Recolhimento da Alma

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Prim já havia acordado a algumas horas e estava aflita por não ter notícias de Thorn, Rebecca voltou a trabalhar na cozinha, já que tinha muito serviço acumulado ela pediu para que Prim a ajudasse.

-Rebecca? - Prim largou o prato que estava lavando. - Você realmente não sabe nada do Breast? Estou aflita. - Rebecca estava flambado uma torta enquanto tentava ignorar Prim.

-Já te falei que não sei para onde ele foi. - Rebecca largou o maçarico em cima da mesa. - Me deixe trabalhar agora. - Rebecca virou as costas para Prim e levou o carrinho com a torta para o garçom.

-Eu estou com um mal pressentimento. - Prim murmurou para si mesma.

Thorn caiu no meio do quarto da Rebecca, o que ocasionou em um barulho alto. Prim estava concentrada em seus pensamentos quando um barulho ao fundo a tirou de seus devaneios, ela se virou e foi em direção ao quarto. Thorn estava jogado no chão e enchendo o quarto com o sangue que escorria de suas feridas, ele não conseguia sequer fechá-las devido a ter ficado sem um resquício de sua energia vital. Prim abriu a porta do quarto e suas narinas foram preenchidas com um odor forte de ferro, suas pupilas diminuíram e suas mãos foram levadas a boca para segurar um grito que jamais sairia devido a cena que preencheu seus olhos.

Ela correu em direção a Thorn jogado no chão, sua respiração irregular fazia vento no cabelo de Thorn enquanto ela pensava no que podia fazer para ajudá-lo. Ela estava desesperada e Thorn estava lutando para manter sua consciência e dizer o que ela deveria fazer. Prim começou a recitar a técnica do fruto divino em seu coração e uma luz dourada iluminou o local, fazendo com que as feridas menores de Thorn se fechassem, mas as maiores começaram a jorrar mais sangue para fora. Prim não se aguentando mais, chama por Rebecca.

-Rebecca! - Prim gritou com lágrimas escorrendo por seus olhos e o desespero tomando conta de sua alma. - Venha aqui logo! Eu não sei o que fazer. - desespero e choro se misturavam na voz de Prim na sua tentativa de chamar por Rebecca.

Rebecca estava preparando um prato para um dos clientes e não deu muita atenção ao chamado de Prim, já que ela tinha seu trabalho para fazer também. Thorn mordia sua língua para tentar não perder a consciência, mas estava cada vez mais difícil, um dilema apareceu, ele perdia a consciência ou a língua primeiro. Seu corpo estava todo rígido e ele não conseguia mexer um braço sequer, seus olhos estavam a cada momento se tornando mais distantes e Prim estava chorando enquanto tentava curar as feridas que Thorn tinha, mas parecia que ela era incapaz disso, visto que sua energia vital estava se esvaindo e não havia mudado nada ainda. Thorn se esforçou para colocar energia em seu anel para fazer um frasco com um líquido de cor dourada voar para fora e por fim caiu inconsciente.

Prim sequer viu o frasco que havia caído no chão, ela estava concentrada em tentar curá-lo mas suas forças não iriam durar muito mais. Rebecca chegando ao quarto, saca a espada que Thorn à deu, o cheiro de sangue já havia impregnado o corredor. Abrindo a porta a cena que ela se depara a deixa apavorada, mas ela não demonstra por ter percebido que Prim estava desesperadamente tentando curar Thorn. Algumas lágrimas surgiram em seus olhos, mas ela não se deixou abalar por isso, se aproximou de Prim e colocou a mão em seu ombro e transferiu sua energia para ela. Prim estava cada vez mais pálida e parecia que a qualquer momento iria desmaiar e Rebecca sentia seu coração apertar a cada segundo que sangue escorria das feridas de Thorn.

-Ele não conseguiu falar do frasco. - Macha que observava tudo de longe não pode deixar de comentar. - Nenhuma das duas prestou atenção. - Macha desceu do prédio e foi em direção ao quarto de Rebecca.

Um grande salão reunia diversas pessoas, homens e mulheres, alguns sentados em cadeiras dispostas em uma grande mesa, outros de pé ao redor. Todos pareciam ter nacionalidades diferentes e parecia discutirem sobre algo importante. O homem na ponta tinha um buraco no lugar do olho e parecia não se preocupar se parecia repugnante ou não a cavidade ocular a mostra.

Shine and DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora