Capítulo 8 - Capítulo 6

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– OI, KAROL! – Ele deu um sorriso forçado, quando ela se aproximou. A rua inteira havia comparecido para assistir ao leilão, e Karol havia desviado sua caminhada na praia naquele dia para dar uma olhada; era o que as pessoas em Melbourne faziam em uma tarde ensolarada de sábado, quando uma casa ia ser leiloada.

– Oi. – Ela foi educada, e disse olá e então passou por ele, mas Ruggero a interceptou.

– Você deveria estar de repouso.

– Eu estou andando pela casa, em vez de andar pela praia! – Karol argumentou. – E de qualquer modo, estou me sentindo claustrofóbica. Estou ficando maluca, trancada dentro do apartamento, e pelo menos eles têm ar-condicionado nesta casa. – Então, ela sorriu para ele. – Obrigada por ontem, a propósito.

– Sem problemas. Fico feliz porque as coisas vão ser bem aproveitadas.

– Eu me referi ao sermão sobre ir ver o médico. Telefonei para o meu obstetra, e marquei uma consulta para segunda-feira.

– Isso é ótimo.

– Eu vou para casa arrumar minha mala quando sair daqui; tenho a impressão de que eles não vão me liberar.

Então, ela se afastou, para explorar a casa com o resto da multidão, e enquanto os olhos de Ruggero deveriam estar voltados para a competição, estavam focados nela.

Ele a queria.

Enquanto andava pela casa, examinava os quartos, caminhava pelo jardim, eram os comentários de Karol que ele queria ouvir, e não os do corretor; e ela não parava de falar...

Era impressionante. O apartamento inteiro dela caberia dentro do salão principal, e Karol tinha certeza de que se pudesse simplesmente deitar naquele adorável sofá branco e admirar a vista da água até segunda-feira, com alguém descascando uvas para ela e massageando seus pés, a pressão dela teria caído muito na hora da sua consulta médica!

Ela adorava visitar casas, andar por elas, fingindo que pertenciam a ela e desejando que pudesse ser verdade. A cozinha, entretanto, era um buraco, mas o corretor os fez passar rapidamente por ela e dirigiu-os para o andar de cima. O lugar era de cair o queixo; cada cômodo da casa, até mesmo o quarto principal, tinha vistas para a praia!

– Não há cortinas – Karol observou, e Ruggero escondeu um sorriso, porque ele tinha dito exatamente a mesma coisa da primeira vez que visitara a casa; só que o corretor não o havia ignorado! – Como você pode ter janelas do chão ao teto em um banheiro, sem cortinas? – Karol insistiu.

– O vidro é tratado – sibilou o corretor. – Você pode ver o lado de fora, mas ninguém pode ver o lado de dentro. Agora, seguindo em frente, temos o quarto principal!

– Divino! – Karol ficou sem fôlego ao entrar. Havia uma cama grande no centro do quarto, e havia uma varanda, com uma mesinha e cadeiras... – As janelas são tratadas aqui também? – Karol perguntou, enquanto o corretor prendia o fôlego de irritação.

Ela realmente o fazia rir.

E ele realmente sentia falta dela.

Ela estava fazendo anotações em sua listinha novamente, como se fosse uma candidata séria a comprar a casa, e ele podia ver o corretor apertando os lábios quando ela saiu audaciosamente para a varanda, em vez de seguir o resto das pessoas ao longo do corredor.

– Você pode se juntar ao grupo, por favor? – o corretor estourou, e Ruggero rangeu os dentes.

– Este aqui daria um ótimo quarto de bebê... – Apesar do estado óbvio dela, o corretor se dirigia a um jovem casal e ignorou Karol quando ela lhe fez uma pergunta. Como ela queria ter ganhado na loteria, para dar o lance vencedor e apagar aquela expressão superior do rosto arrogante dele, e fazê-lo tremer de raiva. Ruggero viu o rosto dela ficar vermelho quando o corretor a ignorou, e então olhou nos olhos dela e deu uma piscadinha.

Juntando Peças do Amor... (Ruggarol)Onde histórias criam vida. Descubra agora