Capítulo 26 - Day 24- You never fool me

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*24 de Junho de 2016*


Ruggero Pasquarelli’s Point Of View

Acordei totalmente dolorido, fui rápido ao banheiro, me vesti e fui direto ao meu escritório, sem avisar ninguém, nem mesmo Karol ou Agustín. É claro que eu estava bravo sobre o acontecido e é óbvio que eu já tinha toda uma vingança pronta na minha cabeça, não ia ser tão difícil executá-la só precisava estudar meus movimentos corretamente.

As horas foram passando sem eu perceber, estava concentrado nas tarefas que executava que acabei ignorando o passar do tempo e as ligações de Agustín que recebia, ignorando todas, não queria dar atenção ao meu celular, não naquele momento. Só o peguei quando vi Karolzita brilhar na tela.

- Oi minha linda.

- Cadê você?

- Eu vim pro escritório mais cedo.

- E não avisou ninguém? Nem o Agustín? Ruggero você já ta machucado demais imagina se...

- Ou ou ou, eu não te avisei porque você tava dormindo muito fofa e o Agustín eu esqueci.

- Só por favor toma cuidado.

- Prometo que vou. E você, ta tudo bem?

- Sim, eu falei com a Valu quase a manhã toda e agora acho que vou almoçar em algum lugar.

- Vou com você, te pego aí já já. – Karol riu alto e logo entendi o duplo sentido que ela viu na minha frase. – Você não era assim Sevilla. – Disse rindo.

- Acontece. Vou me trocar, beijo e tchau. – Disse e desligou antes de eu responde-la.

Fechei tudo que estava fazendo no computador, arrumei minha mesa, peguei minha arma afinal aprendi com meu erro de ontem e fui buscar Karol.

- Vim te pegar. – Disse sorrindo enquanto Ka entrava no carro, ela gargalhou jogando a cabeça pra trás e puta que pariu como eu amo essa risada.

- Gosto. – Respondeu piscando, não me mata Sevilla.

- Você viu que eu passei maquiagem? – Ela parou de mexer na rádio e me encarou. – É sério, pra esconder os machucados.

- Você passou as minhas maquiagens Pasquarelli?

- Então, eu acho que namorada é pra isso.

- Pra emprestar maquiagem pro namorado? – Respondi que sim com a cabeça. – Ok, aceito.

- Eu acho que vou rolando mesmo, mas eu nem comi muito. – Disse Ka antes de entrar no carro para irmos embora.

- Foram três sobremesas Sevilla.

- Ah é verdade. Não me arrependo. – Disse como criança. – Você vai pra casa?

- Não, vou voltar pro escritório, tenho que passar algumas coisas que fiz hoje de manhã pro Agustín. – Vi com canto de olho ela fazer bico. – Eu volto mais cedo, prometo.

Deixei Karol no apartamento e voltei pro meu escritório, eu queria terminar o que já havia começado e não tinha pensava em parar até estar pronto, não tinha falado com o Agustín e tava quase rezando pra ele não perguntar de mim pra Karol. Medo desnecessário já que quando entrei em minha sala ele estava lá, sentado na minha cadeira com os pés em cima da minhamesa.

- Que folga não?

- Vai Ruggero, me conta a verdade.

- Oi?

- É isso mesmo, sobre ontem. Vai, eu quero a verdade.

- Eu já contei ontem, pra você, pra Ka e pra Caro.

Você nunca me engana, desiste, você se engana, mas não à mim.

- Eu sabia que não ia conseguir esconder por muito tempo mesmo.

- To esperando.

- Então, eu fui pro beco na hora marcada, realmente ele demoro, mas chegou, era o tal do –R, Ramiro no caso ele tinha mesmo informações importantes, o Robert planeja um ataque à nós depois que a Ka for embora e o principal ele se uniu ao Lionel de alguma forma e agora o loiro é tipo um aliado do Robert porém o que nos convêm é que o FBI não pode sonhar com isso. O Ramiro pensou que seria melhor não sermos vistos juntos, então ele foi embora primeiro, era pra mim ter saído questão de 1 ou 2 minutos depois mas fiquei enrolando e quando fui sair dois caras tamanho do mundo me fecharam o Lionel tava com eles e o resto da história foi o que você já sabe.

- E sua arma? Eles roubaram?

- Não, eu esqueci mesmo.

- Cara, tu é muito burro. – Respondi jogando uma almofada em sua cara.

Karol Sevilla’s Point Of View

Fiquei a tarde toda sozinha o que resultou em mim dormindo grande parte dela, durante a manhã fiquei falando com Valu sobre todo tipo de coisa, é sempre bom colocar o papo em dia com sua melhor amiga mesmo estando longe.

Tomei banho e voltei para sala com o objetivo de ficar vendo série até Rugge chegar, o que já deveria ter acontecido inclusive, fui tirada dos meus pensamentos quando percebi que recebia uma ligação de minha mãe.

- Oi mamãe, aconteceu alguma coisa?

- Oi filha, não, nada, eu só queria falar com você. Ta ocupada?

- Não, eu tava só vendo série.

- Com o Ruggero?

- Não, ele ta no escritório.

- É sobre ele que eu quero falar e é importante.

- Não me assusta por favor mãe.

- Seu pai ta maluco, ele quer prender o Ruggero a qualquer custo.

- A gente sabe, o mundo todo na verdade, não entendo a necessidade do pai de expor tudo, é só pra inflar o ego dele cada vez mais?

- Você conhece ele, você sabe que sim. Mas o que me preocupa é que agora ele quer ir pra aí antes de você voltar, ele quer destruir o Ruggero e parece que não se importar se te destruir junto.

- Mãe, não precisa se preocupar ok? Oi Rugge.

- É sua mãe? – Assenti com a cabeça e coloquei no viva voz.

- Oi sogra. – Gritou para minha mãe.

- Oi meu genro querido. – Eles combinaram não é possível. – Não vou atrapalhar, tchau meus lindos, juízo.

- Sua mãe gosta de mim.

- É, ela gosta. Não deveria, como minha mãe concorda que eu esteja com um mafioso?

- O mafioso mais gato que você conhece.

- Eu não conheço mais nenhum pra compara. – Ele me olhou chocado pegando o notebook e sentando ao meu lado.

Nós ficamos literalmente duas horas vendo mafiosos e discutindo se eles eram ou não mais bonitos que o Ruggero, realmente foi difícil achar um que pudesse competir de forma justa, a maioria são velhos, tipo muito velhos.

Depois de conhecer todos os mafiosos (e mafiosas) possíveis, Rugge cozinhou pra gente poder jantar e depois ficamos jogando vídeo game até o sono bater. O mais triste disso tudo são as vezes que me lembro de que tudo está acabando e logo vamos ter um oceano nos separando.

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