“- Estou de volta, sentiram saudade?
- Lionel, o que você ta fazendo na minha casa?”“Vi a imagem de Agustín só de bermuda com uma frigideira na mão...”
“Se eu sou um inimigo ou aliado? Fique com a dúvida.”
“-R”
“Os dias de Karol na Itália já estavam acabando...”
*23 de Junho de 2016*
Ruggero Pasquarelli’s Point Of View
Acordei ao ouvir o som do meu celular que tocava em um volume muito alto, atendi a ligação de um número desconhecido a deixando em espera para conferir se a Ka havia acordado com o barulho, vendo que não levantei e fui para sala para poder falar com calma.
- Alô? – Meu forte sotaque italiano surpreendeu até a mim.
- Matteo? Tenho informações do seu interesse.
- Quem é?
- Pra você continuar fugindo do FBI você vai precisar delas, me encontre hoje 6 da tarde no terceiro beco da segunda rua atrás de seu escritório, pode levar a namoradinha se quiser.
- Vou estar lá, mas quem está falan... – Não consegui terminar minha frase antes do telefone ser desligado.
Eu realmente podia confiar nele? A voz nem me era conhecida mas aparentemente sou conhecido pra ele, são muitos riscos e não sei se vale a pena só pra saber algo novo. Voltei para o quarto, Karol ainda dormia, me deitei ao seu lado, era horrível pensar que isso estava acabando, que logo ela não estaria mais aqui, era impossível ignorar mas parecia que era o melhor a se fazer, balancei a cabeça para afastar esses pensamentos e voltei a dormir.
Karol Sevilla’s Point Of View
Já eram meio dia e fazia vinte minutos que tentava acordar Ruggero, ele tinha compromisso exatamente agora com o Agustín mas nossa cama parecia bem mais interessante para ele.
Gritei, o chacoalhei até bater com o travesseiro em sua cara já havia feito e o máximo que recebi como resposta foi o travesseiro de volta, forcei minha mente para tentar descobrir um jeito de acorda-lo.
- SOCORRO RUGGE, O LIONEL TA AQUI. – Gritei com todo meu fôlego e vi Rugge levantar em um pulo da cama já procurando sua arma na cômoda.
- Karol Sevilla o que significa isso.
- Ruggero Pasquarelli você deveria estar no seu escritório com o Agustín à 5 minutos e não acordava de jeito nenhum, foi a única coisa que pensei. – Disse fazendo minha melhor cara de inocente.
- MEU DEUS ELE VAI ME MATAR.
- Eu apoio viu, porque olha, que sofrimento foi te acordar. – Disse sentando na cama vendo meu italiano correr desesperado para o banheiro. – Eu te recomendo não tomar banho, trânsito sabe.
- É verdade, eu passo um perfume bom e fecho. – Disse agora correndo em direção ao closet. – Ele não vai vir cheirar meu pescoço né, eu espero.
- Olha, eu espero que nem ele nem ninguém. – Vi ele se virar e piscar pra mim recebendo um travesseiro na cara. – Vai logo, que você ta só se atrasando mais.
- Fui. – Pegou a chave do carro e me deu um beijo antes de sair pela porta.
- Se cuida. – Gritei antes da porta se fechar.
O dia passou rápido, não vou mentir que não fiquei preocupada com o sumiço do Ruggero, depois de sair para encontrar Agustín não falei mais com ele, coloquei na minha cabeça que eles ainda estariam em reunião e tentei ignorar toda a minha sensação ruim e continuar jogando videogame tranquilamente.
As horas foram se passando, cada vez mais lentamente e cada vez mais a sensação ruim me machucava por dentro, era algo que eu não conseguia decifrar, talvez eu nem quisesse, eu só queria que parasse.
- Karol, eu não quero te assustar nem nada assim, mas você pode vir correndo pro meu apartamento? – Agustín praticamente gritava de tão desesperado que estava, senti minha garganta fechar e a sensação ruim que eu sentia sumiu, alguma coisa muito errada tinha acontecido e meu medo só aumentava com as possibilidades.
- Você pode me explicar o que está acontece... RUGGE O QUE FIZERAM COM VOCÊ. – Corri até a cama onde um Ruggero todo machucado tava deitado.
- Eu já falei pro Agustín que vou contar toda a história... ai... eu só... preciso de ajuda com isso. – Disse apontando pros machucados.
- E eu já falei que vou ajudar, mas a princesa não me deixa nem chegar perto com a água oxigenada. – Agustín respondeu cruzando os braços.
- Qual é, você tem a delicadeza de uma... mula. – Respondeu o italiano cortando as palavras.
- Ah mas agora que eu não ligo pros machucados mesmo. – Disse pegando sua caixa de primeiros socorros e sentando ao lado do amigo.
- Não deixa Ka. – Pediu rindo.
- Deixo, ah mas eu deixo. – Respondi e bati na mão de Agustín com Ruggero resmungando contrariado.
Um pequeno tempo passou e Rugge já estava sentado se preparando para contar o que realmente tinha acontecido.
- Vamos lá, história de fácil entendimento, sem perguntas durante o processo, obrigado. Hoje de manhã recebi uma ligação de alguém falando que tinha informações importantes e que eu gostaria de saber. Achei muito arriscado, não vou negar, mas resolvi ir até onde ele havia falado vai que era alguma coisa realmente importante. Eu fui, hoje seis horas, podia ta em casa com você – Olhou pra mim e sorriu – mas não, fui lá, quando cheguei não tinha ninguém, esperei quase meia hora e ninguém chegou.
- Por que você ficou esperando babaca? – Agustín perguntou chocado.
- Eu disse sem perguntas. – Era quase sete já e ninguém chegou, já tava saindo quando meu celular tocou, era ele de novo falando que teria que cancelar. Eu fiquei mais puto do que já tava mas quando ia sair daquele beco três caras com o triplo do meu tamanho me cercaram e deu nisso.
- Você tem arma. – Disse óbvia.
- Eu não levei nenhuma.
- Cara, eu não consigo definir seu nível de burrice. – Disse Agustín revirando o olho.
- Bom, acho que a gente já pode ir. – Disse Ruggero levantando da cama.
- Não, fiquem, já chamei a Caro, a gente pode ver uns filmes ou série, e você pode pensar em como explicar isso aí pra sua irmã. – Disse olhando sério para Ruggero.
O resto da noite foi baseado em risadas, nós quatro juntos sempre acaba assim e dessa vez com certeza acabou com alguma multa para Agustín. Voltamos para casa muito tarde e fomos dormir, a sensação ruim não voltou mais e eu fiquei realmente agradecida disso.
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Criminal
Mystery / ThrillerEle é Italiano e faz parte da máfia mais procurada do mundo. Ela é Argentina filha de Robert agente do FBI responsável pela caçada à Máfia Italiana. Ele vive para o crime, mata, rouba, sequestra, o que for preciso. Ela é o doce em pessoa, se preo...