Capítulo 15 - Day 14- I'm closer than you think

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*14 de Junho de 2016*


Karol Sevilla’s Point Of View

Acordei cedo por insistência do Ruggero, acho que ele ainda não aprendeu que eu não funciono antes das 10, mas mesmo assim me fez acordar as sete. Fiz minha higiene pessoal, me vesti e fui para sala.

- Bom dia flor do dia. – Ruggero disse sem tirar os olhos do video-game.

- Bom dia ta sendo pra quem ta dormindo, pra mim não ta nada bom.

- Ui, é sempre mal-humorada assim, vou rever de você morar aqui.

- Precisava me acordar sete da manhã. – Disse manhosa deitando no sofá.

- Precisava, e nem adianta deitar, vamos tomar café da manhã que eu quero te levar em um lugar.

- Eu não ia aprender a atirar?

- Ia não, vai. Mas antes vou te levar em um lugar. Levanta, vem. – Disse me puxando devagar pela mão.

- Chato.

- Linda.

Tomamos café da manhã enquanto conversávamos um dos principais assuntos era meu pai, apesar do Rugge negar uma parte de mim ainda acredita fielmente que ele acha que eu sou apenas uma arma usada pelo meu pai para espioná-lo, mas pra não tornar nossa convivência ruim resolvi ignorar meus pensamentos. Fomos de carro até o tal lugar, era realmente bem bonito, mas era uma praia, eu não tenho roupa de praia.

- Bem vinda à Sperlonga. Não é praia mais linda da Itália, mas fez parte da minha infância.

- Ruggero eu não trouxe biquíni.

- Não importa, eu queria que você conhecesse aqui, é um lugar importante pra mim, a gente não precisa entrar na água.

- Ta. Por que não consigo falar não pra você? – Disse a última parte alto contra a minha vontade.

- Sou irresistível.

- Não se ache.

Ficamos a manhã toda lá, era um lugar realmente incrível, o clima era bem fresquinho e mesmo com o sol forte,  não estava aquele calor insuportável. Só molhamos nossos pés no mar, Ruggero queria me jogar na água, mas ameacei gritar que ele tava me sequestrando, então não jogou. Já estávamos indo de volta para Roma, a viagem demora mais ou menos uma hora e quinze, o que pra mim é uma eternidade.

- Sabe o que eu não entendo. – Ele murmurou um “hum?” em resposta. – Como você consegue andar tão tranquilo mesmo todos sabendo que você comanda a máfia.

- Enquanto eles não tiverem provas das coisas que eu fiz eu não sou um risco, a polícia Italiana nem liga pra isso, eles já chegaram perto de nos pegar várias vezes e nunca terminavam as investigações, se ninguém provar que eu roubei ou matei não podem me prender, e modéstia à parte eu sei o que faço, duvido eles me pegarem.

- Você é tão confiante né, isso não pode te prejudicar um dia?

- Enquanto eu estiver focado no que eu faço e fazer direito não.

Depois de longas uma hora e quinze chegamos em Roma, não paramos no apartamento do Ruggero e fomos direto para um restaurante, já era duas da tarde e ainda não tínhamos comido nada além de uma água de coco.

- Não sei como você não engorda.

- Fica quieto, não posso ta com fome?

- Pode mas, como você consegue comer tudo isso, tipo, olha seu tamanho, como isso cabe em seus meio metro?

- Pasquarelli não me irrita. – Disse rindo.

- Qual é Sevilla, não fiz nada.

Ruggero Pasquarelli’s Point Of View

Depois de almoçarmos fomos para onde eu e o Agustín treinamos tiro, dirigi até lá e o caminho foi um silêncio, o que é muito irônico porque estar com a Karol é sinônimo de conversa o tempo todo.

- E aqui é meu playground e do Agustín.

- Bem comum.

- Qual você quer? – Disse segurando duas armas, uma dourada e uma branca com prata.

- Essa. – Ela disse tirando a minha arma da minha cintura.

- Haha, nem sonha.

- Ah, Ruggerinho por favor. – Disse fazendo voz manhosa e carinha de choro.

- A que raiva, não dá pra falar não. Toma, mas cuida do meu bebê.

- Eu sou irresistível.

- Não se ache.

- Eu? Jamais? – Disse se fazendo de desentendida.

- Vai, fica aqui. – Sinalizei um risco no chão. – Seu alvo é aquela garrafa, a mira arma é aqui. – Indiquei a ira. – Segura assim. – Coloquei a arma em sua mão do jeito certo e segurei por cima da sua mão fica atrás. – Quando você apertar o gatilho, vai ter um impulso, você vai um pouquinho pra trás, agora vou te segurar depois tenta sozinha. Vai, aperta. Aê. Agora vai sozinha. – Fui um pouco pro lado e esperei ela fazer o que eu tinha ensinado, no seu primeiro tiro ela já acertou a garrafa.

- Eu consegui. – Disse batendo palminhas.

- Arrasou amiga. – Disse com a voz um pouco afeminada.

Ficamos quase a tarde inteira lá, Karol realmente gostou de atirar, antes de voltarmos para casa, passamos no meu escritório, queria pegar uns papéis, assim que entramos no escritório, vi que tinha uns caras estranhos sentados no sofá da sala, passei o braço pelo pescoço de Karol e a puxei para mais perto até entrarmos na sala.

- Essa vai continuar sendo minha. – Vi ela fazer bico quando falei da arma. – Ela tem R.P grafado, é minha, mas vou providenciar uma pra você.

- A minha vai ter K.S?

- Posso pedir.

- Aaa, brigada. – Sorriu como uma criança ao ver doce. Já disse que amo esse sorriso?

Fomos para casa e enquanto preparava a janta Karol foi tomar banho, tentei fazer um espaguete leve, mamãe sempre diz que não pode comer coisa pesada antes de dormir, a gente obedece afinal ela é mãe eu não. Meus preparos foram interrompidos pelo meu celular que tocava loucamente.

-Ruggero: Alô?

-Número Desconhecido: Alô Pasquarelli, me reconhece?

-Ruggero: O que você quer Robert? Como você tem meu número?

-Robert: Quero você longe da minha filha, o número não importa.

-Ruggero: E se eu não quiser me afastar dela?

-Robert: Eu tomaria cuidado Pasquarelli, euestou mais perto do que você pensa.

-Ruggero: E eu estou com a sua princesinha, quem tem vantagem aqui?

Não o dei chance de resposta, deliguei e voltei a arrumar a mesa.

- Vamos comer?

- Vamos. Acho que ficou bom.

Depois que comemos, lavamos a louça, arrumamos a cozinha e fomos cada um para seu quarto dormir, joguei um pouco de vídeo-game antes porque essa é uma das minhas grandes paixões.

Isso tudo com o pai da Karol me deixa preocupado. Não quero me afastar dela, não posso me afastar.

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