*02 de Junho de 2016*
Karol Sevilla’s Point Of ViewOntem dormi um pouco tarde, resultado acordei muito tarde, cinco da tarde, como já tinha perdido meu dia inteiro, fiz minha higiene pessoal, me vesti e fui “almoçar” no mesmo restaurante de ontem.
Fiz meu pedido e percebi que aqueles dois caras de ontem novamente me olhando, ignorei mas me senti muito mais desconfortável que na noite anterior, pode ser pelo fato de agora estar de frente, cara a cara, para eles.
Minha comida chegou, comi assistindo Tv passava um noticiário local falando sobre a Máfia, sim, eu falo Italiano fluente, pode ser loucura minha mas quando o Chefe X foi mencionado percebi um certo incomodo por parte daqueles caras. Terminei de comer paguei a conta e fui para o hotel. No meio do caminho vi alguns caminhões e tratores impedindo a passagem, e as calçadas interditadas.
- Moço, não posso passar por aqui – Perguntei apontando para a calçada.
- Infelizmente não senhorita, estamos concertando uma tubulação e corre o risco de um buraco abrir nas calçadas por aqui – Apontou uma área – Se seu destino ficar para lá, aconselho ir pela rua de baixo.
- Obrigada, irei por lá – Ele me respondeu com um “Magina” e voltou ao que fazia.
Dei meia volta e fui pela rua de baixo, teria que andar bem mais, mas precisava ir para o hotel antes de fazer o que eu queria. Estava passando por um beco quando senti meu braço ser puxado. Os caras do restaurante.
- ME SOLTA – disse me debatendo contra ele que me “prensava” na parede
- Tão bonitinha- Falou enquanto passava o polegar na minha bochecha- Será que é boa de cama também? – Me apertou mais contra a parede
- ME SOLTA, POR FAVOR. ALGUÉM ME AJUDAAAA. SOCORRO. – O pânico já tinha me preenchido, lágrimas já saiam dos meus olhos.
- Ah para, você vai adorar
- ALGUÉM ME AJUDAA – Ele logo tampou minha boca, e começou a beijar meu pescoço, a diferença de força era nítida e mesmo que eu me soltasse tinha o amigo dele me pegaria. Senti minha blusa ser rasgada, comecei a gritar loucamente, se alguém não me ajudasse não teria mais jeito, eu seria estuprada no meu segundo dia aqui. Eu fechei meus olhos com força, se aquilo fosse acontecer não queria ver. Estava chorando muito, e gritando o quanto podia. Ouvi uma voz masculina gritar na entrada do beco.
- SOLTA ELA DESGRAÇADO - No mesmo instante os dois correram, eu tremia muito, chorava, minhas pernas estavam totalmente bambas, fui dar um passo em direção ao “meu herói” e cai sendo segurada por ele.
- Ei ei, calma. Você consegue andar até o carro? – Assenti mesmo não sabendo se conseguiria, ele tirou sua jaqueta e me obrigou a colocá-la me levando até seu carro.
Ruggero Pasquarelli’s Point Of View
Minha manhã foi muito tranquila, fui para o escritório e resolvi algumas pendências e lá para umas 5 da tarde quando a fome bateu fui almoçar. Se você um dia comandar uma Máfia, o que eu acho bem improvável, você vai ter que fazer cobranças, o que é bem chato, menos quando tem que matar alguém aí fica interessante. Estava a caminho da casa de um cara que devia para gente, até que fui me aproximando de um beco e comecei a ouvir gritos, logo percebi que se tratava de uma mulher, e desde pequeno meu pai me ensinou que NUNCA devemos levantar a mão para uma mulher e também eu tenho uma arma não estaria me arriscando tanto.
Entrei no beco gritando e logo reconheci a menina e o cara, Karol e Enzo, ele e seu amigo provavelmente o Mattia fugiram, me aproximei dela que me encarava com seus lindos olhos verdes, que agora não tinha brilho nenhum. Ela tentou andar até mim mas caiu -deve estar em choque- pensei comigo mesmo. Reparei que sua blusa tinha sido rasgada, fiz ela vestir minha jaqueta e a levei para meu carro. Ela se sentou no bando do passageiro e eu me direcionei ao do motorista.
- Você consegue me falar onde é sua casa, consegue me levar até lá?
Para minha (não) surpresa, não obtive resposta.
- Olha, vou te levar para o meu apartamento, quando você se acalmar te levo para casa.– Ela assentiu levemente
APARTAMENTO DO RUGGERO
-Chegamos- A ajudei a sair do carro. –Você ta segura agora, pode me dizer seu nome?
-Karol- Disse em um sussurro
-Karol, imagino que você queira tomar um banho, tenho umas roupas da minha irmã que deve te servir, fica aqui que vou buscar- Me virei em direção ao quarto de hospedes mas fui impedido.
- Você já me ajudou muito, não quero incomodar, acho que já estou bem pra voltar pra casa, mas aceitaria uma água.
- Eu pego água pra você, mas antes tem que aceitar ir tomar banho, eu pego um short e uma blusa dela, depois compro novas, não é um incomodo. E eu imagino que você ta se sentindo suja.
- Tá tão na cara assim? – Assenti e ela riu.
Busquei sua água, e ela concordou em tomar banho, lhe dei uma toalha, sabonete e uma roupa. Fiquei na sala a esperando, recebi uma mensagem do Agustin me pedindo para ligar para ele, liguei, mesmo sabendo que não poderia tratar dos meus assuntos com ela aqui.
-Fala viado
-Mano to muito entediado, to indo aí.
-Não, você não pode
-Oxe, quem tá aí?
-Lembra da Karol do Uber? – Imaginei um sorriso malicioso estampado em seu rosto- Não é o que você ta pensando, eu tava indo na casa do Marcos, aí ouvi uns gritos e fui ver o que era. Cara, ela tava quase sendo estuprada.
-Que horror, mas por que ela ta aí?
-Ela não me falou onde mora, então trouxe ela pra cá. Ela ta vindo. Tchau
- Tcha...
- Se sentindo melhor?
- Um pouco, obrigada de novo por ter me ajudado, nem sei como agradecer.
-Não precisa agradecer. Quer que eu te leve pra casa?
-Sim, mas que horas são?
- Sete da noite, aqui é longe de onde te encontrei.
-Entendi, vamos?
O caminho até seu hotel –ela não mora aqui, é só uma viagem- foi tranquilo, a gente conversou um pouco, parecíamos até amigos já.
-É aqui, é... eu não quero me apropriar das roupas da sua irmã, nem quero devolver sujas, preciso de uns dois dias, será que a gente se vê de novo?
-É uma ótima desculpa para mim pedir seu número- Ela riu, sempre fui muito direto.
Dei meu celular para ela que salvou seu contato rapidamente.
-Espero te ver de novo, em uma situação melhor – Ela corou.
-Eu também, me mande mensagem. Tchau Rugge.
Meu apelido soou também em sua voz doce, credo Ruggero quanto melosidade.
-Tchau Karol.
Dirigi de volta para casa, tomei banho, mexi um pouco no computador e fui dormir, assim que deitei minha cabeça no travesseiro as cenas de hoje começaram a passar na minha mente e foi aí que eu percebi que aqueles olhos verdes me dariam trabalho.
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Criminal
Mystery / ThrillerEle é Italiano e faz parte da máfia mais procurada do mundo. Ela é Argentina filha de Robert agente do FBI responsável pela caçada à Máfia Italiana. Ele vive para o crime, mata, rouba, sequestra, o que for preciso. Ela é o doce em pessoa, se preo...