*08 de Junho de 2016*
Ruggero Pasquarelli’s Point Of ViewAcordei cedo porque tinha que ir no escritório daquele filho da puta saber qual era a segunda condição. Fiz minha higiene pessoal tomei café da manhã e fui dirigindo até o endereço que estava no cartão.
- Pode entrar Senhor... Ruggero. Sala 4B – Disse um simpático senhor assim que me viu.
Entrei me deparando com uma sala muito mal organizada, com papéis jogados e livros tombados na estante, me deu foi vontade de arrumar aquilo.
- Tenho pressa, qual a segunda condição?
- Quem vai correr por vocês tem que ser uma garota.
- QUE? Nem temos mulheres na equipe.
- Se vira, arruma uma, coloca sua irmã pra correr sei lá. Ou é isso ou não vai ter corrida.
- Tudo bem, até amanhã – Sai bufando.
Cheguei ao escritório e Maria disse que Caro e Agustín já me esperavam, pedi para eles virem até aqui para mim falar sobre a condição, para o resto da equipe já havia contado.
- Fudeu, fudeu muito, fudeu pra caralho.
- Ok já entendemos que deu bosta, agora pode contar por favor.
- Frederico quer que uma garota corra pra gente.
- QUE? – Responderam juntos.
- Mas não tem garotas na equipe, e nem pensem em mim – Caro foi rápida em avisar.
- Eu pensei, mas sei que você não iria querer. E agora?
- Olha, se anunciarmos “Corra para a Equipe Vermelha de racha e ganhe uma noite com o Ruggero” acho que a gente consegue.
- Babaca – Ri e joguei uma almofada em sua cabeça.
Karol Sevilla’s Point Of View
Acordei mais ou menos dez e meia e depois de comer, tomar banho e me trocar decidi passar no escritório do Rugge para devolver as roupas de sua irmã, e pegar seu número de novo. Peguei um táxi e fui.
- Olá, eu gostaria de falar com o Ruggero. – Disse para a mulher na recepção
- Ah, você é a namorada que Malena comentou? Pode subir.
- Aaa, obrigada. – Não. Não sou a namorada.
Fui em direção a sua sala pois lembrava qual era e quando cheguei no corredor comecei a ouvir sobre um racha que eles precisariam de uma garota pra correr pra eles, aparentemente aquilo tava gerando uma grande confusão, eles falavam alto, consegui identificar tranquilamente a voz do Agustín, da Caro e do próprio Ruggero. Cheguei perto da porta e vi a Caro e o Agustín de costas pra mim e o Rugge com a cabeça deitada na mesa.
- Eu realmente não sei o que a gente faz. Não tem ninguém pra correr – Agustín falou com um tom preocupado.
- Sem problemas. Eu corro.
- KAROL? – Os três olharam em minha direção.
- Desculpa entrar assim, a secretária me mandou subir.
- De boa, mas como você sabe do que estávamos falando? – Rugge levantou.
- Gritando você quis dizer, qualquer um no corredor ouviria.
- E você corre mesmo? – Foi a vez de Agustín perguntar.
- Sim, em New York eu e meus amigos corremos, só diversão, não competimos com ninguém nem entre a gente, corremos por correr.
- Você faria isso pela equipe deles? – Caro perguntou
- Claro, é uma das coisas que mais gosto.
- Mas é perigoso. – Rugge falou preocupado
- Eu sei, to me oferecendo por minha conta e risco.
- Se você tiver certeza, aceitamos.
- Eu tenho Rugge, quando é a corrida.
- Amanhã. – Arregalei os olhos, já?
- Eu tive a mesma reação. – Agustín deu um tapinha em meu braço.
- Eu vim devolver isso. – Mostrei as roupas – Obrigada aos dois.
- Magina, estamos sempre aqui. E nós vamos indo – Pegou o braço de Agustín e saiu o puxando.
- Senta aí se quiser – Rugge falou sentando em uma cadeira em frente a sua mesa e apontou o sofá ao lado, percebi seu olhar triste.
- Ta tudo bem? Você ta meio pra baixo.
- Ta... ta tudo bem sim.
- Ok, não vou insistir. Quero pedir uma coisa – Ele murmurou um “pede” – Seu número. Meu celular caiu ontem e quebrou inteiro, não teve salvação, recebi mensagem de manhã que nunca vou saber o que era. – Vi sua expressão se tranquilizar, ele pediu meu celular e anotou seu número.
- Quer passar a tarde comigo? – Perguntou me devolvendo o celular.
- Pode ser.
- Vou te levar ao meu lugar preferido dessa cidade. Parco degli Acquedotti.
Eu já falei que amo quando ele fala alguma palavra em Italiano? A gente só conversa em inglês, mesmo eu falando sua língua natal ele prefere falar a minha, então só ouço seu sotaque quando ele se refere a algum lugar.
Ruggero Pasquarelli’s Point Of View
Levei Karol para o meu parque preferido, desde que me entendo por gente eu, meu pai e Caro sempre passamos as tardes aqui. A tarde foi ótima, sua companhia me fazia bem, ficamos sentados na grama conversando a maior parte do tempo só saímos para dar comida pra uns bichinhos que tinha por perto, nem sei quais eram mas a Karol quis ir.
Quando nos demos conta da hora já era seis da tarde, fomos jantar em um restaurante ali por perto mesmo. E de novo perdemos a noção do tempo, estarmos juntos fazia isso, começávamos a conversar e simplesmente esquecíamos que as horas passam. Ficamos até as nove conversando no restaurante, grande parte dessas 3 horas foram eu tentando convence-la de não correr, mesmo sabendo que ela era nossa única opção ficava com medo, nossas corridas são muito perigosas e Frederico é meio louco, não quero que ela se machuque.
Já eram quase dez horas quando deixei Karolzita em sua casa e segui para a minha para descansar, amanhã seria um longo dia.
Karol Sevilla’s Point Of View
Depois de passar a tarde com o Rugge só pensava em dormir, estava cansada e ansiosa para amanhã. Depois de um bom banho já estava deitada assistindo Tv esperando o sono vir quando meu pai me ligou.
-Karol: Oi Pai
-Robert: Oi filha tudo bem?
-Karol: Tudo sim e com o senhor?
-Robert: Tudo ótimo. Filha preciso que a partir de agora você tome muito cuidado.
-Karol: Por?
-Robert: Descobri quem é o Chefe X, tome cuidado com todos aí, se ele te conhecer e souber que você é minha filha pode ser perigoso.
-Karol: E quem ele é?
-Robert: Logo vou dar uma coletiva de imprensa que será transmitida para o mundo todo, e aí você saberá. É confidencial ninguém pode saber. Era só isso meu amor. Fica bem.
-Karol: Ok, tchau pai, fica bem também.
Eu estava tão curiosa, finalmente meu pai conseguiu o que tanto queria e assim como ele eu também sempre quis saber quem é esse cara ou essa mulher, por que para se esconder tanto deve ser de mais.
Será que eu já passei por ele e não sei?
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Criminal
Mystery / ThrillerEle é Italiano e faz parte da máfia mais procurada do mundo. Ela é Argentina filha de Robert agente do FBI responsável pela caçada à Máfia Italiana. Ele vive para o crime, mata, rouba, sequestra, o que for preciso. Ela é o doce em pessoa, se preo...