal responde com sua voz um pouco mais baixa.

- ah meu Deus, vocês terminaram? - pergunto tentando não ser indelicada - eu sinto muito.

Logo os enfermeiros apareciam na sala de cirurgia e traumatologia nos apresentando os pacientes e logo que vejo a mulher que vinha na frente eu quase infarto.

- Julie? - solto um gritinho, quase que um sussurro abafado, uma oitava a minha própria voz.

- você conhece a paciente ? - a enfermeira pergunta enquanto tirava sua blusa ensanguentada e contenho o meu ciúme e o meu punho se fechando antes que eu socasse a cara dela por ousar tocar na minha mulher. Aquela era uma emergência.

Julie, ah Julie. Por favor não, por favor não. Você não pode morrer. Não pode. Não pode. Não pode.

Sussurro quase que em uma oração ao primeiro Deus que me respondesse primeiro.

Ela teve múltiplas fraturas, uma hemorragia interna muito grave e teria de ser submetida ao coma induzido.

Orava todos os dias, para que ela sobrevivesse até que em uma noite, Madson, a enfermeira chefe me ligou avisando que Julie estava bem, tinha acordado do coma e se recuperava.

Dentro de duas semanas ela voltaria para casa.

Enlaces de uma PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora