Capítulo 28 - Day 26- It'd be so easy

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*26 de Junho de 2016*


Ruggero Pasquarelli’s Point Of View

Já era razoavelmente tarde quando eu finalmente acordei, abri a janela com cuidado para ver como o dia estava, escuro era uma ótima definição, por mais que dias nublados fossem os melhores, começar assim sempre era um sinal ruim.

- Belo dia pra morrer. – Virei assustado vendo Karol sentar na cama.

- Ta louca?

- Eu sempre falei que morreria em um dia escuro, pra todo mundo ficar mais triste ainda.

- Que horror Sevilla, vira essa boca pra lá. Se você morrer seu pai me mata.

- Ele já quer fazer isso comigo viva.

- Exatamente por isso. Vou pro escritório, quer vir? O Agustín vai ta lá sem fazer nada pra te fazer companhia.

- Eu vou, ganhar dele nos seus jogos se tornou meu passatempo preferido.

- Você é uma pessoa horrível Sevilla. – Disse rindo fazendo-a rir junto.

- Nunca disse que não era. – Piscou pra mim saindo do quarto.

Literalmente uma tempestade caia em Roma, estávamos em meu escritório, eu tentava resolver alguns problemas mesmo com a luz apagando a cada 10 minutos, enquanto Ka e Agustín jogavam algum jogo que haviam achado na minha prateleira.

- O Lionel ta me ligando. – Disse Karol chamando nossa atenção, Agustín falou pra ela pôr no viva voz e assim ela o fez. – Alô?

- Oi princesa, achei que não me atenderia.

- O que você quer?

- Te ver seria uma boa resposta mas acho que você não aceitaria.

- Parabéns, achou certo.

- Liguei por que alguém quer falar com você.– Se fez um silêncio no outro lado da linha. – Karol.

- Pai? – Maldição dos dias escuros. - Por que o senhor ta com o Lionel?

- Ele anda me informando muitas coisas úteis sobre seu namoradinho, você deveria fazer o mesmo viu.

- O Lionel não passa de um criminoso.

- Ruggero também não e com quem você dorme todas as noites? – Karol ficava vermelha cada vez que se irritava, ela já tava parecendo um pimentão.

- Por que me ligou? Por que você ainda procura saber de mim? Por que simplesmente não esquece que eu sou sua filha? Esquece que eu existo, seria tão fácil.

- E qual seria a graça de não acompanhar sua tristeza quando seu namoradinho for preso por mim?

- Eu te odeio. – Desligou jogando o celular longe e começando a chorar, fui em sua direção à abraçando sentindo Agustín também nos abraçar, pra ele a única coisa que ajuda nessas horas são abraços. – Por que tem que ser assim?

- Assim como Ka? – Agustín perguntou se soltando de nós.

- Quando a gente morava em Buenos Aires ele sempre me apoiava em tudo, nossa relação em família era tão boa, mas desde que nos mudamos pra New York parece que ele se virou contra mim e contra minha mão, nos tornamos segundo plano, ele não me apoiava mais em nada, isso quando ele lembrava da minha existência, tudo que eu fazia sempre tava errado, ele fazia eu me sentir um erro.

- Você sabe que suas férias tão acabando não é, saiba que não precisa voltar se não quiser. – Falei a abraçando novamente.

- Eu preciso voltar Rugge, seria incrível ficar aqui com vocês dois, com a Caro, mas minha mão ta nos Estados Unidos, eu tenho que ficar com ela.

- Eu só quero que você fique bem. – Disse lhe dando um beijo em sua testa.

- Eu sei, e eu vou ficar bem estando com ela. Agora chega de tristeza, liga pra Caro e vamos almoçar e fazer alguma coisa. – Disse autoritária.

- Pode deixar chefe. – Respondi rindo e fui ligar pra minha irmã.

- Quero dizer que ganhei Agustín. – Falou Karol enquanto ria.

- Como assim de novo? Esse jogo ta roubado, não é possível. – Ouvia enquanto falava com Caro.

Saímos para almoçar em um restaurante perto do apartamento de Caro, ficamos a tarde toda andando pela cidade e parando em alguns parques, só queríamos uma tarde agradável com sorvete e conversa, esse descanso faria bem pra todos nós.

Karol Sevilla’s Point Of View

Depois de passarmos a tarde toda andando por aí, Caro teve a ideia de fazermos uma noite de filme no apartamento dela óbvio que todos concordamos, noite de filme é sempre a melhor opção pra esquecer os problemas tudo.

Eu e Ruggero viemos pra casa pegar nossas coisas pra poder dormir lá, tínhamos que levar a máquina de pipoca de Ruggero que até hoje não sei porque ele tem isso, perdemos quase meia hora tentando descobrir como levar de uma forma que não caísse durante o caminho no fim deu tudo certo.

- Eu acho que deveríamos ver terror. – Sugeriu Ruggero.

- Ah não, tenho medo. – Disse o jogando uma almofada.

- Qual é Ka não é como se o bicho papão viesse te pegar. – Respondeu jogando a almofada de volta.

- Babaca, coloca terror vai.

- Esse Satanic parece ser bom. – Disse Agustín mexendo na televisão. – E lá vamos nós.

- É-é gente, posso falar uma coisa antes? – Caro perguntou se sentando no colchão.

- Claro que sim Caro. – Respondi me sentando ao seu lado, ela parecia nervosa.

- Aconteceu alguma coisa mana? – Ruggero e Agustín se juntaram à nós, eles já aparentavam muita preocupação.

- Então, anteontem eu fui comprar umas coisas pra fazer uma receita que eu vi, já era tarde, tipo umas onze da noite mas eu fui andando mesmo, por que é perto. Quando eu tava voltando tinha um cara loiro atrás de mim, eu achei que ele só tava indo no mesmo caminho, mas quando eu acelerei ele começou a acelerar também. Queria saber se ele é um de vocês.

- Certeza que é o Lionel. – Disse já nervosa.

- Caro, ele definitivamente não é um dos nossos. – Disse Ruggero receoso.

- Ele é um dos nossos inimigos, isso sim. – Completou Agustín.

- Olha Caro, ele é realmente perigoso e eu posso falar isso com toda convicção, então se ele te seguir ou fazer qualquer outra coisa, liga pra um dos dois.

- Ok gente, me sinto mais segura agora.

Ficamos vendo filmes até quase de manhã, passar o tempo com eles era sempre incrível, assistir filme então era a melhor coisa, tinha dublagem dos meninos, Caro e eu ficando bravas com os personagens burros, os sustos mais aleatórios que o Ruggero sempre caia, a trilha sonora que o Agustín fazia questão de criar e doía, doía que tudo isso estivesse acabando.

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