Uma oferta tentadora!

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Quando Prim acordou não havia ninguém no quarto além dela, um pouco zonza ela se levantou e investigou pelo quarto para ver se Thorn se encontrava por ali, mas foi em vão, o quarto estava tão silencioso que era possível ouvir a conversa no quarto ao lado.

-Que estranho onde ele pode ter ido? – Prim se questionava, depois de alguns minutos ela ignorou o fato de ele não estar ali e não ter voltado ainda. – Bom, vou continuar consolidando meu cultivo depois da iluminação momentânea que eu tive.

Prim se sentou no chão na posição de lótus e se concentrou em guiar sua energia por seus pontos de acupuntura, logo após a energia entrar em contato com o primeiro ponto de acupuntura uma luz verde amarelada saiu de seu dantian e envolveu seu corpo inteiro. Depois do tempo de cinco respirações, Prim já tinha feito sua energia percorrer todos os pontos de acupuntura e retornar ao seu dantian, ela continuou com esse processo e ela sentia seus meridianos inchando e expandindo e sua energia sendo gradualmente aumentada. A cada ciclo completado era possível ver ondulações que se expandiam da camada que estava cobrindo o corpo de Prim, alguns pontos brilhantes circulavam próximo ao corpo dela, lembravam vaga-lumes em uma floresta.

Aqueles pontos brilhantes subiam e desciam conforme ela respirava e circulava seu poder, muitos pontos estavam concentrados pelo chão e se mexiam sem direção certa. O quarto já estava preenchido com a energia que estava sendo emanada de Prim, se alguém entrasse nesse quarto, ele se sentiria revigorado somente com a energia remanescente que Prim liberava, uma poderosa aura curativa podia ser sentida desde que ela começou a cultivar. Thorn estava se levantando da cadeira enquanto encarava aquela bela mulher em sua frente que com seus lindos olhos castanhos que se escondiam atrás daqueles óculos de armação grande o fitavam e um leve brilho de respeito podia ser visto quando analisado a fundo.

-Certo! – Thorn não tirava seus olhos da moça em sua frente. - Como eu lhe falei eu vou voltar ao meu quarto e depois mais eu voltarei para finalizar esse assunto contigo.

-Tudo bem, irei esperar ansiosamente. – A mulher largou sua xícara na mesa e um pequeno sorriso maroto permeou seus lábios enquanto observava Thorn saindo da cozinha. – Você é mais enigmático do que eu pensava. – Ela sussurrou.

Ela balançou a mão como se quisesse apagar do ar aquelas palavras que ela havia sussurrado a momentos atrás e sua mão repousou em seu peito como se quisesse sentir seu batimento cardíaco e sua expressão demonstrava anseio e preocupações, a conversa que ela teve com Thorn havia mostrado um caminho único para o futuro dela, mas ela ainda precisava negociar mais algumas coisas com ele e por isso ele iria voltar mais tarde.

Thorn chegou ao último andar do prédio, seu quarto era afastado da entrada do corredor, mas ao pisar no andar seu olhar se iluminou e sua expressão aparentava leveza. Ao entrar no corredor ele sentiu uma energia ligada a terra muito forte e ela vinha do seu quarto, o que significava que Prim já havia completado sua meditação e estava cultivando para firmar suas fundações. O que mais impressionou Thorn foi a pureza da energia que ela emanava, era como se ela já tivesse atingido o sexto nível do Fruto Divino.

Sua mão repousou na maçaneta do quarto e ele abriu a porta, uma grande onda de energia vazou instantaneamente do quarto e fez com que seus cabelos flutuassem devido ao choque inicial. Quando essa energia entrou em contato com seu corpo ela se fixou e extinguiu qualquer ferimento ou afecção que ele tivesse e ele ficou realmente espantado com a pureza dessa energia, mas logo seu espanto foi substituído por orgulho e admiração, pois estava explicado o porquê de tal energia tal pura.

No meio do quarto Prim estava sentada e jogava sua energia em um nível elevado que uma respiração e meia era o necessário para que sua energia percorresse seu corpo inteiro e um novo ciclo se iniciasse. Thorn ficou parado ali na porta mesmo, mas ele observava Prim e o estado que ela se encontrava. Quem a via de fora iria ficar espantado, era como se uma árvore antiga tivesse sido plantada no meio do quarto, o cheiro de relva molhada podia ser sentido e o orvalho da manhã entrava em contato com a pele, algumas raízes haviam sido criadas nos pés de Prim e a camada que inicialmente tinha tons de verde e amarela se tornou um verde claro e havia grudado em Prim, os pontos amarelos que lembravam vaga-lumes piscavam e se chocavam uns com os outros.

Shine and DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora