Capítulo 20 - Day 19- It'll be different now

323 24 2
                                    

*19 de Junho de 2016*


NARRADOR

O tempo em Roma amanheceu escuro, tudo indicava que uma tempestade estaria se aproximando, Ruggero acordou avaliando o céu pela janela, já imaginava ficar o dia todo dormindo ao som da chuva, mudou sua posição na cama e voltou a dormir, quando acordou para trabalhar viu que sua ideia havia se concretizado, uma forte tempestade caía lá fora, o vento parecia que iria quebrar as árvores a qualquer momento, as pedras de granizo batiam contra a janela cada vez mais forte e os raios iluminavam o quarto mesmo com a luz do dia já o iluminando.

Karol acordou em um pulo quando um trovão ecoou pelo quarto, Ruggero que mexia no notebook ao seu lado quase derrubou o mesmo quando se assustou com a namorada, os sustos deram início à uma crise de risada que acabou em uma conversa sobre o céu da Califórnia os fazendo esquecer a chuva e a hora.

(...)

- Não é possível que mesmo com minha declaração Pasquarelli não mexeu um dedo contra o FBI. – Robert falava bravo tentando manter o tom de voz baixo.

- Ele deve imaginar nossos planos, ele é esperto, sabe que em qualquer deslize nós conseguimos chegar até ele. – Andrew tentava controlar o chefe.

- Eu não entendo, ele parece agir tão cuidadosamente, não deixa falha nenhum, mas mesmo assim conseguimos o descobrir, mas só temos quem é o chefe e nada que prove com certeza.

- Talvez ele tenha armado pra gente também, ele pode ter se preparado, nos deixando como se estivéssemos só espalhando um boato. Não sei se me entende mas vejo isso como uma forma dele mostrar sua superioridade ao FBI.

- Eu preciso urgente de um plano, não posso prolongar muito mais esse caso.

- Concordo, vou para minha mesa ver se acho alguma coisa interessante. – Andrew disse saindo da sala de seu chefe.

(...)

- Oi Kaaaaaa. Meu Deus não aguentava mais não falar com você. – Valentina gritou ao Karol atender o Facetime.

- Eu também não.

- E as provas lá que sumiu. Acharam?

- Não. – Ruggero gritou na porta do quarto.

- Vira a câmera Karol, quero ver meu cunhado. – Disse fazendo Karol revirar os olhos e virar a câmera. - Se eu não soubesse o que ele faz, nunca suspeitaria que envolve crimes.

- Ouço muito isso, vou deixar as meninas conversarem, qualquer coisa eu to na sala.

Ruggero foi para sala e ficou vendo tv até seu amigo também ligar.

- Se eu falasse que vou pedir sua irmã em namoro o que você falaria?

- QUE?

- Imaginei, isso é um “Eu apoio querido Agustín” ou é um “Chega perto dela que eu te mato”.

- Isso é um super apoio Gustinzinho mas se você magoar ela eu te mato.

- Vamos falar de trabalho, pra parecer que a gente é sério. E nosso parceiro estadunidense como anda?

- Muito bem, bem até de mais, sumiu com as provas e vai continuar me informando, se ele tivesse passando a perna na gente eu não ficaria surpreso.

- Não duvido muito, mas acho que ele não arriscaria tanto, envolve muita coisa, trabalho, a mãe dele e claro a sua própria vida.

- Espero que ele também pense assim.

(...)

- Tive uma ideia, preciso de você pra executá-la, vem até minha sala o mais rápido possível. – Robert disse chamando Andrew por telefone.

- Antes de me contar sua ideia, infelizmente não achei nada de útil, é como se ele e a máfia não existisse.

- Eu acho que ele posso ter um ponto franco.

- A irmã? A mãe?

- Não, elas a gente nunca acharia.

- Qual é então? Não acho que ele tenha um cachorro que a gente possa matar como um aviso. – Robert respondeu a ideia de seu funcionário com uma cara confusa. – Cachorros são pontos fracos. – Disse dando de ombros.

- Minha filha. – Andrew arregalou levemente os olhos. – O nosso foco não é mais o Pasquarelli. O nosso foco vai ser diferente agora, vai ser destruir o “namoro” dele. – Fez aspas ao falar a palavra namoro.

- E onde eu entro?

- Você vai pra Roma, e vai conquistar minha filha.

- Pera, oi?

- Exatamente o que ouviu, conquiste ela, você pega um voo hoje mesmo, vai chegar lá pela manhã, quanto mais rápido melhor, eu pagarei todos seus gastos na viagem, tente primeiro descobrir dados importantes se não conseguir destrua aquele casal.

- Entendido, posso ir pra casa fazer minhas malas?

- Claro, e lá pode fazer frio a qualquer momento, não esqueça um casaco.

- Pode deixar, depois vou direto para o aeroporto, te aviso quando chegar e pôr seu plano em execução.

(...)

O dia passou rápido, o tempo chuvoso não mudou em momento nenhum, Karol e Valentina se falaram quase a manhã toda só parando quando a fome pegou as duas. Ruggero não foi para seu escritório e resolveu o que precisava pelo computador ao lado de Karol enquanto ela jogava vídeo game. Já era nove da noite quando eles estavam junto com Caro e Agustín na casa de Caro.

- Bom, quero aproveitar que o Rugge ta aqui e que ele não ta com uma arma e fazer uma coisa. – Agustín disse levantando e levantando Caro junto. – Então, quer namorar comigo? – Disse tirando uma caixinha do bolso*. – Se você não quiser eu entendo e o anel é só representativo porque eu odeio anel e inclui aliança.

- Quero. – Caro interrompeu Agustín que se atrapalhava com suas palavras.

- Mais um casal. – Ruggero disse destrancando a porta de seu apartamento e dando passagem para Karol.

- Sempre shippei confesso. – A morena respondeu batendo palminhas.

- Shippo mais a gente. – Ruggero disse baixo sentando no sofá.

- Eu escutei ta, talvez eu concorde, mas shippo mais Larry.

- Que é isso?

- Nada, vamos dormir. – Saiu rindo em direção ao quarto.

(...)

- Chefe, liguei só pra avisar que já estou embarcando.

- Ok, qualquer dificuldade com ela me liga que eu ajudo.

- Pode deixar, meu voo de volta é pra daqui uma semana, em menos tempo vou conseguir o que precisamos. – Riu fracamente.

- Assim espero, faça boa viagem.

- Obrigada.

 CriminalOnde histórias criam vida. Descubra agora