Capítulo 18 - Day 17- When he least expect

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*17 de Junho de 2016*


NARRADOR

Era só mais um dia normal, os pássaros cantavam, vidas se encerravam e outras começavam, tudo seguia em sua ordem natural, Karol e Ruggero começavam seus dias tomando café no Starbucks e conversando sobre coisas comuns da vida, tudo na Itália estava tranquilo, já em New York a cidade acordou um pouco mais agitada.

- Como assim as provas sumiram? – Robert andava de um lado para o outro enquanto falava ao telefone.

- Elas sumiram chefe, eu fui pegar para revê-las e não tinha nada nos arquivos.

- Se eu chegar aí e elas não forem dadas na minha mão, vocês todos vão ser demitidos. ARQUIVO NENHUM SOME DO DIA PRA NOITE ANDREW, DESCOBRE ONDE ELAS ESTÃO PRA ONTEM.

Robert saiu para o trabalho desnorteado, sem as provas que lutou tanto para conseguir ele não tinha nada contra o Ruggero, nada para incriminá-lo, se antes o mafioso Italiano parecia intocável, agora não só parece. Mas Robert era conhecido por ser cuidadoso, ele tinha uma carta na manga, não sabia se funcionaria, mas em último caso essa nova prova poderia ser o fim de Pasquarelli.

(...)

Eram 10 da manhã e Karol e Ruggero caminhavam em direção à uma sorveteria, tinham acabado de tomar café da manhã mas a morena insistiu que precisava tomar um sorvete de uva com chocolate, Ruggero não entendia como aquilo tudo cabia no estômago da namorada, desde que se conheceram ele a via comer de tudo e várias vezes, não conhecia um prato que ela não gostava.

- Você vai passar mal Ka.

- Relaxa, eu to acostumada.

- Se você passar mal, eu vou falar um grande EU TE AVISEI. – Disse a última parte gritando.

- Ruggero para, ta todo mundo olhando. – Karol não sabia se ria, se se escondia, se tomava seu sorvete e acabou fazendo tudo junto que resultou em uma Karol caída, suja de sorvete e engasgada.

- Para Karol, ta todo mundo olhando. – Imitou o jeito da menina falar, a ajudando a levantar e dando tapas em suas costas. – Vem, vamos passar no apartamento pra você trocar essa blusa. – Karol apenas confirmou com a cabeça, estava morrendo de vergonha da cena que protagonizou e ainda teve que aguentar as risadas de Ruggero por todo o caminho.

- Se um dia você passar por isso eu não vou nem ajudar. – Disse a morena entrando em seu quarto para trocar de blusa.

- Aceito. – Respondeu parando de rir para beber um copo de água.

- Pronto, podemos ir. – Karol gritou sentando no sofá.

(...)

- Andrew, onde estão essas provas? – Robert já tinha perdido toda sua paciência.

- E-eu não sei chefe, eu já olhei em todas as câmeras não tem vestígio de ninguém. Quem roubou sabia o que tava fazendo.

- Sem isso eu nunca vou conseguir prender aquele vagabundo, não é possível, como ele mandou alguém aqui tão rápido. Vamos tentar recuperar os arquivos no sistema do FBI, se não conseguirmos a gente começa a investigar o roubo.

Andrew e os outros integrantes de sua equipe se concentrou em fazer o que o chefe havia mandado, todos eles sabiam como essas provas eram importantes para o futuro do caso em que Robert se dedica à quase 3 anos de sua vida.

Robert foi para sua sala, ele sentia um misto de preocupação e raiva. Como alguém conseguiu invadir o FBI? Como alguém sumiu com todas as provas? Havia um traidor em sua equipe? O que ele vai fazer para poder prender o mafioso? Tantas perguntas sem nenhuma resposta, para Robert só restava uma saída.

- Talvez nem tudo tenha se perdido Andrew.

- Você conseguiu recuperar os arquivos chefe?

- Não, mas eu tenho uma última arma e quando ele menos esperar, vou usá-la. Ele pode ter ganho essa batalha, mas não o deixarei ganhar a guerra tão fácil assim.

- Você nunca perde chefe.

- Nós nunca perdemos Andrew.

(...)

- Chefe, deu tudo certo, não existem mais provas contra você.

- Eu sabia que podia contar com sua ajuda, pode ter certeza que você será muito bem recompensado.

- Olha só o casal 2016. – Lionel disse entrando na sala do Ruggero. – Vim conversar com você princesa. – Disse se aproximando de Karol que levantou e foi em direção ao Ruggero.

- Vocês não tem nada pra conversar. – Ruggero agora estava na frente de Karol que com sua pouca altura fazia com que ficasse totalmente escondida atrás do namorado.

- Vai dar uma de namoradinho ciumento mesmo?

- Lionel, vai embora daqui agora. – Ruggero estava quase perdendo a pouca paciência que possuía.

- Não precisa ser grosso Ruggerinho.

- Acho que não preciso te lembrar do que você fez com ela, eu tenho motivos suficientes pra não querer você por perto.

- Ai. – Colocou a mão sobre o peito. – Assim você me ofende. – Soltou uma alta gargalhada. – Princesa, você não vai ficar grudada com ele 24 horas por dia, essa conversa ainda vai sair.

- Eu te odeio Lionel. – Disse Karol expressando todo seu nojo, que ficou visível não só nas palavras mas em sua expressão facial também.

- Eu sei que não. Beijo princesa, tchauzinho casal.

- Eu posso matar ele? – A pergunta de Karol fez Ruggero girar sua cadeira e a encarar. – É sério, seria ótimo não ouvir essa voz nojenta nunca mais.

- Não era você que achava a morte desnecessário?

- Eu abro exceções. – Sorriu de forma psicopata que quem visse aquele conversa acharia que ela é a vilã e ele o mocinho.

- Deixa essa parte comigo. Se quiser mesmo não seria um problema pra mim.

- Vamos fazer uma espécie de acordo, mais um dele e ele morre, da pior forma possível.

- Fechado. – Apertaram as mãos para selar o acordo. – Nunca imaginei que você me mandaria matar uma pessoa, você é o oposto disso.

- Talvez eu não seja tão fofa quanto aparento. – Disse arqueando a sobrancelha, uma mania que pegou do Ruggero.

Após jantarem em um restaurante qualquer foram para casa, antes de dormir jogaram algumas horas de vídeo gama, um vício compartilhado entre eles, e quase duas da manhã foram dormir, e dessa vez juntos, as coisas pareciam finalmente estarem se acertando.

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